Duelo de gigantes
Por: Fernanda Martins (@FernandaMartins)
Admito que acordei um tanto quanto ansiosa, pois hoje temos Cruzeiro em campo e se inicia a temida etapa da Libertadores, o mata-mata. Apesar da vantagem de decisão em casa, do favoritismo, que na verdade me assusta, e da “pinta” de campeão, a primeira fase ficou para trás. Por isso, o time do Once Caldas, campeão da Competição em 2004, deve ser respeitado.A altitude de 2.170m e a adversidade climática são problemas, extracampo, que precisam ser vencidos. Acredito que o jogo de logo mais, às 21h50, em Manizales, tem tudo para ser um duelo equilibrado, no qual o vencedor se destacará por pequenos detalhes. Infelizmente, não teremos dentro das quatro linhas nosso matador da Libertadores, Thiago Ribeiro. No entanto, Cuca escalou Brandão. Segundo informações da imprensa especializada, o jogador vem apresentado raça e um bom futebol durante os treinos. Espero que isso seja verdade e que o atacante faça os colombianos se renderem ao gingado brasileiro, no estádio Palogrande.
Na Colômbia, Cuca levará o time ao ataque. Gosto disso no treinador. Ao contrário do “vamos aguardar” de Adilson Batista, o atual comandante do elenco celeste leva o jogo para frente. Isso tem refletido na quantidade de gols do Cruzeiro nesta temporada. Como disse Tostão, na coluna de hoje, do jornal O Tempo; “(..) melhor que ter um centravante artilheiro, é ter vários artilheiros”. E essa fala ilustra, muito bem, o atual momento cruzeirense. Vemos Gilberto subindo e desenhando gols, como o do último domingo, em Teófilo Otoni. Temos um Marquinhos Paraná, que apesar de não ser o mesmo jogador que fez meus olhos radiarem em 2009, concretiza lançamentos incríveis e apresenta raça digna de um garoto da base. O grupo do Cruzeiro é muito bom, essa é a verdade. Apesar da atual ascensão do time santista e da empolgação do Fluminense, que está embalado pela mídia nacional, tenho ensaiado o grito de tricampeão.
No último domingo (24), fiz um caminho bem conhecido pela nação cruzeirense. Em direção à Pampulha, pela Catalão, era possível ver pessoas vestidas com camisas azuis e pronunciando palavras de amor supremo ao nosso time estrelado. Por alguns minutos, pensei que tudo havia voltado ao normal e que veria o meu Cruzeiro encantar o Gigante da Pampulha. Doce engano. O domingo era destinado ao vôlei, e, por isso, não seria, ainda, o dia do Mineirão se render ao talento do nosso maestro argentino, Montillo.
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