sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Medo!


Fonte: UOL

A onda de ataques de traficantes no Rio de Janeiro preocupa o Cruzeiro, que enfrentará o Flamengo, neste domingo, às 17h (de Brasília), em Volta Redonda, pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro. A diretoria do clube mineiro pediu auxílio à Polícia Militar carioca para que a delegação celeste se sinta segura enquanto estiver concentrada no estado, a partir da tarde desta sexta-feira.

“Isso traz preocupação para todos que estão no Rio de Janeiro e têm de passar por lá. Não sabemos como será a situação no momento em que estivermos no Rio de Janeiro, no nosso deslocamento no sábado de manhã. Vamos chegar à tarde no Rio e já teremos cobertura da Polícia Militar. Já mantivemos contato com o comando da PM do Rio, com o major Malheiros. Ele vai nos dar essa cobertura, inclusive, para treinamento”, afirmou o gerente de futebol do Cruzeiro, Valdir Barbosa.

A onda de violência começou no domingo (21), quando criminosos iniciaram série de ataques e incendiaram veículos. Mais de 50 casos já foram registrados no estado do Rio de Janeiro até esta quinta-feira.

Apesar do apoio da Polícia Militar, o dirigente admite que a situação no Rio de Janeiro preocupa os cruzeirenses. “Nós tomamos as precauções que julgamos necessárias para o time. Agora, como disse o major, não sabemos como estará o Rio no sábado pela manhã. A gente tem uma ideia agora, sábado é uma outra história”, destacou.

Os jogadores do Cruzeiro que tem identificação com o Rio de Janeiro também demonstraram receio com a violência na capital fluminense. “Estou muito chateado. Sou do Rio e, infelizmente, já vemos essa cena há algum tempo. Tomara que dessa vez as invasões ao Complexo do Alemão de forma definitiva, que possam controlar essa situação. O que a população do Rio quer é paz, cidade linda, que está perto de receber dois eventos gigantes, de repercussões muito grandes, e passar por essa situação é lamentável”, disse Roger, que se referiu à Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro.

Com parentes no Rio de Janeiro, o meia está em constante apreensão. “A gente espera que as autoridades deem ponto final a isso. Cada vez a gente vê mais essas imagens. Tenho família lá e fico preocupado com a escola da minha filha, com minha mãe que tem um restaurante. Aí ela me fala que há suspeita de bomba em uma caixa à frente”, afirmou.

“A gente fica preocupado, torcendo e rezando para que nossos entes sejam protegidos, que toda a população de bem do Rio e Janeiro seja protegida e aqueles que fazem essa baderna sejam colocados em seus devidos lugares, que é a cadeia”, acrescentou.

O atacante Wellington Paulista, que defendeu o Botafogo, espera que o Cruzeiro se preocupe apenas com a partida diante do Flamengo. “Sempre foi assim, mas não com essa ênfase que está hoje. Todo mundo está preocupado com o que está acontecendo. Esperamos viajar, jogar futebol e voltar para casa”, salientou.

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