Ao surpreender com a escalação do meia Alisson como titular na vitória
sobre o Goiás, por 2 a 1, na quarta-feira, o técnico Marcelo Oliveira
demonstrou que o Cruzeiro tem mantido a regularidade no Campeonato
Brasileiro mesmo com as constantes mudanças na equipe.
Sem contar com Júlio Baptista e Borges, desfalque de última hora,
Marcelo Oliveira promoveu a entrada de Alisson, que subiu ao
profissional no início do ano e chegou a ser emprestado ao Vasco,
envolvido na compra do zagueiro Dedé. Porém, retornou à Toca da Raposa
após perder espaço no clube carioca.
Dedé disse que o Cruzeiro tem provado a força do grupo para manter a
regularidade no Brasileirão.
"Todos os jogadores são importantes, eu
acho, acho não, tenho certeza. Todos os jogadores estão trabalhando, se
empenhando, então sabe da importância, está consciente o que pode não
pode, quando está entrando está fazendo bem, está fazendo da nossa
equipe cada vez maior", afirmou o zagueiro.
No total, Marcelo Oliveira já utilizou 28 atletas diferentes no
Campeonato Brasileiro. Desses, o único que deixou a equipe foi o meia
Diego Souza. O que mostra uma alta rotatividade do elenco, que possui 33
jogadores e 27 já tiveram a oportunidade de atuar.
Os únicos que não entraram em campo pelo Brasileirão foram os goleiros
Rafael, Elisson e Igor e os zagueiros Wallace, Victorino e Paulão. Os
demais foram utilizados pelo treinador e quase todos tiveram a chance de
começar jogando. As exceções são o volante Tinga e o meia Elber, que
entrou cinco vezes no decorrer das partidas e atualmente está no
departamento médico se recuperando de uma lesão muscular na coxa
direita.
Os jogadores que mais atuaram foram o goleiro Fábio e o zagueiro Dedé,
com 19 partidas cada um. Os que menos tiveram oportunidades foram o
zagueiro Léo e o lateral esquerdo Everton, com um jogo cada um. Esse
alto índice de rotatividade se deve aos desfalques, já que o treinador
vem tendo pelo menos uma ausência por rodada desde a vitória sobre o
Coritiba, por 1 a 0, pela 11ª rodada, quando repetiu a escalação da
equipe pela última vez.
Contra o Atlético-PR, no próximo sábado, o treinador já tem três
desfalques confirmados. O zagueiro Wallace, o atacante Vinícius Araújo,
que frequentemente compõe o banco estrelado, e o meia Alisson, que
viajaram para Florianópolis para servir a seleção brasileira sub-20.
Se eles não são problemas para o time titular, podem ser ausências
significativas na composição do banco. Por isso, o treinador aguarda
pelos retornos de Borges, que alegou cansaço muscular para não jogar
contra os goianos, e Julio Baptista, que ficou de fora das duas últimas
partidas preservado pelo departamento médico, assim como Martinuccio,
que está se recuperando de uma pancada sofrida no pé direito.
Apesar das várias modificações, o time tem mantido o padrão de jogo e
estimulado a concorrência no grupo, já que muitos jogadores se
alternaram entre titulares e reservas. O lateral-direito Ceará, por
exemplo, começou o campeonato jogando, se contundiu, perdeu a posição
para Mayke e conseguiu voltar ao time. O mesmo aconteceu com Borges.
Processo semelhante está vivendo Dagoberto, que se recuperou de lesão e
já realizou a terceira partida como reserva.
Contratado no meio do ano, o atacante Willian, que foi o destaque na
vitória sobre Goiás ao marcar os dois gols celestes, disse que a força
do grupo mantém o Cruzeiro firme na briga pelo título.
"Isso é projeto, um grupo que o Marcelo está sabendo lidar, é um grupo
vencedor, isso que vai se tornar um grupo campeão. Quando mexe em duas,
três peças, o nível da equipe não muda. Creio que temos um grupo forte,
qualificado e sabemos que vamos precisar de todos", ressaltou o
atacante.
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