quinta-feira, 28 de julho de 2011

CLIPPING: SUPERESPORTES

CHANCE DESPERDIÇADA

Contra um adversário teoricamente mais fraco, o Cruzeiro tinha tudo para embalar de vez no Campeonato Brasileiro, ainda mais depois de uma vitória sobre o líder Corinthians. Mas, nesta quarta-feira, o time de Joel Santana não se encontrou e foi derrotado pelo Atlético-GO por 2 a 0 no Estádio Serra Dourada, em Goiânia, pela 12ª rodada.

O atacante Felipe foi o algoz celeste e marcou os dois gols da equipe goiana.

No dia em que completou 400 jogos pelo Cruzeiro, o goleiro Fábio só teve motivos para lamentar.

O Atlético-GO, que ocupava a zona de rebaixamento, subiu temporariamente para a 15ª posição, com 12 pontos. Por sua vez, o Cruzeiro caiu de 7º para 8º e perdeu grande oportunidade de brigar por um lugar no G-4. No sábado, o Cruzeiro tentará se reabilitar em casa contra o Botafogo.

Começo para ser esquecido

O Cruzeiro tentou repetir no Serra Dourada a estratégia do jogo com o Corinthians, no último domingo, no Pacaembu, e se deu mal. Tendo apenas Wallyson na frente, o time foi sufocado pelo Atlético-GO nos minutos iniciais e foi vazado logo aos oito, depois de cruzamento perfeito do lateral-direito Rafael Cruz e conclusão do atacante Felipe na pequena área, sem qualquer marcação: 1 a 0.

O Atlético-GO foi tão superior nos primeiros 20 minutos que poderia ter aplicado uma goleada. Fábio fez duas defesas à queima-roupa, viu outras bolas saírem rente à trave, e não contava com respaldo dos dois zagueiros, muito atabalhoados, dos dois laterais, batidos a todo instante, e dos três volantes. Cada investida dos anfitriões representava perigo. O começo teria sido mais desastroso para o Cruzeiro se o gol tivesse saído já aos seis minutos, quando Leandro Guerreiro desviou cruzamento e a bola parou na trave.

Joel Santana mal podia crer que seu esquema defensivo não surtiria efeito algum.

Dos 20 em diante, o Cruzeiro se organizou defensivamente, cadenciou a partida com toque de bola burocrático e, paulatinamente, ganhou confiança para atacar. No entanto, o time celeste deparou com uma marcação eficiente dos donos da casa.

Mesmo com liberdade, Vitor e Everton pouco produziam pelas laterais. No meio, Roger e Montillo foram anulados. Por sua vez, Wallyson sofreu com o isolamento na grande área. Quando o velocista recebia a bola, não tinha com quem tabelar. Nos infrutíferos cruzamentos, o Atlético-GO sempre levou vantagem.

A torcida cruzeirense, maior no Serra Dourada, levantou-se apenas aos 45 minutos, quando Vitor alçou na área e o pequenino Roger tentou, sem sucesso, o complemento de cabeça.

Golpe no fim

Joel Santana tentou mudar a história do jogo no segundo tempo com a entrada do atacante Ortigoza no lugar do limitado lateral Vitor. O argentino Montillo passou a jogar como gosta, partindo de trás, e as chances de gol cruzeirenses começaram a aparecer com fartura. Diferentemente da etapa inicial, a zaga atleticana teve que dividir as atenções com dois atacantes e também com Roger, mais adiantado.

Porém, quem quase marcou logo aos oito minutos foi o Atlético-GO. O meia Thiaguinho acertou a bola no travessão.

Superior em campo, o Cruzeiro respondeu com chutes perigosos de Montillo, aos nove, defendido por Márcio, e de Roger, aos dez, que saiu rente ao ângulo direito. Sem ver a reação se converter em gols, Joel Santana partiu para o tudo ou nada aos 23, quando o centroavante Reis ganhou o lugar de Roger. No caminho contrário, o Atlético-GO reforçou a marcação com as entradas do volante Joilson e do zagueiro Leonardo nos lugares dos seus dois meias.

Weimer Carvalho/VIPCOMM
Argentino Montillo criou muito no segundo tempo, mas defesa goiana prevaleceu


Enquanto o Cruzeiro agredia, o Atlético-GO se defendia e tentava a sorte nos contragolpes. Aos 28, por exemplo, Anselmo foi lançado do campo de defesa, invadiu a área e deu trabalho a Fábio em chute forte. Na sobra, Felipe pegou mal na bola e arrematou por cima.

A dez minutos do fim, Anselmo Ramon substituiu Marquinhos Paraná e o Cruzeiro ficou com quatro atacantes de ofício em campo, além de Montillo, o articulador. Joel arriscou tudo pelo empate.

O gol quase saiu aos 42, quando todo o Cruzeiro foi para a área para aproveitar o cruzamento de Montillo em cobrança de falta. Anselmo Ramon recebeu a bola na pequena área, mas pegou mal e Márcio desviou a escanteio.

Mas quem marcou no fim foi novamente o Atlético. Em contra-ataque mortal, aos 46 minutos, o atacante Felipe penetrou na área e tocou no canto direito de Fábio: 2 a 0.

ATLÉTICO-GO 2 x 0 CRUZEIRO

Atlético-GO
Márcio; Rafael Cruz, Gílson, Anderson e Ernandes; Agenor, Bida, Thiaguinho (Joilson, 11min 2ºT) e Vítor Júnior (Leonardo, 27min 2ºT); Felipe e Anselmo (Marcão, 30min 2ºT).
Técnico: Jairo Araújo.

Cruzeiro
Fábio; Vitor (Ortigoza, intervalo), Naldo, Gil e Everton; Marquinhos Paraná (Anselmo Ramon, 34min 2ºT), Fabrício, Leandro Guerreiro, Roger (Reis, 23min 2ºT) e Montillo; Wallyson.
Técnico: Joel Santana

Gols:
Felipe (Atlético-GO), 8min 1ºT
Felipe (Atlético-GO), 46min 2ºT

Árbitro: Cleber Welington Abade (SP/CBF).
Auxiliares: Marcelo Carvalho Van Gasse (Fifa) e Kléber Lucio Gil (Aspirante Fifa)

Cartão amarelo:
Anderson (Atlético-GO), 19min 1ºT
Agenor (Atlético-GO), 15min 2ºT

Motivo: 12ª rodada do Campeonato Brasileiro
Estádio: Serra Dourada, em Goiânia (GO)
Data: 27 de julho, quarta-feira, às 19h30 (de Brasília)

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