Mil motivos para o torcedor comparecer ao Mineirão

Por: João Vitor Viana

O jogo vale a afirmação do Cruzeiro na disputa da Copa Libertadores. Vale a sexta vitória seguida e a busca pelos 54 pontos, o que deixaria o Cruzeiro a apenas 10 pontos do que os matemáticos julgam ser necessário para a classificação para a maior competição sul-americana. Mas é ainda o jogo de número mil do Cruzeiro no Mineirão. Ou seja, um jogo histórico e que o torcedor não pode deixar de ir.

Mil motivos para estar no estádio e torcer, vibrar. Deixar o coração falar mais alto, nem que seja xingando o juiz ou jogadores do time adversário, mas que faça a vibração tomar conta e fazer com que toda a energia seja positiva, incentivando o time, encorajando os atacantes e fazendo todo o conjunto jogar bem, para vencer, sendo ofensivo e marcando bem os contra-ataques adversários.

O presidente pediu 50 mil pagantes. O torcedor também pediu a presença. E o esforço - assim espera-se - tem que ser recompensado com um grande espetáculo. E tem tudo para ser. Um jogo muito interessante para acompanhar. Um jogo que não será fácil, mas que pode ser primordial para as pretensões do Cruzeiro. Que venha o Fluminense e que a massa cruzeirense comemore. E a comemoração é um dos mil motivos para ir ao Mineirão.

O garoto nota 42

Por: João Vitor Viana

Ele é um menino ainda. Aos 19 anos e 29 jogos como profissional, o armador Bernardo, em duas ocasiões nesse Campeonato Brasileiro, no entanto, já mostrou-se decisivo. Contra o Sport, no primeiro turno, em jogo truncado e ruim, o técnico Adilson Batista chamou o jogador no final da partida e ele entrou, aos 42min, tempo suficiente que resultou no passe para o gol salvador de Kléber, aos 45min, o que decidiu o jogo. Contra o Santo André, o jovem atleta também foi chamado por Adilson no final da partida. E ele entrou, justamente aos 42 minutos da segunda etapa. E foi dele o passe para Jonathan cruzar na cabeça de Thiago Ribeiro, que marcou o gol da virada histórica.

Habilidoso, Bernardo é um jogador muito bem visto pelos torcedores. Inteligente, sabe bater bem na bola, principalmente em cobrança de falta próxima ao gol adversário ou mesmo um escanteio. No primeiro semestre, quando Wagner rendia abaixo do esperado, era o nome dele que a torcida pedia. Hoje, porém, é incontestável a titularidade de Gilberto, que vem agradando e muito, calando críticos e desconfiados. Mas não pode-se esquecer que tem um menino muito bom no elenco que pode ser decisivo em várias ocasiões.

Paulista de Sorocaba, Bernardo se mostra humilde e sabe que tem que esperar sua chance. De forma mineira, ele vem comendo pelas beiradas, conquistando o torcedor com dribles e belos passes, mostrando que não está no grupo apenas por estar, mas que sabe jogar futebol. Esse é Bernardo Vieira Souza, nascido em 20 de maio de 1990. Um menino que mal viu a primeira conquista do Cruzeiro na Copa do Brasil, mas que vibra como um torcedor do clube desde a infância. Que bate no peito e comemora uma vitória do time. É esse o garoto nota 42 do Cruzeiro.

Cruzeiro tem outubro mágico

Por: João Vitor Viana

O torcedor cruzeirense, quando indagado se lembra da última derrota do time, tropeça. Foi há muito tempo, no jogo fatídico contra o Palmeiras, dia 23 de setembro, no Mineirão, quando erros grotescos de arbitragem definiram o placar do jogo. De lá para cá são sete jogos, sendo um empate, contra o Avaí, e seis vitórias (Barueri, Goiás, Atlético, Botafogo, Corinthians e Santo André). A Raposa já soma um mês de invencibilidade e, aliado à campanha do returno - é líder com 29 pontos conquistados em 13 jogos disputados - se tornou um potencial candidato a uma vaga na Copa Libertadores e, até mesmo, um dos cotados para enguer a taça de campeão. Mal no primeiro turno, quando fez apenas 22 pontos em 19 jogos, terminando na 14a posição, o time mineiro se reergueu na segunda etapa do Brasileiro, sendo disparado, o melhor do Brasil.

O mês de outubro foi realmente mágico. Apenas um empate - o Avaí empatou no final da partida - e cinco vitórias. Essa arrancada foi determinante para a posição do Cruzeiro hoje. Um tropeço nesse mês poderia deixar o clube fora da disputa da maior competição sul-americana. Contudo, isso não aconteceu e, pela tabela que ainda temos pela frente, as chances de terminar o Brasileiro no G-4 é grande.

Mas, primeiro, temos que vencer o Fluminense. Não será jogo fácil. Temos que ter atenção. Quem está lá embaixo quer sair da degola. Quem está lá em cima quer permanecer. Tem tudo para ser um bom jogo. E, tomara que consigamos a sexta vitória consecutiva. Somos acostumados a título, a vencer. Pensando passo-a-passo que poderemos vibrar no final do Campeonato. O que estava perdido de vez, agora é uma realidade de conquista.

Balanço da rodada faz Cruzeiro entrar no páreo de vez

Por: João Vitor Viana

Podia ser melhor, mas, no geral, o Cruzeiro lucrou com os resultados da 32a rodada. Além de bater o Santo André - diga-se de passagem, de forma heróica -, viu alguns de seus adversários diretos tropeçarem, o que possibilitou ao time de Adilson Batista se aproximar do G-4 e se firmar de vez na disputa pela vaga na Copa Libertadores de 2010.

Na próxima rodada, o Guerreiro dos Gramados vai pegar o Fluminense, no Mineirão. Jogo importantíssimo para que as pretenções mineiras possam se tornar uma realidade em breve. Mas não será um adversário fácil. Ontem, no Maracanã, diante do nosso maior rival, o time comandado por Fred e Conca - autores dos gols - vem para Minas Gerais buscando outros três pontos, uma vez que ainda pode conseguir a permanência na Série A, mesmo que isso seja ainda muito complicado.

Mas pelo menos chegamos. Estamos mais vivos que nunca. Agora só um pontinho nos separa do Internacional. Se vencermos, a chance de entrar no G-4 é grande. O Galo pega o mordido Goiás. O Corinthians não deve dar moleza para o Palmeiras. Além disso, os adversários de Internacional, São Paulo e Flamengo também não deixarão as coisas acontecerem sem lutar. Continuemos a torcer galera azul! O objetivo está sendo alcançado e, com a força da torcida, será!

O orgulho de Minas

Por: Marcello Zalivi

Que vitória nação!! Poderia descrever o jogo e a emoção que transformou o triunfo diante do modesto, porem, destemido Santo André em uma epopéia. Mas prefiro descrever nesta coluna, sobre o espírito e a raça fundamentais para que o Cruzeiro alcançasse a vitória na chuvosa noite da última quarta feira.

Escolho como símbolo desta heróica vitória e confirmação de arrancada, a voadora do técnico Adilson Batista na indefesa placa da Ademg. O gesto foi um desabafo de um profissional que trabalha todos os dias de forma incessante para conquistar os seus objetivos. Neste espaço, já defendi muito o treinador, mas já tive muitas dúvidas sobre sua capacidade, e cheguei até mesmo a jogar a toalha quando pensei que o técnico tivesse perdido o controle do grupo. Mas diante dos últimos resultados, e da explosão do Adilson após o gol, tenho que deixar publicamente o meu apoio e aprovação ao trabalho do técnico (AB Rules). Adilson continua sendo a aposta certa para a Raposa diante de um cenário cada vez mais escasso de bons treinadores.

Temos que parabenizar também a torcida e os jogadores. A primeira pela vibração e apoio incondicional durante os 90 minutos, acreditando na virada. Ela foi fundamental para dar força aos jogadores e conquistar mais essa importante vitória. Como já é conhecido, “essa torcida move o time”, e irá levá-lo novamente a brigar na parte de cima da tabela.

Aos jogadores, os guerreiros dos gramados, comandados pelo pulmão Fabrício e pelo maestro Gilberto, não desistiram da batalha em nenhum minuto. Buscaram os gols e foram valentes até o fim. É a prova de um time focado, em busca dos seus objetivos. Mais do que isso, é a comprovação que a equipe é realmente boa e não merece ser lembrada somente como o time que perdeu uma decisão (toda grande equipe já perdeu), mas como um elenco que jogou um grande futebol. Todo torcedor cruzeirense, por mais desapontado que tenha ficado, sabe muito bem que o Cruzeiro 2009 é um dos grandes times da raposa nesta década, com uma grande campanha na Libertadores e, agora no campeonato Brasileiro. Eles merecem ser lembrados pelo grande futebol que jogam.

O G4 que estava a 12 pontos de distância, hoje está a apenas um. Já é uma realidade, e ela só foi possível porque torcida, técnico, jogadores e diretoria (todos com seus méritos e erros) fizeram acontecer. A distância do líder que era de 17 pontos, pode ser pulverizada para três neste domingo. E para isso, basta continuarmos acreditando, focados jogo a jogo, disputando uma final por partida, com o mesmo espírito e futebol dos últimos jogos, que tudo pode ser possível. Como eu disse anteriormente, nenhum adversário deve ser descartado antes que suas chances estejam esgotadas completamente, ainda mais quando se trata do maior de Minas. Não importa o quanto irão latir o(s) adversário(s), o Cruzeiro segue rumo aos seus objetivos. Com muita raça, disposição e futebol, iremos escrever mais uma página heróica e imortal na nossa história. Voadora neles!!!

Cruzeiro, orgulho de Minas.

Espaço Torcedor

Priscilla, Ângela e Marcello no Minerão. Todos na torcida pela arrancada do Cruzeiro.

Nick ta mandando vibrações positivas para o Cruzeiro diretamente de Dortmund (ALE).

Sagat puxa a fila. Sai da frente que estamos chegando.

Interativo

Você consegue ver a taça de campeão?

Cruzeiro completará mil jogos pelo Campeonato Brasileiro no domingo

Da redação

O Cruzeiro está próximo de uma marca importante no Brasileirão. Neste domingo, no Mineirão, o Cruzeiro enfrentará o Fluminense na sua partida de n° 1.000 na competição nacional, iniciada em 1971. Justamente o jogo que poderá recolocar o Cruzeiro no G-4 pela terceira vez nessa edição.

A marca de mil jogos não é novidade na competição. Flamengo, Internacional e São Paulo já quebraram a barreira das mil partidas. Cruzeiro será o quarto clube a atingir esse feito.

História
A estreia do Cruzeiro na principal competição nacional aconteceu no estádio Couto Pereira em 7 de agosto de 1971. Nesta ocasião, os mineiros derrotaram o Coritiba por 2 x 0, com direito a gol do craque Tostão, maior jogador da história cruzeirense.

O Cruzeiro já havia conquistado um campeonato nacional em 1966 (na época Taça Brasil), mas com a nova denominação, o título só voltou para as mãos dos celestes em 2003, ano em que a competição passou a ser disputada em pontos corridos. Antés disso, a equipe disputou 3 finais, contra o Vasco em 1974, o Internacional em 1975 e Corinthians em 1998.

Curiosidades
Somente Cruzeiro, Flamengo e Internacional disputaram todas as edições do Brasileirão.

O gol marcado por Thiago Ribeiro na última quarta-feira, no Mineirão, foi o de n° 1468 em Brasileiro. A média do clube mineiro é de 1,46 gol por partida.

Partidas comemorativas
1º jogo – 07/08/1971 – Couto Pereira
Coritiba 0 x 2 Cruzeiro – Técnico Orlando Fantoni
100º jogo – 06/04/1974 – Mineirão
Cruzeiro 3 x 0 Nacional-AM – Técnico Ilton Chaves

200º jogo – 24/06/1978 – Mineirão
Cruzeiro 1 x 0 Ponte Preta – Técnico Zé Duarte

300º jogo – 06/02/1985 - Pacaembu
Corinthians 1 x 1 Cruzeiro – Técnico João Francisco

400º jogo – 04/11/1989 – Morumbi
Corinthians 0 x 1 Cruzeiro – Técnico Ênio Andrade

500º jogo – 01/11/1994 - Mangueirão
Remo 0 x 0 Cruzeiro – Técnico Palhinha

600º jogo – 11/10/1998 - Durival de Brito
Paraná 1 x 2 Cruzeiro – Técnico Levir Culpi

700º jogo – 28/08/2002 - Pacaembu
Corinthians 1 x 1 Cruzeiro – Vanderlei Luxemburgo
800º jogo – 06/10/2004 - Couto Pereira
Coritiba 1 x 1 Cruzeiro – Técnico Marco Aurélio

900º jogo – 03/07/2007 - Orlando Scarpelli
Figueirense 2 x 1 Cruzeiro – Técnico Dorival Júnior

1000º jogo – 01/11/2009 – Mineirão
Cruzeiro x Fluminense – Técnico Adílson Batista

Gols históricos:
Gol número 1 – jogo 1 – 07/08/1971
Coritiba 0 x 2 Cruzeiro – Couto Pereira
Técnico Orlando Fantoni – gol marcado por Tostão

Gol 100 – jogo 79 – 09/12/1973
Figueirense 0 x 3 Cruzeiro - Orlando Scarpelli
Técnico Ilton Chaves – gol marcado por Palhinha

Gol 200 – jogo 157 - 29/09/1976
Cruzeiro 2 x 0 Confiança-SE – Mineirão
Técnico Zezé Moreira – gol marcado por Jairzinho

Gol 300 – jogo 215 – 25/10/1979
Cruzeiro 5 x 0 Bahia – Mineirão
Técnico Ilton Chaves – gol marcado por Erivelto

Gol 400 – jogo 291 – 04/02/1984
Cruzeiro 1 x 3 Rio Branco-ES – Mineirão
Técnico Ilton Chaves – gol marcado por Ademar

Gol 500 – jogo 371 – 16/10/1988
Cruzeiro 5 x 1 Vitória-BA –– Mineirão
Técnico Carlos Alberto Silva – gol marcado por Hamilton

Gol 1000 – jogo 721 – 06/04/2003
São Paulo 2 x 4 Cruzeiro – Morumbi
Técnico Vanderlei Luxemburgo –– gol marcado por Deivid (3º)

Gol 1400 – jogo 953 - 04/09/2008
Vasco 1 x 3 Cruzeiro – São Januário
Técnico Adílson Batista – gol marcado por Guilherme (1º)

Gol 1468 – jogo 999 – 28/10/2009
Cruzeiro 3 x 2 Santo André – Mineirão
Técnico Adílson Batista – gol marcado por Thiago Ribeiro


Ficha técnica da primeira partida no Brasileirão:
CORITIBA 0 X 2 CRUZEIRO
Motivo: 1ª rodada do Campeonato Brasileiro
Data: 07/08/1971
Local: estádio Couto Pereira, em Curitiba-PR
Árbitro: Romualdo Arppi Filho (SP)
Gols: Tostão, aos 36 min, e Lima, aos 40 min do segundo tempo
Coritiba
Célio; Hermes, Pescuma, Piloto e Nilo; Renatinho e Hidalgo; Reinaldinho (Kruger), Negreiros (Paulo Vecchio), Leocádio e Rinaldo. Técnico: Tim
Cruzeiro
Hélio; Pedro Paulo, Perfumo, Piazza e Neco; Zé Carlos e Dirceu Lopes; Natal, (Evaldo), Palhinha (Roberto Batata), Tostão e Lima. Técnico: Orlando Fantoni
Fontes: Superesportes e Cruzeiro Esporte Clube

Quinta vitória seguida faz presidente pedir presença do torcedor em massa contra Flu

Por: João Vitor Viana

50 mil. Esse é o número de torcedores que o presidente Zezé Perrella quer ver no Mineirão domingo, contra o Fluminense. Ontem, 20 mil torcedores presenciaram uma virada histórica contra o Santo André. Contra os cariocas, o presidente quer que 50 mil festejem a sexta vitória seguida. "Quero convocar o torcedor para estar junto com a gente domingo. Hoje, diferentemente do que ocorre normalmente, eles apoiaram do início ao fim e a vitória, pode-se assim dizer, é do torcedor, que inflamou o time. Sem esse apoio dificilmente o Cruzeiro venceria", destacou na entrevista coletiva.

Zezé pediu ainda que o torcedor apóie o time como fez contra os paulistas. "Hoje foi muito bom ver essa torcida fazer o que fez. Gostaria que eles viessem novamente no domingo com essa portura, para que possamos vencer novamente e concretizar esse sonho nosso, que é de voltar à Libertadores".

Os ingressos para a partida começarão a ser vendidos hoje, nos pontos tradicionais.

Confira os preços dos ingressos:

Geral – R$5
Cadeira Inferior – R$10
Cadeira Superior – R$25
Cadeira Especial – R$55

Confira os locais de venda antecipada (9h às 17h):

Mineirão
Ginásio do Barro Preto
Sede Campestre
Loja Cruzeiro Mania Barreiro
Loja Cruzeiro Mania Savassi (10h às 17h)

De olho no Fluminense

Por: João Vitor Viana

Nem bem acabou um jogo e a cabeça já se volta para o jogo do próximo domingo, contra o Fluminense, às 18h30, no Mineirão. Contudo, a preparação para a partida já começa hoje, quando o técnico Adilson Batista verá vídeos do time carioca e assistirá ao jogo contra o Atlético-MG, à noite. "Vou descansar para amanhã (hoje) pensar no Fluminense. Vamos analisar jogos, ver o jogo mais à noite para sabermos como neutralizá-los", afirmou o treinador.

Para o próximo jogo está de fora o atacante Thiago Ribeiro, que recebeu o terceiro cartão amarelo. A situação poderia ser pior, uma vez que Guerrón também está perdurado. Em compensação, devem voltar ao time o zagueiro Gil, que cumpriu suspensão diante do Santo André, o capitão Leonardo Silva e o atacante Wellington Paulista, ambos retornando de lesão.

Visão de torcedor
A partida contra o Galo, hoje, é se extrema importância para o Fluminense. Se vencer, ainda mantém esperança de jogar a Primeira Divisão ano que vem. Se perder, vai jogar tudo contra o Cruzeiro na próxima rodada. Ou seja, independentemente do que acontecer hoje, o jogo da próxima rodada será muito difícil e a paciência será primordial para que venha a sexta vitória para esse lado da Lagoa.

Na rota correta

Por: João Vitor Viana

Segundo especialistas, a tabela favorece. Segundo os jogadores, muito pelo contrário, uma vez que enfrentar times que lutam contra o rebaixamento é mais complicado. Duscussões à parte, o Cruzeiro está na rota correta, fazendo o dever de casa e jogando muito bem no território do adversário, dando esperanças à torcida de voos mais altos.

Ontem, diante do Santo André, a raça prevaleceu e o time saiu esgotado fisicamente devido ao esforço nos últimos 10 minutos de jogo. Como disse o atacante Thiago Ribeiro, o Cruzeiro fez por merecer o placar por tudo que criou. Foram 23 finalizações contra apenas nove dos paulistas. E, justiça seja feita, o técnico Adilson Batista ousou ontem ao trocar um zagueiro por um meia-atacante. A saída de Caçapa, para muitos torcedores era incorreta, já que Thiago Heleno não agrada quando joga. Porém, A entrada de Leandro Lima foi primordial para o crescimento do Cruzeiro, assim como a de Bernardo, que substituiu Gilberto, o nome da partida.

Com a quinta vitória consecutiva, o Cruzeiro mostra que não está brincando no Brasileiro. Com um time coeso e sabendo o que deve fazer em campo, os mineiros agora aguardam a finalização da rodada para saber o real desafio para domingo, quando enfrenta o Fluminense. Dependendo do andar da carruagem, o G-4 pode ser alcançado já na próxima rodada, restando ainda seis jogos para que se decida o título. E, nessa toada, o Cruzeiro entra como franco atirador.

Virada histórica em jogo eletrizante

Por: João Vitor Viana

Quem foi ontem ao Mineirão viu um Cruzeiro guerreiro. Melhor no primeiro tempo, o time de Adilson Batista só conseguiu fazer o primeiro gol no segundo tempo, através de Guerrón. Na primeira etapa, a Raposa finalizou mais de 10 vezes ao gol de Neneca e, diga-se de passagem, deixou de fazer ali o placar que o deixaria folgado para o restante da partida.

No entanto, depois de marcar primeiro, a rapaziada do Cruzeiro viu o Santo André crescer e, por cerca de 10 minutos, dominar a partida, tempo esse que propiciou a virada sobre os mineiros, com gols de Nunes e Júnior Dutra. A torcida, que apoiava o time, calou-se e, alguns, chegaram a vaiar. As vaias, porém, foram silenciadas por outros torcedores, que pediram apoio incondicional até o fim. O apelo deu resultado e a torcida incendiou o time. Nos minutos finais, Eliandro, jovem talento da base celeste empatou a partida e, aos 46, Thiago Ribeiro fez a torcida delirar com um gol que deu ao time a quinta vitória consecutiva e trouxe de volta a esperança de classificação para a Copa Libertadores e também na conquista do título.

Comemoração
Após o gol de Thiago Ribeiro, o técnico Adilson Batista não sabia o que fazer. Estravazou completamente, dando pulos, abraçando os companheiros e dando uma "voadora" na placa de publicidade. O treinador não se conteve depois da histórica vitória sobre o Santo André e que deixou o seu time a poucos pontos do líder. Com o apito final, o nome do treinador foi cantado em coro por toda a torcida celeste, maioria essa que quer a permanência dele para a próxima temporada.

Drama e delírio

Por: Lédio Carmona

O Cruzeiro não merecia sofrer tanto na noite do Mineirão, com quase 20 mil pagantes. Mandou no primeiro tempo. Fartou-se de perder gols contra o Santo André. E não parecia que tropeçaria diante do desesperado adversário. Ainda mais que, aos 13 min do segundo tempo, o contestado Guerron fez 1 a 0. “Agora vai aumentar o placar”, pensei comigo mesmo. Não foi bem isso que aconteceu. O Santo André foi para cima, o Cruzeiro vacilou demais na marcação e tomou a virada em 11 minutos: Nunes (17 min) e Junior Dutra (28min). A campanha de recuperação do líder do segundo turno parecia que iria por terra… Mas veio a catarse…

O jogo se tornou uma epopéia. Cruzeiro em cima. Santo André tentando partir nos contra-ataques. Mas a bola não saí do campo de defesa dos paulistas. Os mineiros erravam de mais. Cruzamentos, passes, mas não desistiam. Aos 38min, Gilberto cruzou e o garoto Eliandro empatou, de cabeça. Nada mudou. O Cruzeiro continuou desesperado, sufocando o Santo André. Era quase impossível que o Santo André resistisse. Até quem…

48 minutos… Faltava apenas 1 nos acréscimos. Jonathan levantou a cabeça e cruzou. Thiago Ribeiro apareceu como centroavante. Testada fulminante: 3 a 2. O Cruzeiro conseguiu. Quinto lugar. Às portas do G4. E, quem sabe, do título. Sangue azul tem poder.

Nada de além... Merlim aponta zebras das 32a rodada

Ele ficou doente, de cama, mas está de volta. Com uma bola de cristal herdada de sua Tatatatataravó, Merlim promete ter as combinações exatas das próximas rodadas. "Nada está garantido e algo está por vir em breve. Emoções do início ao fim e resultados incoerentes vão acontecer", garante. "Tem gente aí falando que vêm previsões do além... que nada. Vem de mim", enfatiza.

Segundo o mago, nascido e criado e Tutibiara, na Colina do Sol Nascente, o vencedor do Campeonato está realmente entre os seis primeiros. "Quanto a isso não há mistério. Mas nada está certo no momento. Instabilidades ocorrerão. Brigas determinarão o campeão e o rebaixado", conta.

Para Merlim, a tabela boa está com um time cuja força é a saída. "Tenho nas mãos o Cajado de Mérus, que me dá o poder de prever. E o campeão tem a força de um Deus para determinar a conquista".

PALPITES PARA A 32a RODADA

Atlético-PR x Santos - Vitória fácil do Furacão. 2 a 0 com direito a olé.

Botafogo x Náutico - Com sofrimento, dá Botafogo. Um gol de falta pode decidir o jogo. 1 a 0.

Cruzeiro x Santo André - O que parece ser fácil se tornará difícil. Vitória suada do Cruzeiro. 2 a 1.

Grêmio x Avaí - Grêmio cai diante do Avaí e uma crise pode surgir. 3 a 2 pro time da Ressacada.

Barueri x Flamengo - Empate seco com poucas chances de gol. 1 a 1.

Vitória x Corinthians - Empate. Jogo para boas chances para cada lado. 2 a 2.

São Paulo x internacional - Empate. 0 a 0. Jogo duro que vai ser determinado por muitas faltas.

Palmeiras x Goiás - Vitória do visitante. 2 a 0 com show do lateral Vitor, autor de um dos gols.

Fluminense x Atlético-MG. 2 a 1 no final para o Fluminense. Será apenas um alento para um time rebaixado.

Sport x Coritiba - Show do Sport com direito a goleada. 3 a 0.

A vitória dos pontos corridos

Por: João Vitor Viana

Algum tempo atrás cogitou-se a idéia do Campeonato Brasileiro voltar ao seu modelo antigo: mata-a-mata. Isso daria fim aos pontos corridos, método de disputa que vigora desde 2003. No entanto, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, foi taxativo: "O Campeonato Brasileiro desse ano mostrou a sua força e o seu equilíbrio", destacou em um encontro que esteve em Belo Horizonte.

Esse ano, o Campeonato Brasileiro é o mais equilibrado desde que surgiu. Nunca, na 31a rodada, o primeiro colocado estava a apenas seis pontos do sexto. Isso quer dizer que, em duas rodadas, o Cruzeiro pode estar na ponta da tabela e o Palmeiras fora do G-4. Da mesma maneira, na parte de baixo da tabela, cinco times no momento brigam para não estar entre os quatro que serão rebaixados para a Série B. Uma combinação de resultado pode ainda incluir o Coritiba, que mesmo vencendo o clássico contra o Atlético, ainda não se livrou da ameaça do rebaixamento.

Em um ano de tanta disputa pelo posto de melhor do Brasil, cogitou-se a hipótese de esse sistema acabar e voltar a "Era das Finais". Ora, a cada ano os clubes entendem que o melhor estruturado, o mais equilibrado e aquele que menos vacila é o que tem mais chances de ganhar e possivelmente será o vencedor. A margem só tende a diminuir e fazer desse campeonato realmente o mais imprevisível do mundo. Que esse método continue por muito tempo, premiando aquele que é o mais equilibrado e, realmente, o melhor do Brasil.

Ficou para a próxima...

Por: João Vitor Viana

O atacante Wellington Paulista, que não atua há duas partidas devido a um estiramento na panturilha, não está ainda disponível para o jogo de amanhã, às 21h, contra o Santo André, no Mineirão. O jogador, apesar de já treinar na Toca da Raposa, só reforçará o time contra o Fluminense, domingo, também em Belo Horizonte. Outro que pode reaparecer contra os cariocas é o zagueiro Leonardo Silva, ausente da equipe pelo mesmo motivo.

Para o jogo contra os paulistas, que estão lutando contra o rebaixamento, nenhuma surpresa na convocação. Somente o armador Bernardo, mas que vez ou outra aparece entre os relacionados. O restante é praticamente o mesmo que foi a São Paulo. Para a partida de amanhã não joga o zagueiro Gil, suspenso. Thiago Heleno entra em seu lugar. Caso surpreenda, Fabinho também poderá surgir na equipe.

Provável time: Fábio, Jonathan, Thiago Heleno, Cláudio Caçapa, Diego Renan; Fabrício, Marquinhos Paraná, Henrique, Gilberto; Thiago Ribeiro, Guerrón.

A duas vitórias dos 450 pontos

Da redação

Caso vença os seus próximos dois jogos, contra Santo André e Fluminense, ambos no Mineirão, o Cruzeiro chegará aos 450 pontos desde que começou a disputar o Campeonato Brasileiro por pontos corridos. Atualmente o time mineiro ocupa a terceira posição, com 444 pontos, logo atrás do Santos, que tem três pontos a mais. O primeiro colocado é o São Paulo, que contra o próprio Santos, chegou à marca de 500 pontos. Tal pontuação se deve às últimas três temporadas, quando o Tricolor Paulista sagrou-se tricampeão consecutivo.

Cruzeirense ilustre, atacante Guilherme torce de longe

Da redação

O atacante Guilherme enviou uma carta aos torcedores do Cruzeiro. Atualmente na Rússia, o jogador torce de longe pelo ex-clube, que deixou em fevereiro desse ano. Maior goleador da era dos pontos corridos pelo clube mineiro, o "garoto espetacular" enviou uma mensagem de incentivo ao time e à torcida da Raposa.

"Amigos cruzeirenses, Todos nós, torcedores, estamos satisfeitos com o momento do time e confiantes que podemos, no mínimo, voltar à Libertadores do ano que vem. A equipe tem jogado bem e está superando os adversários na hora certa. Sabemos que quando o Cruzeiro cresce nas competições, se torna muito forte. É uma equipe de chegada. Como isto está acontecendo na reta final, podemos ficar esperançosos que colheremos bons frutos em Dezembro. Acredito que tudo isto é resultado da manutenção de um trabalho bem-feito pelo treinador, pela competência da diretoria e, claro, do grupo de jogadores que é excelente. Ainda tenho amigos na Toca da Raposa e torço por todos eles. Tive a oportunidade de voltar ao clube no meio deste ano, para treinar, antes mesmo do início da pré-temporada aqui na Europa, e pude perceber um ambiente sadio e vencedor. Com os resultados recentes, vi que, felizmente, isto não mudou e todos estão querendo chegar ao topo da tabela de classificação. Confio que o Cruzeiro terminará pelo menos entre os quatro primeiros, pois um clube com esta estrutura não entra no Campeonato Brasileiro com um objetivo menor do que assegurar uma vaga na Libertadores. O título ainda é possível e não podemos deixar de crer. Parabéns a todos pelo excelente momento e continuem assim. Sou mais um cruzeirense na torcida para que dê tudo certo.

Saudações Celestes,

Guilherme"

O Avanço Azul

Por: Lédio Carmona

Fonte: Blog do Lédio Carmona

O futebol é pródigo em grandes arrancadas. E um campeonato de pontos corridos estimula essa tendência. Esse ano, por exemplo, tivemos brilhantes sequências. Goiás, Avaí, Palmeiras, Atlético Mineiro, São Paulo… Na reta final, dois azarões atropelam e parecem dispostos a tudo para cruzar o disco em primeiro. O cavalo preto e vermelho avança há mais tempo e está em quinto, a um ponto do G4. E um outro azul, muito bem cuidado e acostumado com o formato da “pista”, se encontra a três da mesma tropa de elite. E, como o Flamengo, o Cruzeiro, que chegou a ser dado como coadjuvante do Brasileirão-2009, por conta do péssimo início, na hora certa surge como protagonista. E, pasmem, com um time que parece ainda melhor e mais envolvente do que aquele que quase ganhou a Taça Libertadores há pouco menos de quatro meses.

Eu tinha convicação de que o Cruzeiro venceria o Corinthians, no Pacaembu. É difícil, na atual ordem do Brasileirão, ver uma equipe que não ambiciona mais nada segurar uma outra que ainda quer tudo. Não há endereço e mando de campo que modifique essa questão. Pode até acontecer o contrário, mas normalmente se dá bem quem mais quer, quem ainda tem objetivos, quem, basicamente, correrá mais.

O Cruzeiro é o líder do segundo turno. Ganhou 8 jogos, empatou 3 e perdeu 2. É uma campanha de recuperação de um time que pode chegar, sim. Essa semana, a Raposa faz dois jogos em casa, contra dois candidatos ao rebaixamento: Santo André e Fluminense. É a chance de entrar definitivamente no G4. É a oportunidade de disputar o título. E, sinceramente, duvido que o Cruzeiro tropece. E, mais ainda, a melhor das tabelas até o fim é a dos mineiros azuis: depois de Santo André e Flu, enfrentam Sport, fora (muito difícil), Grêmio, em casa, Atlético-PR, fora, mas com o Furacão já livre de qualquer pesadelo, Coritiba, em casa, e Santos, um turista no Brasileirão, fora.

Sim, é verdade. O Cruzeiro chegou mesmo. E, pelo cenário da tabela, tem tudo para armar sua barraca azul e ficar no G4. Pode ser que sim, pode ser que não, mas eu jamais descartaria um bote da Raposa com essa sequência que terá pela frente. Olho nela. E, como sempre, Adílson Baptista arrebenta no comando do time. Pena que tem gente que não goste. Haja exigência!

Continuam nos deixando de fora? Aguardem!

Por: João Vitor Viana

Quem ganhará o título brasileiro? Impossível dizer. Cada um vai torcer para o seu time mais do que nunca nessa reta final, que promete ser alucinante. Faltando sete rodadas para o fim, seis times disputam o caneco de melhor time do Brasil, dos quais dois paulistas, dois mineiros, um gaúcho e um carioca.

No entanto, comentaristas apontam Palmeiras, São Paulo, Internacional e Flamengo como os times que vão até o final com chances maiores de êxito. Os dois mineiros acabam sendo tratados como intrusos. Bom, até o final dessa semana acontecerão mais dois jogos e até mesmo o sexto colocado, o Cruzeiro, pode assumir a ponta, dependendo de alguns resultados obviamente.

Não há como prever mais nada. Todos têm chances de chegar. Nessa altura, o elenco conta, claro. Mas também conta a motivação, o momento. O Cruzeiro vem de longo período invicto fora de casa e, nos últimos quatro jogos, venceu todos. Tem ao seu favor ainda o fato de não ter nenhum dos primeiros pela frente mais. O Galo tem situação complicada e enfrenta três potenciais candidatos ao título. Os cruzeirenses vão fazer figa, com certeza.

Mas quem sabe? Em um campeonato louco como está, e ainda bem que está, tudo é possível. Mas que dê Cruzeiro. Ou que consigamos pelo menos uma vaga nesse G-4 que muitos há 10 rodadas davam como impossível. Qualquer previsão até o final é um chute, como disse um comentarista hoje na televisão. Só não digam que o Cruzeiro não é capaz. Ele não só é, como vem chegando de forma bem mineira: quietinho, comendo pelas beiradas. Se cuidem, adversários!

Cruzeiro x Santo André - Preço dos ingressos

A partir de hoje, torcedores cruzeirenses podem adquirir ingressos para a partida contra o Santo André, quarta-feira, às 21h. A carga total é de 40 mil ingressos. O local das vendas são os tradicionais.

Valor:

Geral: R$ 5,00
Anel inferior: R$ 10,00
Anel superior: R$ 25,00
Cadeira especial: R$ 55,00

Chegando de forma mineirinha...

Por: João Vitor Viana

O Cruzeiro conseguiu ontem, diante do Corinthians, sua quarta vitória consecutiva no Campeonato Brasileiro, feito que há muito não se via. Ao bater o time paulista por 1 a 0, a Raposa chegou aos 48 pontos, seis a menos que o líder, embolando de vez o campeonato nacional. O triunfo não só deu ao Cruzeiro totais condições de conquistar uma vaga na Copa Libertadores, como também, inclusive, de conquistar o título nacional.

Com um futebol eficiente, o Cruzeiro está conquistando importantes pontos que deixou escapar no ínicio do ano, quando priorizou a Copa Libertadores. No entanto, nas últimas quatro rodadas, o time de Adilson Batista vem mostrando obediência tática e determinação em busca do objetivo maior: uma vaga na maior competição sul-americana.

Se por um lado a forma como o Cruzeiro vem jogando não dá gosto de ver, por outro dá orgulho, já que os resultados estão vindo. E, como no futebol o que manda são os três pontos, eles estão sendo computados sempre na conta mineira. E, caso nos próximos dois desafios eles continuem acontecendo, as chances do melhor time do returno só aumentam. É continuar torcendo por um time que está buscando mais e mais. De maneira mineira, o Cruzeirão está chegando.

Reforços certos para o ano que vem podem não vir

Por: João Vitor Viana

Eles pertencem ao Cruzeiro, estão fazendo sucesso em outros clubes, mas podem não voltar mais ao clube mineiro. São eles o lateral-esquerdo Julio Cesar, que está no Goiás, e o armador Leandro Domingues, que está no Vitória. Ambos jogadores são imprenscindíveis aos seus clubes, mas, emprestados, terão que retornar ao Cruzeiro, se reapresentando em janeiro.

No atual momento, o lateral-esquerdo é o que mais interessa a clubes brasileiros. O Corinthians já afirmou que quer o jogador. "É um time que eu teria orgulho de jogar", disse o jogador a um site esportivo. Já Leandro Domingues pode não voltar por divergências com o treinador Adilson Batista. O jogador foi emprestado esse ano ao Vitória em troca da liberação do zagueiro Leonardo Silva e mais 10% do passe do jogador. Ainda não foi ventilada a hipótese da venda de Domingues a nenhum outro clube.

Vinda de Conca e Fred estão condicionadas, afirma Perrella

Por: João Vitor Viana

Nada de reforços. É o que disse o presidente Zezé Perrella hoje. "Não posso falar em nomes áté porque nem sabemos que será o treinador no ano que vem. O Adilson não me disse se fica ou sai. Então isso vai depender do treinador que estiver aqui. Ele que vai pedir os nomes".

Quanto a Conca e Fred, Perrella foi enfático. "O Fred é um jogador que interessa a qualquer um. Mas o salário dele não foi bancado pelo Fluminense, mas por uma empresa. E esse salário é incopatível com qualquer time do futebol brasileiro. Se ele se adequar à nossa realidade, é claro que é bem vindo. O Conca é um jogador que o passe é do Fluminense. Mas não vou pagar U$ 4 milhões por um jogador aqui do Brasil. Se ele conseguir uma liberação ou uma negociação que não envolva dinheiro, claro que interessa".

Os dois jogadores teriam sido já sondados pelo Cruzeiro. Mas o fator determinante deve ser a permanência ou não de Adilson Batista. O treinador afirmou que dia 6 de dezembro dará a sua resposta à diretoria. Ele tem uma proposta de renovação por mais duas temporadas.

Em tempos de crescimento, Perrella diz não ao título

Por: João Vitor Viana

O presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella, afirmou hoje que não acredita no título brasileiro para o Cruzeiro. "Título está inviável. Estamos na luta pela Libertadores e é isso que temos que buscar no momento".

Em sétimo lugar, o Cruzeiro precisa vencer o Corinthians, domingo, em São Paulo, para ainda sonhar com o G-4. Um tropeço pode levar o time da Toca da Raposa a pensar em voos menores.

Com proposta na mão, Adilson faz mistério

Por: João Vitor Viana

A diretoria quer a continuidade do trabalho. O treinador faz mistério e ainda não deu a resposta. Mas a verdade é a seguinte: em dois anos de trabalho, os manda-chuva do Cruzeiro têm claramente na cabeça que o treinador para as próximas duas temporadas é Adilson Batista. "Fizemos uma proposta para o Adilson para ser o nosso treinador até o final de 2011. Entendemos que ele é o melhor nome e vem fazendo um grane trabalho", disse Zezé Perrella.

Hoje no Arena SporTV, o próprio treinador desconversou. Não desmentiu sobre a proposta, mas disse que agora não é hora de falar em renovação. "Temos oito jogos ainda e é nisso que temos que focar. No dia 6 de dezembro às 14h eu vou falar se continuo ou saio", declarou. Adilson disse ainda que tem um relacionamento bom com a diretoria do Cruzeiro. O grande problema, pelo que disse o treinador do time mineiro, é que a torcida não está fazendo o seu papel. "O torcedor tem que ter paciência. E às vezes isso não acontece. A gente tem que fazer algumas coisas, algumas mudanças porque o jogo pede aquilo. E eles não entendem. Acabam vaiando, chamando a gente de burro. Mas é o sentimento do torcedor naquele momento. A gente entende", analisou.

Há algum tempo, o volante Fabrício disse que "possivelmente ele não ficaria". No entanto, Adilson fez questão de ressaltar que isso não está definido. "Não tenho procurador. Quem quiser me liga, a gente conversa. Ou então ligam para o Maluf, para o Zezé. O Fabricio até falou que eu não ficaria né? Agora ele virou meu procurador", disse aos risos.

Contrato longo
Caso Adilson aceite a proposta do Cruzeiro, será o primeiro treinador a treinar a equipe por quatro anos seguidos nos últimos 20 anos. "Eu acredito que é possível sim um treinador ficar num time por um tempo longo", resumiu, citando treinadores como Felipão, Luxemburgo, Enio Andrade e Mano Meneses como treinadores que poderiam ter continuado por um longo período em um time.

O que pode rolar

Adilson fica para o ano que vem se não receber uma proposta financeira vantajosa do exterior. Hoje ele assinaria a renovação. E ele quer ter seu nome falado nacionalmente, possivelmente prevendo uma futura comparação com um treinador de ponta ou uma indicação a alguma seleção. Mas hoje está mais para ele renovar. Isso é certo.

Os "Sem pontos"

Por: Sérgio Xavier

Fonte: Placar

Sempre temos compaixão pelos desfavorecidos. O movimento dos "sem teto", o pessoal dos "sem terra", enfim, gente que precisa e merece algo. O Campeonato Brasileiro está criando, digamos, sua própria injustiça social. Está a pleno vapor o movimento dos "sem pontos". São umas poucas equipes que começaram a jogar bem a competição e vem acumulando vitórias nas últimas rodadas. Basicamente, a situação de dois clubes, Flamengo e Cruzeiro. Estão, nesse momento, jogando a bola mais redonda do campeonato. E não conseguem a parte de cima da tabela porque marcaram passo lá no início da competição.

Do outro lado, temos os ricaços do Brasileirão com seus gramados improdutivos. O que dizer de Palmeiras, São Paulo e Internacional? São Paulo e Palmeiras conseguiram perder suas invencibilidades em casa para Atlético-MG e Flamengo. O Inter entregou o empate para o lanterna Fluminense no último minuto no Maracanã. Já está acontecendo uma transferência de riqueza no campeonato, Flamengo e Cruzeiro estão subindo consistentemente enquanto os três favoritos Palmeiras, São Paulo e Inter vêm entregando pontos bobos.

Mas talvez seja tarde para o rumo mudar, faltam apenas oito rodadas. Tudo indica que o Palmeiras acabe sendo mesmo o campeão. Muricy Ramalho ainda tem oito rodadas para fazer o time jogar e não fazer do Brasileirão 2009 o campeonato da injustiça.

Treinador desabafa após gol

Por: João Vitor Viana

Ele esbravejou. Depois de ver o time do Cruzeiro marcar o gol que acabou por selar a vitória diante do Botafogo, Adilson Batista acabou falando coisas contra a torcida, como meio de dizer: "Falem agora!".

Adilson tem sido muito criticado pelas escalações e pelas mudanças no time. É um admirador do futebol de jogadores de qualidade duvidosa, é verdade, como Elicarlos e Thiago Heleno. Mas ontem acabou optando pelas peças certas.

O lance
Vejam nos compactos do jogo que ele diz coisas para a torcida, como meio de resposta. É obvio que ele está engasgado com a torcida. Mas cada um cobra e esbraveja como pode. O importante é ver o Cruzeiro cada vez melhor. E os pontos estão vindo. 23 pontos no segundo turno. Líder desparado!

Vitória sofrida, mas válida

Por: João Vitor Viana

Foi uma luta, mas o Cruzeiro venceu o Botafogo por 1 a 0, ontem no Mineirão e chegou aos 45 pontos. Apesar de manter a 7a posição, o time mineiro encostou de vez no G-4, times que se classificam para a Copa Libertadores.

Desfalcado de vários jogadores, o Cruzeiro entrou em campo com a missão de vencer e deixar os seus torcedores sonhando com a Copa Libertadores em 2010. Primeiro tempo ruim, de poucas oportunidades. Todas pararam no goleiro Jefferson, velho conhecido da torcida.

O segundo tempo começou e, poucos minutos depois, Adilson trocou Guerron e Leandro Lima por Soares e Fernandinho. As alterações acabaram sendo boas e o time melhorou consideravelmente. Apesar disso, quando alterou o time, Adilson foi chamado de burro.

O gol da vitória saiu depois de um passe de Jonathan para Thiago Ribeiro, que tocou na saída de Jefferson. Minutos depois, Soares caiu desacordado e foi levado para o hospital de ambulância. Com um a menos, o Cruzeiro passou a se defender. E conseguiu. Foi pressionado até o fim. O goleiro Fábio acabou sendo fator preponderante, fazendo boas defesas. Destaque também para as atuações de Cláudio Caçapa e Thiago Ribeiro.

Valeu, Rafael!

Por: João Vitor Viana

Foi por pouco. Mas os meninos do Brasil acabaram perdendo o título do Mundial sub-20 nos pênaltis. Foi uma pena realmente. Ia ser o máximo comemorar com essa garotada que está debutando no futebol e que quer um lugarzinho ao sol. Muitos jovens talentos despontaram nesse time treinado pelo ex-jogador Rogério.

Um deles é um diamante a ser lapidado. É o goleiro Rafael, de 1m92 de altura e de uma elasticidade fantástica. Mostrou durante o torneio a sua grande habilidade e, na decisão, ainda pegou dois pênaltis. Uma pena que foi insuficiente, mas valeu, e muito.

Tomara que esses jogadores consigam um lugar em seus times. Rafael, por exemplo, é hoje o terceiro goleiro do Cruzeiro, que tem Fábio como titular incontestável. Ano que vem, porém, uma chance como primeiro suplente já seria uma ótima para o jovem goleiro.

A torcida por você, goleirão, é a maior do mundo. Maior que qualquer título. Só vence na carreira quem é um grande profissional e, de você, ninguém tira isso. Como disseram hoje na transmissão da Sportv, "você é uma jóia". E todo cruzeirense sabe disso. Seu futuro é brilhante, como uma jóia que você é.

Sondaram Juampi

Por: João Vitor Viana

Nem bem foi anunciada a retirada dos gramados e Sorin já volta à pauta. Mas não para cargos como diretor, treinador ou auxiliar. Mas de jogador mesmo. Os jornais argentinos cogitam a volta do atleta ao River Plate, time por onde passou antes de vestir as cores do Cruzeiro. Segundo os jornais, Sorin estaria disposto a defender o clube em 2010.

Sorin anunciou sua aposentadoria em junho desse ano. A sua partida de despedida está marcada para o dia 4 de novembro.

Leonardo Silva não enfrenta o Botafogo

Por: João Vitor Viana

O zagueiro e capitão Leonardo Silva foi vetado pelo departamento médico do Cruzeiro e desfalca o time domingo, contra o Botafogo, às 18h30, no Mineirão. Ele sofreu estiramento muscular e se junta ao atacante Wellignton Paulista no DM. No entanto, o jogador deve voltar contra o Corinthians, em São Paulo.

O provável substituto do jogador é Thiago Heleno, que esse ano faz o pior de sua carreira. Cláudio Caçapa e Luizão, no modo de ver de Adilson Batista, não têm condições, ainda, de serem titular do time.

Lado de lá
Sem a zaga titular, suspensa, o Botafogo não terá também o volante Leo Silva, jogador emprestado pelo Cruzeiro. Por cláusula contratual, ele não pode enfrentar o time mineiro.

Desfalque de peso

Por: João Vitor Viana

O atacante Wellington Paulista, com um estiramento na panturrilha, está fora do time do Cruzeiro nas próximas duas semanas. Ele se contundiu na partida contra o Atlético, segunda. A contusão tira o jogador da partida contra o Botafogo, tratada como fundamental pela diretoria e comissão técnica do Cruzeiro para se aproximar do G-4 e também do jogo contra o Corinthians e Santo André. A previsão para a volta do jogador é para o dia 31 desse mês, contra o Fluminense, no Mineirão.

Até lá, o treinador terá que montar a equipe com um ataque que o torcedor não aprova. Pelo menos não jogaram bem até agora, caso da dupla Thiago Ribeiro-Soares. Dificilmente o treinador irá escalar Guerrón desde o início.

O treinador já teve uma situação parecida esse ano e, na ocasião, escalou Thiago Ribeiro e Soares no ataque. Na época disse que Guerrón ainda não tinha condições de ser tutular do time. O que não é compreendido é como o Soares tem essa condição, uma vez que depois que voltou de contusão não foi mais o mesmo jogador. Se alguém pensava que jogar com Wellington Paulista era ruim, pior sem ele. É um desfalque de peso.

Promessa de casa cheia

Por: João Vitor Viana

Adilson pediu e a diretoria atendeu. Para o jogo de domingo, contra o Botafogo, às 18h30, no Mineirão, o torcedor cruzeirense vai pagar menos. De acordo com nota oficial divulgada pelo site oficial do Cruzeiro, os preços dos ingressos serão os seguintes: geral (R$ 5); anel inferior (R$ 10); anel superior (R$ 25) e cadeira especial (R$ 55). Estudantes, menores de 12 anos e maiores de 60 anos pagam meia-entrada em todos os setores.

A redução no ingresso foi um pedido do técnico Adilson Batista, que quer o Mineirão lotado contra os cariocas. "Pedi e o Zezé vai atender. Quero que a torcida lote o Mineirão para que a gente possa vencer o Botafogo e subir na tabela", disse. Adilson falou ainda que quer o torcedor apoiando a equipe. "No clássico eles nos apoiaram muito. Quero ver isso novamente, nos incentivando do início ao fim".

Os ingressos começarão a serem vendidos um dia antes, na quinta-feira, a partir das 9h. Os locais de venda são os tradicionais.

Na diferença de caráter

Por: João Vitor Viana

Uma atitude impensada aliada à palavras sem sentido fizeram com que o atacante Kléber brigasse com a torcida do Cruzeiro e deixasse muita gente chateada. Ex-jogador do Palmeiras, o atacante não mostrou empolgação ao enfrentar seu ex-clube, que jurou paixão dias antes, além de ir a uma festa de uma torcida organizada.

Diferentemente dele, Wellignton Paulista adota um outro discurso. Lesionado no clássico contra o Atlético, o atacante quer enfrentar o seu ex-clube para ajudar o Cruzeiro a subir na tabela e se aproximar do G-4. "Vamos trabalhar forte para poder pensar no Botafogo. Tenho carinho enorme pelo Botafogo, pelos meus companheiros que estão lá, mas hoje eu defendo a camisa do Cruzeiro, as cores do Cruzeiro e espero fazer gol e ajudar meu time a sair com a vitória, conseguir os três pontos e subir ainda mais na tabela", publicou o site uol.com.br.

Nesse tipo de declaração que a torcida acredita. Ela paga o ingresso para ouvir esse tipo de discurso. Palavras de pessoas que querem vencer e sonhar com voos mais altos. Kléber fica no chinelo para Wellignton Paulista, pelo menos quanto ao caráter.

Eles voltaram!

Por: Marcello Zalivi

O Cruzeiro, melhor time do returno do campeonato brasileiro, mostrou novamente a sua força e que não entra nos campeonatos meramente para participar. Com apenas 15 minutos de futebol, despachou o lado negro da lagoa e somou mais três pontos para a sua caminha rumo ao G4.

Uma semana antes do Super clássicos, Cruzeiro e Atlético já esquentavam o clássico com as conhecidas trocas de gentilezas entre Zezé Perrella e Alexandre Kalil. Tudo por causa de um túnel que nunca entrou em campo e ganhou jogo. Mas se era pra medir forças, ou simplesmente fazer valer o regulamento, o Galo partiu para o ataque e levou o túnel da direita. O contragolpe veio rápido do dirigente celeste, que cuspiu marimbondo e esquentou o duelo de segunda feira.

O Jogo

Ânimos acirrados. O galo entrava no famigerado túnel, bem abaixo da torcida cruzeirense e uma sonora vaia tomou conta do gigante da Pampulha. Azar para os torcedores zebrados que esperavam a sua vez. Só não esperavam que o Cruzeiro entrasse pelo túnel central, longe da torcida alvinegra, caindo nos braços da torcida azul. Já começávamos bem o clássico.

Os primeiros 15 minutos foram de total domínio celeste. O meio campo controlava o jogo, invertia as jogadas e encontravam os atacantes entre a zaga rival.
Logo no inicio do jogo Thiago Ribeiro teve uma grande chance de cabeça. Poucos minutos depois foi a vez de Fabrício experimentar. O gol parecia amadurecer, e foi o que aconteceu logo aos 11 minutos da etapa inicial. Jonilson perdeu no meio campo, a bola foi alçada nas costas de Feltri obrigando Werley a cobrir a lateral e desguarnecer a zaga. Ribeiro cruzou na medida e Wellington Paulista, o algoz dos segundinos, livre de marcação o centroavante só teve o trabalho de colocar na rede (Já ta acostumado). O Cruzeiro inaugurava o placar e representava a superioridade em campo através do gol.

Depois do gol, Adilson recuou o time. Gilberto sentia o tendão e WP09 começava a sentir a panturrilha. O Jogo já estava equilibrado quando o matador azul teve de ser substituído ainda no primeiro tempo. Em seu lugar o equatoriano Guerron estreava no clássico.
A alteração não surtiu efeito imediato e nos instantes finais o Atlético chegou a dominar, porem, criando apenas uma boa situação de gol com Carlos Alberto, defendida brilhantemente por Fábio em tarde inspirada.

No segundo tempo, as alterações do Adilson acabaram por chamar o Atlético para cima. A saída de Gilberto para a entrada de Elicarlos foi um erro. Os dois atacantes abertos não recebiam as bolas e o time passou a aceitar a “pressão” descontrolada do rival. A saída de Thiago Ribeiro para a entrada de Leandro Lima deu um pouco mais de consciência ao meio campo, mas a falta de jogadores no setor ofensivo culminou em pouca presença no ataque.

O Atlético continuou em busca do gol, mas esbarrava na bem postada defesa celeste e na incompetência de seus atacantes. Renteria foi presa fácil, Eder Luis nada produziu, e as entradas de Pedro Oldoni e Alessandro nada acrescentaram. O Atlético se resumiu em ciscar perto da área e tentar alçar bolas no miolo da defesa cruzeirense.
No fim das contas, a “pressão” do segundo tempo gerou de realmente perigoso, apenas uma cobrança de falta do apagado Correa, que novamente esbarrou no goleiro Fábio.

Se potência não é nada sem controle, pressão não é nada sem competência. Mais noventa minutos e talvez o Atlético conseguisse criar uma situação de perigo com trocas de passes ou uma jogada consciente. Mas fazer o quê, já que segundo o gênio dos esquemas táticos, o Cruzeiro jogou igual time do Interior. Tivesse o Uberaba uma defesa dessa, chegava na final do mineiro. Coisas do futebol.

Celso Roth tentou, os atacantes atleticanos também, Kalil e o túnel nem se fala, até o Adilson tentou tirar os 3 pontos, mas o time estrelado estava muito bem postado e com muita raça e disposição para garantir mais um triunfo que nos coloca bem vivo na disputa de uma das vagas.

Se tinha gente alertando sobre a “possibilidade” da segunda divisão, pode começar a alerta para outras possibilidades, muito reais por sinal.

Vamos para cima do Botafogo e que a nossa reação continue.

Ah... já ia me esquecendo. O freguês voltou!

Duas vitórias que dão ânimo

Por: João Vitor Viana

No sufoco. Esse foi o cenário criado ontem no Mineirão entre Cruzeiro e Atlético, o maior clássico de Minas Gerais e um dos maiores do Brasil. Não bastasse a rivalidade, o Cruzeiro pecou, e muito, ao não saber matar o jogo. Ou ainda, em não querer matar o jogo. Com o domínio do primeiro tempo, o técnico Adilson Batista recuou o time logo no intervalo, o que propiciou ao adversário crescer na partida e fazer com que o Cruzeiro somente se defensse. Coração azul foi a mil. Mas, ao final dos 48min do segundo tempo, soltaram o grito de vitória.

Jogo começou brigado, disputado. Era lance pra lá e pra cá. Até que o Cruzeiro tomou as rédeas do jogo e criou situações de gol, primeiramente com Thiago Ribeiro e, depois, com Wellington Paulista, que com categoria fez o gol que deu a vitória ao time azul.

No intervalo, Adilson trocou Gilberto por Elicarlos. Aí o drama começou. Não havia ninguém para armar as jogadas de ataque e o time passou a defender-se somente. Fábio acabou salvando o Cruzeiro em duas oportunidades, impedindo o empate alvinegro.

Para complicar ainda mais, Adilson recuou ainda mais o time, tirando um atacante e colocando um meia. Leandro Lima até tentou jogar, mas estava complicado ao ter somente Guerrón para passar a bola. Guerrón, aliás, foi bem criticado pela torcida, que espera ver do Dinamite toda a sua fama de velocista e decisivo, o que ainda não aconteceu.

Com a vitórias sacramentada, o Cruzeiro e a torcida agora começam a pensar em vôos maiores. O clube estáq a somente cinco pontos do Galo, time que hoje está em quarto lugar. Ainda dá. E é nisso que os cruzeirenses se prendem e acreditam. Quem é cruzeirense não desiste nunca!

OOO, o freguês voltoooou!

Por: Sacerdote Azul

Que beleza! Que maravilha! Foi suado, foi chorado, foi sofrido. Mas foram três pontos que dão agora esperanças em voos maiores. E derrotando o maior rival, de novo, é ainda melhor. Os deixamos em dúvida quanto ao futuro deles e pusemos uma dúvida sobre o nosso: será que ainda é possível a Libertadores?

Para os galináceos, o que valeu foi o choro pré-jogo. Brigaram tanto pelo túnel e, no final, perderam do mesmo jeito. Com direito ao Adilson recuar o time todo e, mesmo assim, não conseguirem furar o bloqueio azul. Ainda bem que foram incompetentes! Mas agora é pensar no Botafogo. Galo virou passado. Galo virou galinha. Freguês voltou com força!

O gol do Wellington Paulista foi importantíssimo. E esperemos que ele jogue no domingo também. E que o Cruzeiro seja ofensivo dessa vez. Bora, Cruzeiro. Ganhamos duas seguidas. Mas queremos mais triunfos. Queremos você onde você merece estar: no topo!

Bora, Cruzeiro!

Da Redação

Eita Cruzeiro que faz a gente sofrer! Mas a gente acredita. A gente ganha título e isso que importa. Bom, hoje tem Cruzeiro x Goiás. Jogo difícil mas possível de vencer. Sem Kléber, vamos com tudo para vencer esses goianos e tentar uma guinada. É agora ou nunca!

Esse mês é decisivo. Libertadores está longe, é verdade. Mas ainda dá para sonhar. Então, bora para cima deles hoje, às 21h, no Mineirão. Os cruzeirenses, em bares, no estádio ou em casa. Todos em uma só voz pela vitória. Apoiando sempe e torcendo pelos tres pontos.

Agora é a hora. Bora, Cruzeiro! Guerreiro dos gramados, time de cruzeirenses apaixonados. Hora de vencer, convencer e disparar. Que assim seja, para a felicidade da maioria de Minas.

Jornalismo pelo jornalismo (2)

Gostaria de ratificar o que escrevi ontem e foi publicado no PQN.

A crítica à cobertura esportiva em Minas Gerais, mais especificamente em Belo Horizonte, foi tratada de uma forma geral. Não foi especificado um determinado órgão, determinado jornalista... foi apenas um modo de ver as coisas de fora, uma crítica de alguém que quer um jornalismo de melhor qualidade, com melhores profissionais.

Quanto às escolas, elas sim, ainda engatinham quanto à orientação dos alunos. Seja em uma cobertura para jornal, seja para tv, rádio, internet... Pelo menos a maioria não prepara os seus alunos como deveriam. Isso é fato. Mas não está aí a crítica ao jornalismo especializado em esportes.

Quanto à propagação de outros esportes que não o futebol, concordo plenamente. Deveria acontecer. Graças a Deus e aos atletas do volei, esse esporte passou a ser também conhecido e admirado pelos brasileiros. O tênis, há alguns anos, também foi, uma vez que o Guga estava no auge e levou o nome do Brasil ao topo mais alto do mundo. Mas a crítica que eu fiz também não está aí. Gostaria, inclusive, que esses esportes tivessem mais espaço na mídia, assim como F-1, atletismo, natação, futsal, basquete. Mas minha crítica vai além.

A crítica se baseia no fato da cobertura esportiva ir além do que ela realmente deve e não realizar aquilo que lhe é devido. Tem muito 'jornalista' que não vai atrás de notícia, que espera sentado em sua cadeira os releases de assessorias de imprensa para apenas editarem - muitas vezes porcamente - e publicarem. Já ouvi muito jornalista em cobertura esportiva perguntar "Alguém tem algo para mim?" e isso, falando a outros jornalistas. Muitos querem as coisas de 'mão-beijada', não correm, não se esforçam, não fazem o que é lei no jornalismo, que é investigar, apurar e, depois, divulgar com propriedade.

A crítica também está centrada na cobrança indevida do público, que não se manifesta diante de uma mentira publicada e na cobrança do chefe de redação ou gerente geral do veículo que não cobra uma postura maior do profissional que é pago para ir atrás da informação. Não de ficar sentado na cadeira, tomando café, batendo papo no MSN e contando piadinhas. Jornalismo é coisa séria. Deve ser feita por profissionais sérios para que seja valorizada e volte a ter força. Tem muito jornalista apadrinhado empregado hoje. Gente que tira lugar de potenciais jovens ou de outros que não tem força ou indicação forte para entrar e mostrar serviço. Jornalismo não pode ser tratado como uma coisa qualquer. A chamada quarta força está ficando fraca há tempos. A indignação quanto a isso é grande. Cansei de ouvir rádio à tarde falando bobagens sobre futebol. Não consigo ler a editoria de esportes de alguns jornais devido à redação ser mal feita, texto ruim e o assunto completamente inócuo e sem sal.

Nunca fui e nunca serei um revolucionário. Mas é por ter espaços como esse, uma newsletter que vai para todo o Brasil para poder escrever e mostrar o que sentimos diante da nossa profissão. Graças a Deus sou um profissional que prima pelo caráter, pela justiça e pela ética. A todo momento busco melhorar como cidadão e como jornalista que sou, formado há quatro anos e com passagens por grandes órgãos. Sei que o mercado é fechado. Mas é fechado muitas vezes por esse mesmo mercado não ter a capacidade e nem a audácia de receber novos profissionais, novas mentes, jovens mentes.

Não falo isso porque estou na luta por um lugar ao sol. Não só por isso. Não é de hoje que os próprios jornalistas não valorizam a si próprios, que não se esforçam como deveria ser. Logicamente não são todos. Aliás, Belo Horizonte e Minas Gerais têm excelentes profissionais. Mas também têm esses ruins. E é deles que estou falando. Não é demais pedir para um trabalho ser sério. Assim como estou em busca de mostrar o meu e, para isso estou fazendo cursos, passei tempos no exterior para aprender inglês, muitos profissionais também deveriam se aperfeiçoar, tentar melhorar a todo tempo para dar o retorno esperado ao público e aos veículos que trabalham. Mais que respeitar o público e o órgão onde trabalham, ser um bom profissional é respeitar a si mesmo e também a profissão.

Jornalismo pelo jornalismo

Por: João Vitor Viana

A imprensa tem sido alvo nos últimos anos de inúmeras perseguições, tanto que até o nosso diploma nos roubaram. Mas a cada dia vejo que o que faz da imprensa não ter a força que poderia ter são fixados em vários problemas. Dois que detectei são a falta de cobrança por parte dos chefes de redação para com alguns jornalistas (não ligam se veiculam noticias ficticias ou não) e a falta de cobrança do publico leitor (que esquece rapidamente se uma noticia foi dada de forma erronea ou foi mera especulação). Ontem, em reunião com alguns jornalistas, tratamos do assunto jornalismo esportivo.

Não é de hoje que alguns jornalistas, seja do rádio, da tv ou do jornal, escrevem ou falam sobre coisas que não têm conhecimento, e pior, veiculam mentiras na mídia. Já puseram o Romário no Cruzeiro, no Atlético e até no América. Já venderam jogadores, já demitiram treinadores e, no final, ninguém cobrou deles. Nem os chefes, nem o público. É muito fácil dizer que têm fontes sobre uma determinada notícia. Jornalismo é apuração e muita gente hoje é dependente de assessorias de comunicação ou acredita piamente na palavra de dirigente. O caráter investigativo é muitas vezes deixado de lado, enfraquecendo a profissão. Pior é que esses maus profissionais estão aí no mercado, tirando a oportunidade de muitos bons jornalistas que estão na fila mas não tem a indicação para entrar em um jornal ou uma rádio.

Lamentavelmente, o profissional de jornalismo, principalmente o esportivo, em vários casos - não vou generalizar - prefere um trabalho mecânico, recebendo informação da assessoria de imprensa ou de um dirigente e veiculando. Se algo der errado, a culpa nunca é do repórter, mas da assessoria... do dirigente. Temos que ter responsabilidades. Primar pela ética e pela profissão. Temos que ir atrás dos fatos, reportar. A nossa missão é com a verdade. Não com especulação. Como disse um amigo meu: "Não posso especular". E isso é verdade. A razão do jornalismo é com a verdade. Em busca de furos, tem gente fazendo atrocidades, passando por cima de vários conceitos, dentre eles a moral. Vamos cobrar de nós mesmos uma postura mais profissional. É assim que funciona um jornalismo de qualidade e é assim que trabalha um jornalista.

Loteria Esportiva: Merlim avisa para as zebras!

Merlim não está caindo do cavalo. Com uma indisposição estomacal na última semana o velhinho de 91 anos teve que chutar alguns jogos. "Eu tive uma diarréia horrível. Errei alguns jogos por não mentalizá-los. Apostei em alguns e acabou que o resultado não veio. Estava claro que alguns jogos não poderiam dar certo", lembra. "Os ventos estavam contra o Corinthians. Isso eu avisei. E aconteceu", relembra.

Para essa semana, uma série de clássicos estão aí para Merlim desmembrar. "Zebras estão na casa de Sagitário com afluente em Touro. Serão quatro zebras que ninguém imagina", prevê.

Para Merlim, os céus estão nada alvinegros. "Prevejo um preto e branco sendo devorado por hienas. Outro preto e branco caindo por abutres. E mais um preto e branco indo ao inferno astral", avisando que essa rodada é perigosa para quem usa esse uniforme. "Se jogarem de roxo ou amarelo a chance de vencer é maior. Se não, o rabo ficará entre as pernas".

"As trevas começam essa semana para alguns times. Para uns,o futuro pode desmoronar pelas garras de seus maiores rivais. Para outros, o futuro vai afundar nas profundezas das mílicias afegãs por serem mutiladas e não mais retornarão a uma elite num futuro pródigo e próximo".

"Cada vez mais o cheiro do melado escorre pelo rosto. E esse açúcar fará muito time se lambuzar". Especialistas examinaram essa frase e constataram que cabe ao ditado popular "quem nunca comeu melado, quando come se lambuza". Nesse contexto, seria como dizer que nessa rodada, os times que estão na ponte de cima da tabela, e que não estão acostumado em ocupar tal posição, vão perder.

PREVISÕES DA RODADA

Atlético x Cruzeiro - Jogo de muita rivalidade e por motivos diferentes."Coisas somem, outras aparecem", disse Merlim. É um jogo difícil, mas os céus devem ser azuis na segunda. Duplo fechado no Cruzeiro. Palpite de placar: 2 a 1 para a Raposa.

Flamengo x São Paulo - "Urubu à solta e bambis indefesos correndo pela floresta", prevê Merlim. Como Urubu não come viadinho, o palpite é no empate. Palpite de placar: 1 a 1.

Santos x Vitória - "Um frágil vencerá um bostinha", disse Merlim. Jogo ruim para placar pequeno. Palpite de placar: 1 a 0 para o Santos

Fortaleza x Figueirense - "A fênix está por vir, embora morrerá ao final de 38 combates". Previsão é para a derrota do Figueirense em um jogo emocionante e escaldante. Já a vitória do Fortaleza parece ser apenas uma solução momentânea, uma vez que Merlim prevê a queda dele para a Série C. Palpite de placar: 2 a 0 para o Fortaleza.

Brasiliense x Guarani - "A reabilitação é a força dos drogados", disse Merlim. Como dos dois quem tropeçou na última rodada foi o Guarani, crê-se que é nele que deve-se confiar. Palpite de placar: 2 a 1 para os paulistas.

Ponte Preta x Vasco - "A vida de alguns estão nas mãos dos outros. Bebo e bebo, mas as emoções ficam de lado quando algo preto está por vir. Se é preto no branco, a igualdade se dá". Empate com show de perda de gols da macaca e do Vasco. Palpite de placar: 1 a 1.

Juventude x Campinense - "Coisas vencidas tendem a ser jogadas fora. Mas quem está menos vencida ainda pode ser consumida e não fazer mal". Entende-se essa frase como uma vitória do Juventude. Palpite de placar: 3 a 1 para os verdinhos.

Goiás x Sport - "Um raio cai mais de uma vez no mesmo lugar. Mas não será agora". Merlim prevê vitória fácil para o Goias, com direito a goleada. Palpite de placar: 4 a 0 para os verdinhos.

Santo André x Fluminense - "As coisas andam fedendo, o cheiro está horrível", disse Merlim quando estava no banheiro na última semana. Ligaram essa previsão ao jogo entre Fluminense e Santo André. Jogo ruim. Empate seco. Palpite de placar: 0 a 0.

Coritiba x Barueri - "Chegaram a um ponto que agora é administrar. Se mantiver o que aí está, na elite se manterá". Vitória do Coxa sobre os paulistas. Palpite de placar: 2 a 0.

Botafogo x Avaí - "A ilusão de uns é a realidade de outros. Um fogo está para ser apagado por um furacão Catarina". Vitória do Avaí. Palpite de placar: 1 a 3.

Náutico x Palmeiras - "Na ponta se manterá, em Recife afundará". Vitória do Náutico com possibilidade de empate. Palmeiras não vence. Palpite de placar: 3 a 2.

Internacional x Atletico-PR - "Furacão virará brisa e um pó colorado será decisivo". Entende-se como uma derrota do Atletico. Não foi identificado o que seria o pó mencionado. Palpite de placar: 1 a 0 para o Inter.

Corinthians x Grêmio - "A situação se manterá com o acréscimo do histórico". Palpite em um tropeço do Timão. Empate é mais certo, mas também pode haver uma vitória do Grêmio. Palpite de placar: 1 a 1.

Repensando 2010

Por: Marcello Zalivi

Esta cedo ainda para isso? Creio que não. Faltam 11 rodadas para o fim da competição e pelo andar da carruagem, a coisa vai para o brejo (Sulamericana, vamos ter clássico mineiro). Poderia ter outra opinião caso conseguíssemos vencer o Avaí. E as coisas até caminhavam para isso, mas mais uma traquinagem do técnico Adilson Batista acabou por limar mais 2 pontos na classificação celeste.

Não é cornetar o técnico ou jogadores. Mas claramente o ciclo encerrou para muitos deles. Adilson deve puxar a fila. Existe um mal estar entre ele, alguns membros do clube, alguns jogadores e com a grande parte da torcida. Mantê-lo, seria a mesma coisa de continuar dando abrigo para aquele primo chato que veio lá de Valadares para passar uma semana, e acabou ficando dois anos.

Alguns nomes foram especulados. Falaram que o Mano Menezes não fica no Corinthians em 2010. Eu aposto que continua, não existem motivos para tirá-lo do cargo. Tite (aquele que derrubou os zebrados) nem pensar. Os três nomes mais bem contados pela diretoria são de Ney Franco (o mais barato), Levir Culpi (O mais experiente, mas para mim já foi), e de Abel Braga (O preferido, porem, fora das condições salariais do clube).

Dos nomes, acredito que Abelão seria o ideal. Em termos de conhecimentos táticos, acredito que não seja nem melhor que os nomes citados acima, mas existem coisas que vão alem de conhecimentos sobre o jogo. Estou falando de vibração, de ter o grupo na mão, de ter sangue quente nas veias. Alem do mais, Abelão tem um currículo que o credencia para o posto.

A definição com o treinador é fundamental para o planejamento 2010. Para avaliar o elenco, motiva-lo e qualifica-lo. Com Adilson, o time não vai render mais, sua era já terminou junto com a Libertadores 2009. Por muito menos, o Tri Muricy foi demitido do São Paulo, e o “poderoso” Luxa do Palmeiras.

A avaliação também não pode ficar apenas no campo da comissão técnica. Alguns jogadores já terminaram o seu ciclo no clube. Outros, nem o começaram. Na minha lista colocaria nomes como Thiago Heleno, Luisão (nem deveria ter voltado), Soares, Dr. Athirson (mestrado em fisioterapia pelo CARE do Cruzeiro). Outros, na minha modesta opinião, deveriam ser emprestados: Leo Fortunato, Eli Carlos (apesar de ser um polivalente). Outros estariam em estado de observação: Leandro Lima, Paraná (Sim, para mim o seu ciclo está terminado).

O time tem uma boa base para 2010. Uma espinha dorsal considerável com Fábio, Leonardo Silva, Fabrício, Gilberto, Guerrón e Kleber. Possui jogadores que podem render até mais do que o esperado, tais como: Fabinho, Jonathan, Fernandinho, Thiago Ribeiro, Wellington Paulista, Gil, Andrey, Caçapa e Henrique. Possui também diamantes que precisam ser mais lapidados, e nesse perfil podemos citar Diego Renan, Bernardo (Que o Adilson insiste em queimar), Dudu, Patric e Rafael.

Com um bom técnico e pelo menos três ou quatro contratações no nível da camisa cinco estrelas, teremos um time forte suficiente para aproveitar que os grandes rivais estarão dando preferência a Libertadores e deslanchar uma campanha segura, para confirmar o nosso tri campeonato nacional.

Mas para isso é necessário mudar a postura também da diretoria. Mudar o foco de clube vitrine/vendedor, para TIME DE FUTEBOL. Ou será que o ciclo dessa diretoria também já chegou ao fim?

2010 dirá.

Sem Kléber... de novo

Por: João Vitor Viana

Mais uma vez está de fora. Coincidência ou não, justamente quando o Cruzeiro tem três jogos decisivos em casa, mais uma vez, ele está de fora. Kléber, o Gladiador, pelo visto, não quer mais duelar esse ano. Com uma dor no púbis, só deve voltar aos campos ano que vem, quando a torcida, de memória curta, não lembrará mais das atitudes anti-esportivas de seu melhor atacante.

Até porque no Campeonato Mineiro Kléber vai ser o artilheiro. Vai meter quatro, cinco gols num jogo. A birrinha costumeira e as palavras de paixão ao Palmeiras não serão lembradas. Memória do torcedor é curta demais. Sempre será.

Um dia alguém ainda vai dizer a frase: "A raiva do torcedor só dura até o gol do seu maior desafeto". E é isso realmente que acontece. Se ele jogasse contra o Atlético e marcasse um ou mais gols, a briga estaria selada. Mas isso infelizmente não vai acontecer e a briga terá que ser esquecida com o tempo.

Temos que acostumar a ficar sem o Gladiador. Aliás, o ataque inoperante com Soares e Thiago Ribeiro já não ilude mais ninguém. É apostar em gols do Fabrício, do Leonardo Silva, do Diego Renan... só assim mesmo para soltar o grito e esbravejar.

Estamos sem Kléber, de novo. Mas quem sabe algo melhor está por vir... por acontecer. É esperar e torcer.

Mês do embalo para manutenção do sonho

Por: João Vitor Viana

Outubro é o mês. Muitos jogos em casa. Apesar de o Cruzeiro não ter um bom aproveitamento no Mineirão - diferentemente do ano passado -, essa é a chance de subir na classificação. Serão três jogos seguidos, contra Goiás, Atlético e Botafogo, sendo que nove pontos a mais aproxima o clube do G-4, embora as chances de Libertadores sejam, hoje, mínimas.

Mas não custa sonhar ainda. Nada está perdido. Esses dias deu no globo.com que as contas matemáticas ainda davam chance de título para o Fluminense. Bom, se isso ainda era possível, porque não pensar em Libertadores ainda?

Ainda é possível isso acontecer. Difícil. O mais provável é voltar à Copa do Brasil mesmo e tentar o penta, chegando à Libertadores depois da conquista do título nacional. Mas quem sabe ainda é possível chegar ao mais alto posto já esse ano? A matemática ainda sugere isso. Pensar, torcer e rezar. Tem time que está lá em cima que nãovai ficar. Tem time que está lá embaixo que vai subir. Que esse time que suba seja o nosso. Precisa falar para quem torço sair do G-4? Não né?

Analisando os empates e o campeonato.

Como o próprio título da coluna diz, não vou comentar as derrotas do time, seja jogando mal, bem, ou claramente prejudicado pela arbitragem. Quero chamar a atenção para os resultados de empate que o Cruzeiro vem acumulando ao longo do BR09.

Nem foram tantos assim, pelo primeiro turno: Cruzeiro 1 X 1 Internacional, Botafogo1 X 1 Cruzeiro, Fluminense 1 X 1 Cruzeiro, Cruzeiro 0 X 0 Santos. Pelo segundo Turno: Vitória 3 X 3 Cruzeiro, Avaí 2 X 2 Cruzeiro. Foram 6 empates em 27 rodadas, sendo que 2 em casa e 4 fora.

Tirando os jogos contra Internacional e Santos que coincidentemente foram os dois jogos no Mineirão, fracos tecnicamente e de muita justiça. Todos os outros 4 empates foram considerados amargos pela China Azul e jogadores.

Foram 4 jogos fora de Minas Gerais, onde o Cruzeiro deixou escapar 8 pontos praticamente certos. Nos duelos do Rio de Janeiro, o Cruzeiro teve tudo para vencer. Primeiramente o Fluminense. O Tricolor carioca estava bastante desfigurado e sofria com a pressão Cruzeirense que parecia jogar em casa. Henrique abriu o placar no primeiro tempo, e o ataque celeste teve pelo menos mais 3 chances para matar o jogo. Na virada para o intervalo, Adilson recuou o time, acabou com o ímpeto da equipe e viu um Fluminense empatar o jogo e crescer na partida (Sem contar na “grande” atuação de Thiago Heleno). Ainda em terras cariocas, o Botafogo fez 1 X 0, justamente no momento em que “pedia” para levar um gol. O Cruzeiro empatou, tinha a vantagem de um jogador a mais, abusou do direito de perder gols e teve que amargar mais um empate.

Contra o Vitória, o Cruzeiro era soberano, aproveitou os contra golpes para sacramentar 3 X 1 e dominar a partida. Ta certo que caiu um temporal e o tal do Roger acertou um chute nos acréscimos que nem em mil anos ele volta a acertar. Mas o que não pode acontecer é o técnico Adilson fazer substituições sem pé nem cabeça, colocar 4 zagueiros em campo e ficar torcendo para o jogo (na mão) acabar. Mais 2 pontinhos perdidos.

O resultado contra o Avaí novamente veio castigar a postura defensiva do técnico celeste. O time ganhava e tinha o controle do jogo. Mas novamente um apagão. Preocupação excessiva em defender ao invés de matar o jogo, fez com que novamente nos acréscimos o Cruzeiro perdesse mais 2 pontos.

Só colocando na conta dos empates, foram 8 pontos praticamente entregues. O que seriam hoje 44 pontos na tabela, e chances reais de brigar até mesmo pelo título da competição.

Mesmo sendo torcedor, não sou cego. O time não vem jogando mal, foi prejudicado algumas vezes, beneficiado em outras, vacilou em muitas, e está pagando pelo fato de ter “ignorado” a competição até a 11° rodada (Sempre alertei desse perigo). O resultado disso, mais da ressaca pos Libertadores deixou o Cruzeiro hoje em apenas 11° na tabela de classificação. Sendo que poderia estar (mesmo fazendo um péssimo campeonato) facilmente no G4.
Não é porque não estamos na briga pela Taça que não darei minha opinião. O campeonato está muito disputado, mas com um nível técnico baixíssimo. Onde os craques da competição é o truculento e apenas bom jogador Diego Souza, e tem como seu artilheiro um desinteiriçado Adriano.

Sorte de quem ta na parte de cima da tabela (mesmo aqueles que lideravam mas não tiveram força suficiente para segurar a ponta, o que já era esperado). Mas pelo futebol da turma lá de cima, a única coisa certa é que o campeonato fica novamente em São Paulo, e as duas vagas da Libertadores ainda estão em aberto, devido a irregularidade dos seus principais postulantes.

Saudações Celestes.

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