quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Cruzeiro: quando o problema nápo é o futebol

Fonte: blogdemarcelomachado.blogspot.com

Por:
Marcelo Machado

O único comentário que se fará sobre a arbitragem de Martín Vasquez é este: Gilberto não merecia ser expulso. Pelo menos dois lances idênticos aconteceram no primeiro tempo. Somoza chutou Kléber no chão e levou apenas o amarelo. Apesar de tudo isso há pontos a se avaliar.

O que foi latente no jogo em Buenos Aires é o descontrole do time mineiro no que diz respeito à catimba adversária. Desde o cartão vermelho mostrado ao camisa 10, o Cruzeiro preocupou-se mais em igualar o número de jogadores em campo do que jogar futebol. No segundo tempo, mesmo com dois a menos, a equipe foi sóbria, sofreu pressão apenas territorial e por pouco não encaixa dois contra-ataques com Pedro Ken e Henrique.

A partida desta quarta-feira me fez lembrar o confronto entre São Paulo e River Plate pelas semifinais do torneio em 2005. Após um primeiro tempo absolutamente tenso no Morumbi, o São Paulo se encontrou na segunda parte do jogo, fez 2 a 0 e depois conseguiu uma grande vitória na Argentina. Era o que faltava ao time de Paulo Autuori para ser campeão: maturidade. Quando o São Paulo esqueceu a tão falada “catimba de Libertadores” e jogou futebol, mostrou ser um time que fez 5 a 2 no placar agregado com enorme autoridade.

Vale lembrar que ano passado, depois de bons jogos fora de casa contra Universidade do Chile, São Paulo e Grêmio, a equipe aprendeu a se portar longe do Mineirão e como fruto veio a vaga na Libertadores de 2010, graças a invencibilidade como visitante no Brasileiro. Outro lembrete válido é que o destempero após o primeiro gol do Estudiantes causou a perda da competição sul-americana.

A Libertadores é um campeonato que ensina, mas também pune. A punição foi o resultado adverso em um confronto direto. Que sirva de lição.

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