quarta-feira, 23 de outubro de 2019

O FRACASSO DO DIGI+

O Cruzeiro, no início do ano, anunciou a troca da Caixa Econômica Federal pelo banco digital Renner, cuja marca Digi+ está, até então, estampada na forma de patrocinador máster. No entanto, o ano celeste não foi bom, o custo do banco não pareceu vantajoso para a torcida e a expectativa - exagerada, por sinal - de serem abertas um milhão de novas contas beira o fracasso.
Para se ter uma ideia, o Corinthians, por exemplo, que tem a segunda maior torcida do país, com aproximadamente 16 milhões de torcedores, pensava em ter sucesso com 200 mil novas contas para seu patrocinador. Já o Cruzeiro, com nove milhões e num mercado conservador, que é o mineiro, esperou cinco vezes isso. Não ia dar certo nem que o time estivesse voando. Há vários bancos, hoje, com serviços similares e gratuitos. Por que, então, aderir ao Digi+? Ajudar o Cruzeiro se faz com o sócio! Ajudar banco nunca foi algo que o brasileiro quis, até porque normalmente a relação banco-correntista é completamente desproporcional.
Dessa forma, se o Corinthians abriu cerca de 20 mil novas contas até agora, imagina quantas foram abertas no Cruzeiro? Certamente menos da metade disso. O clube nem o banco pronunciam sobre o fato, talvez pelo insucesso que está ocorrendo até agora e, até por isso, o próprio banco Renner estaria não apenas disposto a mudar seu nome na camisa do clube - o que vai acontecer a partir de janeiro, quando o clube também anunciará a Adidas como fornecedora de material esportivo - como chegou a pensar em rescindir o contrato, nada vantajoso, haja vista que há um contrato com o clube de cinco anos e pagando cerca de R$ 9 milhões fixos. Sem lucrar, não é vantajoso para o banco. E por R$ 9 milhões e sem bônus - diziam que o Cruzeiro poderia arrecadar mais que o Palmeiras com a Crefisa - é melhor trocar de patrocinador mesmo.
Por: João Vitor Viana

Nenhum comentário: