terça-feira, 25 de agosto de 2009

O drama da reserva

Por: João Vitor Viana


É dito por especialistas que um time, para ser campeão, tem que ter elenco. O grupo é fundamental. É o que faz o rendimento da equipe oscilar menos e, assim, conseguir êxito numa competição. No Cruzeiro, no entanto, o que se vê, principalmente em se tratando de defesa, é bem o contrário disso. Contra o Botafogo, próximo adversário dos mineiros, com problema de suspensão – Gil recebeu o terceiro cartão amarelo –, Thiago Heleno volta ao time e, conseqüentemente, o drama dos reservas também volta. Isso porque o jogador, antes de perder a posição de titular no time foi duramente criticado pela torcida e imprensa mineira, devido às suas péssimas atuações.

O mesmo drama da reserva acontece na armação do time. Hoje, o titular da camisa 10 é Gilberto, que até saiu-se bem contra o Náutico e vem mostrando que mesmo no meio, pode ser útil ao time. Mas indaga-se: e quando ele se machucar ou estiver suspenso? Quem entra? Athirson? Marquinhos Paraná jogando mais avançado? Complicado dizer, ou melhor, responder. Agora chegou o armador Leandro Lima, um atleta desconhecido dos torcedores mas que se julga capaz de envergar a camisa azul e fazer sucesso em Minas Gerais. Pediu 15 dias para estar à disposição. Aí é esperar para ter uma opinião.

No gol, outro dilema. O reserva é pior que o terceiro goleiro. Rafael, que foi um dos destaques da equipe júnior do Cruzeiro na conquista da Copa São Paulo em 2007, tecnicamente, é “diamante a ser lapidado” como disse o presidente do Cruzeiro na época, Alvimar de Oliveira Costa. Porém, Andrey sustenta o status de primeira opção para o gol, o que faz o torcedor cruzeirense ficar apreensivo já que Fábio está em grande fase e não está na Seleção Brasileira somente por opção do treinador, que prefere convocar Victor, do Grêmio. Com Andrey, dificilmente o Cruzeiro estaria seguro. O gol sofrido contra o Rio Branco em um jogo do Campeonato Mineiro, no ano passado, não sai da cabeça do torcedor. Grupo é tudo. Por isso opções no banco devem ser prioritárias. Para o ataque tem o Soares apenas. Não pode-se contar com Rômulo, Thiago Ribeiro ou Wanderley.

Espero queimar minha língua, mas ainda é cedo para falar em G-4 ou título. Mas vamos confiar no time, na sequencia de vitórias. Caso elas venham, o sonho volta. Caso não, o drama vem. Mas é dar tempo ao tempo. Mas não iludir-se, achando que temos um elenco de primeira grandeza. O time até que é qualificado. O problema é a reposição.

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