quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

DIRETO DA MIDIA - SUPERESPORTES

Jorge Gontijo/EM/D.APress
Cruzeiro, de Wallyson e Montillo, massacrou o Estudiantes na
Arena do Jacaré: 5 a 0

O Cruzeiro superou todas as expectativas, mostrou espírito de Copa Libertadores e iniciou o torneio continental com uma goleada histórica sobre o Estudiantes por 5 a 0 na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. O resultado acachapante desta quarta-feira colocou o clube mineiro na liderança do Grupo 7, à frente do Tolima no saldo de gols.

O torcedor cruzeirense saiu de alma lavada da Arena, uma vez que o Estudiantes foi o algoz do Cruzeiro na decisão da Copa Libertadores de 2009. Coincidentemente, naquela edição, os celestes também estrearam no torneio diante do clube platense, com triunfo por 3 a 0.

A velocidade foi a grande marca do Cruzeiro diante dos argentinos. Três gols nasceram em jogadas de contra-ataque. Se Cuca foi o estrategista da noite, ao mudar a escalação usual do time, em campo três atletas foram acima da média, apesar do bom desempenho geral: Wallyson, Montillo e Roger.

Wallyson e Montillo marcaram dois gols cada um, e Roger também deixou o seu.

Massacre inicial

O Cruzeiro foi absoluto no primeiro tempo e conseguiu abrir 3 a 0 de vantagem, com gols de Wallyson, Roger e Montillo. O placar folgado começou a ser construído antes do primeiro minuto, o que facilitou a estratégia montada por Cuca para atrair o adversário e explorar os contra-golpes, na maioria das vezes pelo lado direito.

Cuca, por sinal, teve estrela nessa abertura de Copa Libertadores. Ele mudou a escalação do Cruzeiro e apostou nas entradas de Marquinhos Paraná, Roger e Wallyson.

Paraná deu maior consistência à defesa, Roger teve um entrosamento perfeito com Montillo e Wallyson foi sinônimo de velocidade em campo, sendo a válvula de escape cruzeirense.

No primeiro gol, marcado aos 54 segundos, a verdade é que Cruzeiro contou com a sorte. Wallyson arriscou chute da entrada da área, a bola desviou no defensor e encobriu o goleiro Orión: 1 a 0. .

Até os dez minutos, o Estudiantes tomou conta do campo cruzeirense e insistiu principalmente nas jogadas aéreas que saiam dos pés de Verón. Mas, nesse período de pressão, os argentinos não conseguiram furar a defesa celeste, que se mostrava frágil.

Aos poucos, o Cruzeiro passou a ter o controle da partida e, de forma inteligente, atraiu o Estudiantes para explorar os contra-golpes, principalmente com Wallyson e Montillo pela direita.

O segundo gol saiu aos 18 minutos, numa dessas investidas. Montillo arrancou pela direita e lançou Roger pela esquerda. O meia-atacante cortou para o centro, bateu rasteiro e a bola entrou no canto direito de Orión: 2 a 0.

O Estudiantes só deu trabalho a Fábio aos 19, em chute de Verón.

Montillo estava inspirado contra seus compatriotas e teve duas chances claras de marcar. Na primeira, aos 22, ele arrancou após o chutão da defesa, invadiu a área e bateu rasteiro, mas fraco. Na segunda, ele foi lançado por Wallyson e tentou marcar por cobertura, a exemplo do que havia feito pelo Universidad de Chile ante o Flamengo, em 2009. Dessa vez, a bola saiu à direita.
No entanto, aos 39, Montillo não desperdiçou a terceira oportunidade que teve. Roger retribuiu o passe do segundo gol e, dessa vez, foi o garçom, em jogada pela esquerda. O argentino recebeu na área, driblou Orión e tocou para as redes: 3 a 0.

Massacre final

Os times voltaram a campo com as mesmas formações. O domínio cruzeirense se manteve, mas sem a volúpia do primeiro tempo. Na tentativa de diminuir, o técnico argentino Eduardo Berizzo trocou Leandro Benítez pelo atacante Núñez aos 12 minutos.

Mas foi o Cruzeiro que voltou a marcar logo aos 14. Num lance que lembrou o gol do título da Copa Libertadores de 1997, num chute de Elivelton, o meia Montillo colocou 4 a 0 no placar da Arena. O craque aproveitou corte da defesa e, sem deixar a bola cair, disparou de fora da área. Orión saltou, mas falhou ao tentar defender.

Aos 19, Cuca trocou Gilberto por Diego Renan na lateral esquerda. O veterano saiu muito aplaudido. Dois minutos depois, Wallyson arrancou em direção ao gol e perdeu grande chance de ampliar.

Fábio trabalhou pela primeira vez nesta etapa aos 24 minutos, quando Pérez aproveitou lançamento de Verón e tentou a conclusão à queima-roupa. No complemento da jogada, ele atingiu o goleiro com os pés e cometeu falta.

A segunda troca de Cuca foi feita aos 25: saiu Roger e entrou Dudu. Assim como Gilberto, o autor do gol saiu ovacionado pelos cruzeirenses. A torcida ainda gritou repetidas vezes o nome do técnico, que ousou nessa estreia ao lançar uma formação ofensiva.

Aos 32, foi a vez de Thiago Ribeiro substituir Wellington Paulista.

Com espaços de sobra, o ataque cruzeirense não demorou a fazer o quinto, que saiu aos 37. Thiago Ribeiro cruzou da direita, a zaga se embolou com Dudu e Wallyson marcou de peito: 5 a 0.


Cruzeiro 5 x 0 Estudiantes

Cruzeiro
Fábio; Pablo, Victorino, Gil e Gilberto (Diego Renan, 20min 2ºT); Marquinhos Paraná, Henrique, Roger (Dudu, 25min 2ºT) e Montillo; Wallyson e Wellington Paulista (Thiago Ribeiro, 32min 2ºT)
Técnico: Cuca.
Estudiantes
Orión; Federico Fernández, Desábato e Re; Gabriel Mercado, Braña, Leandro Benítez (Núñez, 12min 2ºT) e Nelson Benítez; Verón; Pérez e Gastón Fernández (López, 34min 2ºT).
Técnico: Eduardo Berizzo.

Gols:
Wallyson (Cruzeiro), 54segundos 1ºT
Roger (Cruzeiro), 18min 1ºT
Montillo (Cruzeiro), 39min 1ºT
Montillo (Cruzeiro), 14min 2ºT
Wallyson (Cruzeiro), 37min 2ºT

Motivo: 1ª rodada do Grupo 7 da Copa Libertadores
Estádio: Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG)
Data e horário: Quarta-feira, dia 16 de fevereiro, às 22h

Árbitro: Carlos Amarilla (PAR)
Auxiliares: Milcíades Saldívar (PAR) e Carlos Cáceres (PAR)

Cartão amarelo:
Wellington Paulista (Cruzeiro), 17min 1ºT
Braña (Estudiantes), 30min 1ºT
Marquinhos Paraná (Cruzeiro), 36min 1ºT
Desábato (Estudiantes), 3min 2ºT
Henrique (Cruzeiro), 8min 2ºT
Nelson Benítez (Estudiantes), 9min 2ºT
Federico Fernández (Estudiantes), 17min 2ºT

Público pagante: 10.955
Renda: R$ 377.267,50

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