Por: Marcello Zalivi
O Cruzeiro, melhor time do returno do campeonato brasileiro, mostrou novamente a sua força e que não entra nos campeonatos meramente para participar. Com apenas 15 minutos de futebol, despachou o lado negro da lagoa e somou mais três pontos para a sua caminha rumo ao G4.
Uma semana antes do Super clássicos, Cruzeiro e Atlético já esquentavam o clássico com as conhecidas trocas de gentilezas entre Zezé Perrella e Alexandre Kalil. Tudo por causa de um túnel que nunca entrou em campo e ganhou jogo. Mas se era pra medir forças, ou simplesmente fazer valer o regulamento, o Galo partiu para o ataque e levou o túnel da direita. O contragolpe veio rápido do dirigente celeste, que cuspiu marimbondo e esquentou o duelo de segunda feira.
O Jogo
Ânimos acirrados. O galo entrava no famigerado túnel, bem abaixo da torcida cruzeirense e uma sonora vaia tomou conta do gigante da Pampulha. Azar para os torcedores zebrados que esperavam a sua vez. Só não esperavam que o Cruzeiro entrasse pelo túnel central, longe da torcida alvinegra, caindo nos braços da torcida azul. Já começávamos bem o clássico.
Os primeiros 15 minutos foram de total domínio celeste. O meio campo controlava o jogo, invertia as jogadas e encontravam os atacantes entre a zaga rival.
Logo no inicio do jogo Thiago Ribeiro teve uma grande chance de cabeça. Poucos minutos depois foi a vez de Fabrício experimentar. O gol parecia amadurecer, e foi o que aconteceu logo aos 11 minutos da etapa inicial. Jonilson perdeu no meio campo, a bola foi alçada nas costas de Feltri obrigando Werley a cobrir a lateral e desguarnecer a zaga. Ribeiro cruzou na medida e Wellington Paulista, o algoz dos segundinos, livre de marcação o centroavante só teve o trabalho de colocar na rede (Já ta acostumado). O Cruzeiro inaugurava o placar e representava a superioridade em campo através do gol.
Depois do gol, Adilson recuou o time. Gilberto sentia o tendão e WP09 começava a sentir a panturrilha. O Jogo já estava equilibrado quando o matador azul teve de ser substituído ainda no primeiro tempo. Em seu lugar o equatoriano Guerron estreava no clássico.
A alteração não surtiu efeito imediato e nos instantes finais o Atlético chegou a dominar, porem, criando apenas uma boa situação de gol com Carlos Alberto, defendida brilhantemente por Fábio em tarde inspirada.
No segundo tempo, as alterações do Adilson acabaram por chamar o Atlético para cima. A saída de Gilberto para a entrada de Elicarlos foi um erro. Os dois atacantes abertos não recebiam as bolas e o time passou a aceitar a “pressão” descontrolada do rival. A saída de Thiago Ribeiro para a entrada de Leandro Lima deu um pouco mais de consciência ao meio campo, mas a falta de jogadores no setor ofensivo culminou em pouca presença no ataque.
O Atlético continuou em busca do gol, mas esbarrava na bem postada defesa celeste e na incompetência de seus atacantes. Renteria foi presa fácil, Eder Luis nada produziu, e as entradas de Pedro Oldoni e Alessandro nada acrescentaram. O Atlético se resumiu em ciscar perto da área e tentar alçar bolas no miolo da defesa cruzeirense.
No fim das contas, a “pressão” do segundo tempo gerou de realmente perigoso, apenas uma cobrança de falta do apagado Correa, que novamente esbarrou no goleiro Fábio.
Se potência não é nada sem controle, pressão não é nada sem competência. Mais noventa minutos e talvez o Atlético conseguisse criar uma situação de perigo com trocas de passes ou uma jogada consciente. Mas fazer o quê, já que segundo o gênio dos esquemas táticos, o Cruzeiro jogou igual time do Interior. Tivesse o Uberaba uma defesa dessa, chegava na final do mineiro. Coisas do futebol.
Celso Roth tentou, os atacantes atleticanos também, Kalil e o túnel nem se fala, até o Adilson tentou tirar os 3 pontos, mas o time estrelado estava muito bem postado e com muita raça e disposição para garantir mais um triunfo que nos coloca bem vivo na disputa de uma das vagas.
Se tinha gente alertando sobre a “possibilidade” da segunda divisão, pode começar a alerta para outras possibilidades, muito reais por sinal.
Vamos para cima do Botafogo e que a nossa reação continue.
Ah... já ia me esquecendo. O freguês voltou!
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