POR: MARCÃO ANTI-GALO
O discurso na Vila Belmiro é um só: Damião tem que sair. Contudo, há uma oposição que diz que reforçar rival é uma grande besteira e que o Santos estaria dando um tiro no próprio pé. Cria-se aí um impasse e até mesmo uma dúvida na cabeça de quem manda lá, de fato.
Damião chegou ao Santos como o jogador mais caro da história. Por ele o time da Vila fez uma dívida astronômica, com um contrato milionário por cinco anos. Damião era a esperança de gols e de tirar o Santos de uma fila sem títulos. Não o fez, o investimento foi praticamente jogado no lixo e, agora, a diretoria não sabe o que fazer com o seu jogador mais caro. Apostar novamente e ver se aquele jogador em quem apostaram é, de fato, a solução para os problema? Ou será que emprestando-o ao Cruzeiro, trazendo nese negócio algum jogador novo pode mudar a situação?
Há aí, o medo de Damião ser um "novo Moreno". O atacante boliviano estava encostado no Grêmio, sem ambiente. E sua vinda ao Cruzeiro mudou tudo. Não só foi um dos destaques do ano, como foi campeão brasileiro, ficando a poucos gols de ser o artilheiro da competição. E aí vem a grande dúvida: se der certo, será bom para o Santos, que terá um jogador valorizado. Se der errado, vai ficar o pensamento de que poderia dar certo jogando por lá. Se der certo, é certeza que o Cruzeiro ganhará títulos. E se o Cruzeiro ganhar títulos, pode ser que o Santos seja prejudicado nessa ou aquela competição, perdendo para o próprio Cruzeiro.
Entre a cruz e a espada. O que fazer? Segunda-feira, portanto, amanhã, é o dia "D" para a diretoria santista decidir. O Cruzeiro propôs pagar mais da metade do salário (comenta-se entre 60 e 65%) e ainda cederia dois jogadores, ambos com salários pagos pela Raposa. Amanhã o Cruzeiro anuncia o seu quarto reforço ou parte para outra alternativa.
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