Globo Esporte
O Cruzeiro teve a melhor atuação de um time brasileiro na Libertadores-2010. Talvez tenha sido o melhor desempenho de uma equipe, independentemente da nacionalidade, na competição. Transformou uma partida que tinha tudo para ser difícilima, autêntica guerra, numa apoteose. Foi perfeito. Tudo deu certo. A defesa não falhou. Os volantes jogaram demais. Gilberto não foi expulso. Thiago Ribeiro fez sua melhor partida com a camisa azul. E Kleber, com dois gols, foi para a galera e desbancou o panamenho Luis Tejada, do Juan Aurich, da liderança entre os goleadores. O Gladiador chegou aos sete gols. E, melhor ainda, com o categórico placar de 3 a 0, o Cruzeiro desbancou o Velez do primeiro lugar e encaminhou sua classificação. Mas antes terá que fazer um pit stop (e pontuar) em Santiago, onde enfrentará um desesperado Colo-Colo na última rodada.
Com um desempenho como o de hoje, fica difícil imaginar o Cruzeiro fora da Libertadores. Era impossível ganhar da Raposa nessa noite, no Mineirão. O time entendeu a importância da partida, confinou o Velez dentro do seu próprio campo de defesa e, nos momentos decisivos, soube matar a partida. Aos 32 minutos, quando os argentinos começavam a se acomodar em campo, Thiago Ribeiro ganhou uma jogada na raça, limpou a jogada e acertou um canudo da entrada da área: 1 a 0. Aos 3min do segundo tempo, Kleber marcou o segundo. E, aos 8min, o terceiro.
Três pancadas seguidas. Três gols 20 minutos. O Velez estava na lona. Hoje não tinha jeito. Era a noite do Cruzeiro. Melhor atuação do ano. Melhor desempenho de brasileiro na Libertadores. Se você perguntar ao torcedor cruzeirense o que pode ser um sinônimo para mundo perfeito, ele dirá que foi a noite do 31 de março de 2010. E não me venham com piada de primeiro de abril. Foi tudo real e verdadeiro. Tão bom que todos vão querer ver de novo. E vai ter reprise? Suspense.
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