quarta-feira, 3 de abril de 2019

OUSADIA E ALEGRIA



A nova administração do Cruzeiro chegou sob forte desconfiança.
Os nomes de Wagner Pires de Sá e de Itair Machado não eram tão aceitos.
De herança pegaram um clube em débito, mal falado na imprensa, nome sujo no mercado e dívidas emergenciais para serem quitadas.
Além de montar um time forte, a nova administração tinha que manter os principais atletas.
Vários foram assediados e, quem saiu, foi substituído à altura.
Em 2018, um Campeonato Mineiro e uma nova conquista da Copa do Brasil, este, um título conquistado no último ano da "Era Gilvan".
Há de se ressaltar que a Libertadores foi uma mão gigante que nos tirou e o Brasileiro, por causa de vários outros torneios, acabou virando terceira opção.
Ainda assim o Cruzeiro não fez tão feio.
A prioridade em 2018, por diversas circunstâncias, inclusive financeira, virou a Copa do Brasil.
E acabamos embolsando uma bela granda, que foi usada para liquidar dívidas, acertar salários e direitos de imagem.
Chegou 2019 e nova ambição: fechar patrocínio com um banco e por a torcida na jogada.
Uma iniciativa em que todos ganham e quanto mais sócios o Banco Renner tem, mais dinheiro o Cruzeiro recebe.
No início dessa temporada, o Conselho aprovou um empréstimo milionário e muitas críticas vieram da imprensa e de torcedores pelas redes sociais.
A administração justificou: é preciso pagar as dívidas emergenciais, que estão em juros altos para depois pagar essa nova dívida, a juros menores.
O Cruzeiro, vê-se na imprensa, não é mais falado como mau pagador.
Podem até falar que o Cruzeiro não está nadando no dinheiro.
Mas "caloteiro" é uma imagem que a Era Gilvan deixou de forma inédita. 
E isso, pelo visto, não volta.
Tanto é assim que o Cruzeiro, após vender Arrascaeta ao Flamengo, reinvestiu o dinheiro.
Trouxe atletas importantes.
Modernizou a fisiologia e todo o departamento médico.
Aliás, muito bem comandado por Sérgio Campolina, um monstro da área.
Investiu em jogadores que estavam aí, "dando bobeira", como Marquinhos Gabriel, Rodriguinho e, por último, Pedro Rocha.
Antecipou aos concorrentes e prorrogou contratos de atletas importantes como Fábio, Egídio, Leo, Henrique, Thiago Neves e Dedé.
Ou seja, o projeto é vencedor.
Se vamos conquistar Mineiro, Copa do Brasil, Libertadores, Brasileiro e, quem sabe, o Mundial, é outra história.
A diretoria sabe que para ter retorno tem que investir.
Conta com indicações inteligentes de Mano Menezes, que é um ótimo treinador e excelente gestor.
Além da inteligência de seus diretores
Se historicamente o Cruzeiro sempre recebeu menos que seus concorrentes, mas salvos casos, sempre brigou "nas cabeças", foi pela astúcia.
Até por isso, nosso mascote é a Raposa.
E quem ganha com tudo isso é a torcida.
Time forte, salário em dia, dívidas sendo pagas, e prognóstico melhorando a cada dia.
Seria eu um iludido?
Talvez. 
Mas antes ser um iludido diante de uma equipe que dá aulas de gestão e conquistando títulos a ficar em rede social ficar comemorando renovação com atletas medianos.

Por: Raposo Sensato

3 comentários:

Revétria disse...

Parabéns,pelo ótimo texto!
Nós torcedores,somos movidos pelo amor e pela paixão cega (Muitas vezes não enxergamos os limites,e tudo na vida tem que ter limites).O texto fala de atletas importantes,para mim torcedor,não vejo importância em atletas como Egídio e Henrique,todavia, não estou na toca todos os dias,não vivencio o ambiente de trabalho,etc. Por isso, a minha colocação não deve ser levada à sério,sou mero torcedor. A nossa direção,também não é imune aos erros,bem como a nossa comissão técnica. Só peço que não mexa com a gente,não nos contrarie,pois também temos os nossos "queridinhos"(Sassá,Romero e os garotos da base). A harmonia,não depende apenas de uma parte,mas de ambas. Avante,CRUZEIRÃO CABULOSO!

Whêss Albuquerque disse...

Concordo com você sobre Egídio Henrique. Mas vc foi feliz em suas palavras. Não estamos na toca todos os dias.
Acho que Henrique está cansado Egídio fácil demais e Edilson gordo.

Afoncio disse...

Parabéns diretoria do Maior de Minas! Hoje lembrei dos tempos de Felício Brandi e Furletti, que contratavam sempre na calada da noite. Pedro Rocha vem para ser campeão de um time já miito forte. Valeu Itair...