quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

HORA DE DAR A RESPOSTA EM CAMPO

Leandro Damião acostumou-se a ouvir 'não' quando era jovem. Após ser reprovado em testes dos principais clubes de São Paulo, ele tentou a sorte no interior de Santa Catarina, onde iniciou a carreira. Agora mais experiente, o centroavante foi o responsável por dar respostas negativas a Atlético-MG e Flamengo, clubes que o cobiçaram antes do acerto com o Cruzeiro por empréstimo de uma temporada.
A mudança de patamar na carreira do atleta ocorreu em 2008, aos 19 anos. Artilheiro do Marcílio Dias, com 12 gols no Campeonato Catarinense, ele despertou o interesse do Internacional, onde ficou entre 2009 e 2013, até ser adquirido pela Doyen Sports e repassado ao Santos, por R$ 42 milhões, transferência mais cara entre clubes brasileiros. 
Na Vila Belmiro, apesar de ser contratado com a pompa de craque, não decolou. No último ano, acumulou críticas dos opositores da antiga direção, chefiada por Odílio Rodrigues. Chegou a ser chamado de 'pangaré' por Luis Álvaro de Oliveira, ex-presidente do clube. 
Após um ano conturbado pelo time da Baixada Santista e a eleição de Modesto Roma Júnior, dirigente que o criticou antes do pleito, o jogador optou por deixar o CT Rei Pelé. Com propostas de Atlético-MG, Cruzeiro e Flamengo em mãos, preferiu ir à Toca da Raposa, uma vez que o bicampeão brasileiro foi o primeiro clube a procurá-lo. 
"Está fechado com o Cruzeiro. Tenho que agradecer à diretoria do Santos pela compreensão. Foi muito importante para que ele tenha seguido o caminho dele. Nos minutos finais, três grandes clubes do futebol brasileiro entraram na parada e quase ele não foi para o Cruzeiro, mas tenho que agradecer o esforço do Alexandre (Mattos, diretor de futebol) para buscá-lo", disse o empresário Vinícius Prates na última segunda-feira.
Outro ponto que motivou a recusa do jogador a dois grandes do futebol nacional foi o acerto entre Cruzeiro e Santos. Nas conversas entre os clubes, ficou acertado que o volante Souza, o qual custaria R$ 960 mil, já que o meia recebia R$ 160 mil mensais e tinha mais seis meses de empréstimo na Vila Belmiro, retornaria a Belo Horizonte neste início de ano.

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