ADRIANO E LUGANO: DOIS ATLETAS E AMBOS ESTRANHOS AO CRUZEIRO

POR: RAPOSO SENSATO

Ontem, conversando com um amigo, veio o assunto Cruzeiro. Logicamente, papeamos e chegamos a falar sobre Lugano e Adriano. 

Meu amigo me perguntou o que eu achava dos dois jogadores no Cruzeiro. Fui curto, não grosso. Disse a ele: "Ambos tecnicamente são bons, mas são estranhos ao Cruzeiro". 

Meu amigo não entendeu.

Então expliquei: "Lugano é um jogador que qualquer time do mundo gostaria de ter. É um líder nato, de curriculo e que agregaria muito ao Cruzeiro. Mas o salário que ele ganha hoje, é algo que somente clubes europeus têm condições". "O Adriano é quase o mesmo caso, mas com uma diferença brutal: a cabeça. Adriano, há uns três anos que não quer mais jogar bola. Além disso, é caro. E investir em alguém que tecnicamente é bom, mas você não sabe como tirá-lo de uma depressão que ele mesmo se enfiou, é complicado".

Adriano e Lugano, assim, são estranhos ao Cruzeiro, seja por qual fator olhemos. São caros e, pelo visto, inatingíveis. 

Sinceramente, Adriano ser inatingível, para mim, é algo ótimo. Como jogador, um monstro. Mas há cinco, seis anos. Hoje ele nada mais é que um encrenqueiro de marca maior. 

Compará-lo ao Ronaldinho é até uma sacanagem. Ronaldinho gosta de uma balada como Adriano, mas não é metido com favela e pessoal "barra pesada". 

E o Cruzeiro nunca foi de ter jogador problemático. O último que esteve aqui, aliás, os últimos, foram Edmundo e Rincón. Estes que, aliás, foram demitidos por justa causa.

Não queremos trazer jogador que será o centro, e negativo, das atenções.

E nem temos "cacife" para trazer o xerife Lugano.

Vamos atrás de jogador de ponta, mas com os pés no chão.

Gilvan sinaliza que quer montar um grande time. 

E ele não vai fazer loucuras. 

Aliás, o Cruzeiro, nos últimos 20 anos, na maioria das vezes, sempre montou bons times, que disputaram sempre as primeiras posições. E sem loucuras, sendo uma Raposa nos negócios e conseguindo deixar os grandes chupando dedo.

E assim esperamos que o Cruzeiro monte um time que brigue por títulos e os conquiste, por consequência.