Fonte: Lancenet
Fabrício será lembrado ao fim desta temporada não só por causa das boas atuações pelo Cruzeiro, mas também pela atitude no duelo contra o Corinthians, no dia 13 de novembro.
Abandonar o jogo após o pênalti de Gil sobre Ronaldo marcado por Sandro Meira Ricci significou, para muitos cruzeirenses, um gesto que simboliza sua identificação com o clube.
- Não me arrependo. Foi uma atitude sem pensar, mas que em momento algum prejudicou o time. Deixei de ser expulso. Isso expressa um pouco da minha admiração pelo clube e pelo torcedor - disse o jogador em entrevista ao LANCE!NET.
O protesto do cruzeirense no Pacaembu não siginfica um ato isolado. No esporte há alguns casos emblemáticos em que a reclamação áspera ganhou repercusão na mídia.
Em 2007, por exemplo, o atacante caramonês Eto'o, hoje na Inter de Milão, jogando pelo Barcelona, ameaçou deixar uma partida do campeonato espanhol por ter sofrido ofensas racistas.
No caso de Fabrício, a bronca contra o juiz rendeu uma maior admiração dos torcedores.
- Já senti essa diferença no aeroporto, quando voltei. Sempre tive o carinho, mas agora o assédio aumentou. Eles chegam, pedem para apertar a minha mão e falam que queriam ter feito aquilo que fiz - relatou.
O cruzeirense não se recorda de outra situação semelhante a que ocorreu em São Paulo. Depois que abandonou o campo, ele foi para o antidoping. Lá encontrou os corintianos Elias e Júlio César, mas evitou qualquer diálogo:
- Fiquei na minha. Não quis conversar.
Respaldado pelos cruzeirenses, Fabrício também ganhou o apoio da família. Superado já o episódio, o camisa 5 prefere não avaliar a sua atitude e relega o julgamento para aquele que protagoniza o espetáculo fora das quatro linhas: o torcedor.
- Meu pai não dá muito palpite. A família também não. Mas só tive apoio. Não houve crítica. Não sei é bom ou ruim. Pode ser ruim por ter acontecido na correria do futebol. Mas fico satisfeito pela gratidão do torcedor e por tudo o que foi expressado por eles - ponderou.
DÚVIDA
O retorno de Fabrício no domingo, contra o Palmeiras, ainda não é certo. O jogador desfalcou o time contra o Flamengo em função de uma irritação na cicatriz da região abdominal, onde havia feito uma cirurgia no ano passado.
A ausência dos gramados justamente nas duas últimas rodadas do Brasileirão incomoda o jogador.
- Para falar a verdade não consigo nem ver os caras treinando, muito menos assistir os jogos. Você jogar todo o Campeonato e, na cereja do bolo, se for campeão, fica fora... É muito ruim. Mas o importante foi que meus companheiros conseguiram suprir a ausência e o time continuou jogando bem - avisou.
BATE-BOLA
Fabrício
Em entrevista ao LANCE!
Você se considera um legítimo torcedor do Cruzeiro, apesar da passagem pelo Corinthians ?
Sim. Tive uma passagem muito boa pelo Corinthians. Foi no início da minha carreira, ganhamos títulos e depois teve uma caída. Aqui tenho mantido uma boa regularidade e o carinho e a identificação foram imediatos. Foram três temporadas que considero as melhores da minha carreira, principalmente deste ano.
E como fica sua situação para o ano que vem? Adilson Batista o indicou para o Santos...
Tenho mais um ano de contrato. Se pintar renovação isso vai acontecer depois do Campeonato. Agora não tem como sair. Sobre isso ( Santos) vi por meio da imprensa. Ninguém me falou nada. Tenho uma boa amizade com Adilson, fiz um bom trabalho com ele e o admiro, como também tenho um carinho pelo Cuca. Fico feliz pela indicação, mas não há nada oficial. Minha cabeça só está no Cruzeiro.
Entra com força para brigar pela Libertadores em 2011?
o título.
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