segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Até quando?

Por Marcello Zalivi

Cruzeiro perde 2 pontos preciosos no Engenhão diante do Botafogo pela 23º rodada do Brasileirão, em atuação desastrosa da arbitragem.

Até quando os erros de arbitragem irão continuar “coincidentemente” sendo cometidos contra os clubes fora do Eixo Rio - SP. Veja bem, não estou dizendo apenas contra o Cruzeiro, mas contra todos os times que ousam quebrar a hegemonia paulista e o crescimento carioca na competição.
Em 2004 um misto de descaso com uma relaxada custou o bi-campeonato do Atlético-PR, o resultado foi Santos campeão. Em 2005 roubalheiras descaradas sobre o Internacional. 2006 até 2008 só deu São Paulo, mas o comentário era geral, os sopradores de apito nada marcavam contra os bambis, e como batia o time tricolor. Em 2009 fizeram de tudo para dar o título para o verdão, como foi incompetente demais, a mídia de plantão escolheu o Flamengo, e não deu outra, contra tudo e contra todos, o mais “querido” (da imprensa) levou. Esse ano a coisa começou cedo. Todo jogo do Fluminense era um tal de pênalti pra ca, outro pra La. O Corinthians falou grosso e no outro jogo... Pênalti para o Corinthians. Jogo adiado por causa do centenário do clube, uma coisa absurda. Uma aberração que faz a tabela ficar incompleta, dando aos corintianos a vantagem de jogar no dia 13 de Outubro uma partida que pode lhe render bem mais que 3 pontos.

Neste sábado, pela 4º vez o seu Eber Roberto “Rato” Lopes assaltou o Cruzeiro novamente. Dois Lances que decidiram a partida e extirparam pontos preciosos do time da toca da raposa. No primeiro, a bola não tinha saída no cruzamento de Diego Renan, Fárias bateu de primeira e marcou. Bandeirinha validou, mas o juiz por sua conta e risco e olhos de lince resolveu anular dizendo que a bola havia saído. Depois, uma falta fora da área e ele marca um pênalti. Novamente bandeirinha nada marcou. O pior é que já sabemos que nada acontecerá com este senhor que é um forte candidato para apitar Cruzeiro e Fluminense, ou Cruzeiro e Corinthians, jogos que podem decidir uma liderança de campeonato.

Está na hora dos clubes fora do Eixo agirem com mais rigor junto a CBF e exigir uma melhor qualificação do árbitros e penas mais rigorosas diante de erros tão grosseiro. E é claro, usar do bom senso, se o cara sempre “erra” contra um time, para quer escalar o mesmo cidadão, e o que é pior, em jogos tão importantes?

Aproveito também para dizer, que a CBF já poderia adotar a nova sugestão de colocar árbitros atrás dos gols.

No mais, as notas do Jogo:

FÁBIO: Não teve culpa nos gols e fez importantes defesas. - 6
JONATHAN: Atuação segura tanto no apoio quanto na defesa. - 5
LEO: Mais seguro que no último jogo. - 6
EDCARLOS: Falhou no primeiro gol carioca, depois se recompôs no jogo. - 5
DIEGO RENAN: Muito bem no apoio, ainda continua inseguro na marcação. Não fez o pênalti. - 6
FABRÍCIO: Enquanto esteve em campo, atuava bem. -5
(FABINHO): Entrou e deu consistência defensiva. - 6
HENRIQUE: Atuação regular como sempre. - 7
ROGER: Boa movimentação e passes, caiu um pouco na metade do segundo tempo. - 6
MONTILLO: Atuação simplesmente perfeita. - 10
THIAGO RIBEIRO: Boa opção ofensiva, até pregar no segundo tempo. - 6
(GIL): Entrou para fechar o paredão. - 5
FÁRIAS: Marcou um gol mal anulado. Boa movimentação, poucas oportunidades. - 5
(WALLYSON): Entrou em nada acrescentou. -4
CUCA: Esteve bem, até mostrar nas substituições que estava satisfeito com o empate injusto. - 5

FIGURINHA DA 23º RODADA


BOTA FOGO 2 X 2 CRUZEIRO


BOTAFOGO
Jefferson, Danny Morais (Caio, depois Herrera), Antônio Carlos e Fábio Ferreira; Alessandro, Leandro Guerreiro, Fahel, Renato Cajá (Edno) e Somália; Maicosuel e Loco Abreu.

CRUZEIRO
Fábio, Jonathan, Léo, Edcarlos e Diego Renan; Fabrício (Fabinho), Henrique, Roger e Montillo; Thiago Ribeiro (Gil) e Farías (Wallyson).
Técnico: Joel Santana. Técnico: Cuca.

Gols: Alessandro, aos quatro minutos do primeiro tempo; Montillo, aos 12 e aos 27, e Loco Abreu aos 31 minutos do segundo tempo.

Cartões amarelos: Caio e Leandro Guerreiro (Botafogo); Léo e Diego Renan (Cruzeiro.)

Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ).
Data: 18/9/2010.
Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa/PR).
Assistentes: Altemir Hausmann (Fifa/RS) e José Amilton Pontarolo (PR).
Público: 14.128 pagantes (16.259 presentes).
Renda: R$ 305.080.

Um comentário:

Luciana Bois disse...

O Cruzeiro daqui a pouco vai estudar a possibilidade de mudar de estado, procurar empresas que triplicam o valor do patrocínio, e adiantar a idade por 11 anos. Quem sabe assim deixariam o Cruzeiro jogar bola? Nem seria necessário que o apito fosse nosso amigo, apenas neutro. Quem sabe se de igual por igual deixariam a gente ser campeão?