Por Flávio Anselmo
Foram 20 dias, mais da metade na praia, longe das intrigas do futebol. Pensei que estaria de espírito renovado no começo de um novo ano depois de enfrentar barra pesada no que passou. Devorei três livros – Chico Xavier e Castro Alves (ótimo, recomendo) e reli os dois tomos de Os Miseráveis, de Victor Hugo.
* Que nem Os Sertões, de Euclides da Cunha, daqui a alguns anos lerei esta obra de Hugo de novo. Vale a pena acompanhar a saga de Jean Valjean.
SEM O VELHO GÁS
Interessante, voltei sem gás. Só não foi pior em razão das boas contratações do Galo. Léo Silva, Richarlyson, Mancini e Toró abrem boas perspectivas ao técnico Dorival Júnior.
*O América não parou e dentro dos seus conformes buscou o que podia trazer. O tempo dirá se acertou ou não.
GALO NO PAPEL
As contratações atleticanas, no papel, passam mais possibilidades de acerto. Não compartilho das preocupações da torcida azul em função da paradeira de Zezé Perrela e companheiros. Já vi este filme antes. Falam do caixa vazio, por falta de negócios, em prejuízo alto nas competições, jogam m. no ventilador com especulações sem anexo e, de repente, anunciam reforços.
*Normalmente, o Cruzeiro não anuncia nenhuma contratação de buscar no aeroporto no primeiro semestre.
DESOBSTRUIR A SAÍDA
Por enquanto, a ordem é desobstruir o portão de saída e diminuir o inchado elenco. E parte deste planejamento já foi feito com bom índice de acerto. Jonathan queria sair e saiu. Bom jogador, é desfalque. Contudo, na sua cabeça ele imagina que joga muito mais do que, realmente, joga. Espaço aberto pra Rômulo e Afonso, esse do júnior.
* De estalo, pode resolver Perrela sair negociando as pratas da casa e ninguém segura o homem. Bernardo, Dudu, Uchoa, Sebá e outros estão na prateleira à espera de compradores.
CAMPEONATO MINEIRO
Orlando Augusto manifestou preocupação com a falta de divulgação e de interesse da mídia com o Campeonato Mineiro que bate à porta. Tem razão! O assunto nós discutimos no Jogada de Classe, da TV Horizonte, e chegamos à seguinte conclusão: grande parte da nova crônica mineira, que nunca curtiu a verdadeira competição estadual, é contra ela.
* Os jovens condenam-na sem conhecê-la em sua importância. ao apedrejamento das adúlteras do Irã.
VOLTA DOS DINOSSAUROS
E nos acusam de dinossauros presos ao passado. Pobres coitados, não sabem que há algum tempo atrás nós tínhamos o Mineiro em dois turnos, uma folga para os times excursionarem ao Exterior – e a maioria das rádios fazia belas coberturas com transmissões dos jogos e torneios -, além da Libertadores e do Brasileiro.
* A cartolagem pôs fim nas excursões e reduziu os estaduais a esses caça-níqueis pra Rede Globo.
O HOMEM SEM ROSTO
Que legislação eleitoral é essa que permite que uma pessoa sem nenhum mérito ou voto passe ocupar uma cadeira no Senado Federal ? Ou alguém aí votou em Clésio Andrade pra Senador? É de se lamentar a morte do Sr. Eliseu Resende, como um ser humano; mas não do político, herança da velha Arena e da ditadura.
* Lamento mais ainda porque sua morte abriu espaço ao “homem sem rosto”, ao “sombra”, empresário que está em todos os lugares e ao mesmo tempo em lugar nenhum. Isso permite que ninguém fale dele como idealizador do “mensalão”, sócio do Marcos Valério na DNA e naquela outra agência.
* Na época foi feito um acordo de gaveta bem estranho, no qual Clésio passou as empresas ao Valério pois seria candidato a vice de na tentativa de reeleição de Eduardo Azeredo. Havia o impedimento legal como dono das agências, donas das contas publicitárias do Estado.
* Foi derrotado e pediu as agências de volta, Valério não cedeu e os dois foram pra Justiça. Aí estourou a questão do mensalão e Clésio pulou fora da pendenga.
* Como sei de tudo isso? Fui o responsável pela implantação da Rede Mineira de Rádio, sonho de Clésio em suas pretensões de ser governador do estado. Era dono das 21 emissoras com o seu sócio minoritário, Geraldo Magno, ex-prefeito de Itabirito. Pelas mãos deste, fui contratado como diretor de programação. Não aguentei. Tenho até hoje a carta que enviei ao Clésio e ao Magno com as minhas razões.
* Assinaram minha carteira de trabalho e não recolheram o INSS, e isso me levou a demandar contra a instituição e o Homem sem Rosto. Senador sem voto e que, ainda, dá cano no INSS, pode?
Flávio Anselmo
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