Fonte: Globoesporte
Em 2005, o Corinthians conquistou o Campeonato Brasileiro com uma dupla de argentinos que encantou o país: Mascherano e Tévez. Os dois foram protagonistas de um time que levou a torcida alvinegra ao delírio. O que poucos se lembram é que dois jogadores do Cruzeiro estiveram naquele elenco: o volante Fabrício e o meia Roger. Agora, os campeões de 2005 estarão frente a frente com o Timão e a Fiel, sábado, às 19h30m (de Brasília), em uma partida decisiva na luta pelo título do Brasileirão de 2010.
Fabrício, um dos grandes destaques do atual elenco do Cruzeiro, disse que se lembra com carinho do título conquistado com a camisa alvinegra, mas ressalta que não criou um vínculo algum com o Corinthians nem com o seu torcedor.
- São lembranças boas. Quando se ganha um título é muito bom, inesquecível, ótimo para o currículo. Mas hoje eu me sinto muito mais em casa no Cruzeiro. Vivi os dois lados da moeda no Corinthians. Tive um excelente início, mas depois caí, coisa da idade. Hoje me acho muito mais jogador e profissional. Agradeço a Minas e ao Cruzeiro por ter me tornado quem eu sou. Hoje me identifico muito mais com essa camisa azul do que com a do Corinthians.
No título de 2005, Fabrício atuou em 16 jogos, mas sofreu com algumas contusões. Agora, em 2010, o jogador tem sido de fundamental importância para a bela campanha do Cruzeiro na competição. O volante já entrou em campo em 26 oportunidades e é um dos principais atletas do elenco.
Fabrício conhece muito bem o desafio que o Cruzeiro terá pela frente. Afinal de contas, foram cinco anos no Corinthians, entre 2001 e 2005. O Pacaembu lotado, pulsando, levando o Timão para frente, não é novidade para o jogador. Porém, toda essa possível pressão não assusta o volante celeste.
- Lá é um caldeirão. Fala-se muito em final, que o Corinthians vai ganhar, que vai ser campeão. Mas temos um retrospecto bom. O último jogo, se me lembro bem, nós ganhamos. Se tudo correr bem, dá para ganhar ou empatar. Vai ser bom - diz ele, referindo-se ao 1 a 0 na 16ª rodada do primeiro turno.
Um das grandes preocupações de Fabrício é com a arbitragem. Porém, o volante espera que o Cruzeiro não saia prejudicado. A CBF já anunciou que Sandro Meira Ricci, do Distrito Federal, será o árbitro da partida.
- Eu espero que a arbitragem seja boa. Ela tem influenciado no resultado de alguns jogos. Mas desta vez a CBF não pode errar. O clima vai ser pesado, com um monte de gente gritando. No jogo contra o São Paulo, veio um árbitro desconhecido. No clássico paulista do fim de semana, apitou o Simon. Porque não colocam sempre árbitros desse nível para apitar nossos jogos?
Mesmo com todo o clima que envolve o jogo, Fabrício tem a estratégia para conquistar os três pontos.
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