As desculpas são as mesmas... as soluções também... mas...

Por: João Vitor Viana

A cada rodada, e ainda pior, quando o jogo é no Mineirão, o Cruzeiro desperdiça uma chance de engrenar no Campeonato Brasileiro. Nesse domingo, em um jogo chato, principalmente no primeiro tempo, o Cruzeiro fez um jogo de dar sono. Nenhum chute a gol, nenhum perigo ao gol de Felipe. Já Fábio fez excelentes defesas, salvando o Cruzeiro de ir para o intervalo perdendo.
Como é de praxe, Adilson nada mudou no time na volta para o segundo tempo. O único que melhorou o desempenho foi Jonathan, que acordou, de leve. O resto continuou muito mal. Muitos erros de passe, principalmente no meio-de-campo, com Fabinho e Fabrício. Fabinho, aliás, jogou uma das piores partidas dele pelo Cruzeiro, o que é difícil para um jogador da sua categoria. Já Fabrício não está lembrando nem de longe o excelente jogador do ano passado. Talvez passar um tempo na reserva seja bom para ele.

As mudanças feitas durante o jogo surtiram um certo efeito. O Cruzeiro ficou mais ofensivo e criou algumas chances de gol. Mas como o dia também não era dos melhores, a bola também não entrou. Quando não era interceptada pelo bom goleiro Felipe, passava próxima à trave. Mas o Santos também assustou. Mas ainda bem que o Fábio está em grande fase e salvou outras bolas complicadas.

Final de jogo: 0 a 0. E as desculpas voltaram a ser as mesmas. O técnico diz que é preciso ter paciência porque jogadores ainda estão se adaptando a novas funções. Mas já se passou o primeiro turno e a torcida não vê evoluções no time. Aliás, vê regressão tática. A cada jogo são mais volantes em campo. Hoje Adilson não pôde contar com Henrique, suspenso, e Elicarlos, machucado. Mas assim que puder, podem ter certeza que ele vai utilizá-los. Contra o Flamengo, próximo adversário, acredito que o esquema com quatro volantes – ou mais – não será deixado de lado e Marquinhos Paraná e Fabinho serão os responsáveis pela armação das jogadas. O que é lamentável.

O técnico anda insistindo em velhos erros, como utilizar jogadores em posições que nunca atuaram quando o certo seria utilizá-los onde eles sabem jogar, em suas reais posições. Fabrício como volante, não meia. Marquinhos Paraná é volante. Kléber é atacante. Gilberto é lateral-esquerdo. A solução para o Cruzeiro é fazer o básico. Inventar demais é problema. Nunca deu e nunca vai dar certo. Mas temos um professor Pardal no comando.