quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Uma declaração costumeira...


Por: Raposo Sensato

Ontem, no programa Minas Esporte, o presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella, falou de inúmeros assuntos. E um deles voltou à tona: venda de jogadores. Segundo Zezé Perrella, o Cruzeiro tem um custo alto anual e necessita de receita. Somente com o que arrecada com os direitos de televisão, marketing, patrocínios e bilheteria não é suficiente para que se faça um time competitivo.

Perrella disse que o torcedor cruzeirense deve aderir ao plano sócio torcedor para que não haja necessidade de vender um jogador. E esse é o ponto que eu gostaria de tocar. Quando foi lançado, o plano não podia ser maior que 20 mil pessoas devido às reformas do Mineirão já estarem previstas. O Cruzeiro conseguiu quase 18 mil, ou seja, a torcida aderiu à idéia quase em sua plenitude. Ontem, Zezé disse que o número é abaixo daquilo que o clube espera. Mas, Zezé, sendo racionais, não foi.

O torcedor não é burro, desculpem a expressão, de ficar dando dinheiro ao clube sem ter nada em troca. Se o pessoal do marketing fosse um pouco mais inteligente, poderia ir ao Rio Grande do Sul para ver que lá há planos diversos para se aderir a um plano. Inclusive aos moradores de cidades distantes. O mesmo poderia ser feito por aqui. Mas o plano não privilegiou todas as regiões de Minas Gerais. E ontem tive que ver ainda reclamação.

Zezé, o Cruzeiro lançou um plano que era limitado e perdeu dinheiro com o fechamento do Mineirão. Pelos meus cálculos, foi cerca de R$ 600 mil mensais, um rombo gigante que a diretoria não fez nada para cobrir. E realmente, sem esse dinheiro, é inviável não atrasar pagamento ou mesmo outros compromissos. Faltou planejamento das contas. Faltou a criação de um plano para torcedores do interior depois do fechamento. Ou sera que o clube pensou que torcedor de Belo Horizonte iria a Uberlândia? Dificil, né?

Aí voltamos às velhas declarações, que o time vai vender um jogador em janeiro. Infelizmente a falta de planejamento nos volta a remoer velhos assuntos. O problema é que há saída para que isso não aconteça e o nosso mandatário prefere culpar a torcida em detrimento à incompetência de toda uma diretoria.

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