quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

GERAL: COLUNA DO FLÁVIO ANSELMO

URSO BRAVO SAIU DE NOVO DA TOCA

Flávio Anselmo – 4/2/11

Conforme o prometido, o presidente Alexandre Kalil soltou os cachorros e mirou sua metralhadora em direção da revista Placar, por causa da reportagem intitulada “Galo Forte...e Gastador”. Já confessei que não li a reportagem.

Seu autor é mero fabricador de crise, tal qual o grupo editorial da revista, capitaneado pela Veja. Portanto me nego a comentá-la. Porém, no mérito, não consegui descobrir o interesse público, como qualquer matéria jornalística deve ter, sobre este assunto.

Ou se condena o mal pagador e se laureia o bom administrador que tira leite da pedra, mantendo em dias seus compromissos e honrando seus objetivos. Também, certo dia, tive tal preocupação: “ué, o Galo não estava quebrado? Como passou a pagar em dia e a contratar com tanto entusiasmo?” Os milagres são dos santos atleticanos cujos nomes não me interessam.

Interessa-me mais saber se igual tratamento foi – ou será dado – ao Flamengo, Vasco, Palmeiras e Corinthians, devedores contumazes – ou tal matéria é apenas privilégio do Atlético em razão de o presidente Kalil ter algum desafeto na redação local ou nacional?

Com esta coluna especial atendo, também, um torcedor doente, chato, provocativo, de Brasília, Rodrigo Marquez, que sem nada pra fazer não pára de enviar-me mensagens elogiando a Trincheira, conquanto, segundo ele, só fale do Cruzeiro. Que mala!

Eis a Nota Oficial do Galo, impublicável para quase todos os sites de informações diárias sobre futebol. Exceto aqui na Trincheira:

“Sobre a matéria da revista Placar, esclareço que:

1) Ao ler a referida matéria com o título “GALO FORTE… E GASTADOR”, fiquei absurdado com o que considero ter sido uma matéria covarde. Não pelo título, que até me orgulha, porque, como dizia meu pai, só pode gastar quem tem. E sim, pela forma infeliz com que matéria foi conduzida pelos responsáveis, ou irresponsáveis (editores, redator-chefe e diretor de redação);

2) Se querem saber, de verdade, o que vem acontecendo no Atlético, o que não acredito após ter lido tanta mentira, que façam algo elaborado, como deve ser o verdadeiro jornalismo. Sempre estive pronto a falar sobre qualquer assunto, quem me conhece sabe disso. Essa matéria não é investigativa, não é informativa, e sim sensacionalista e mentirosa, uma pena. Poderia ter falado de um Galo que se encontra estruturado, equacionado e pronto para vencer. Mas, preferiu usar o Atlético para atingir quem sequer foi ouvido, mas citado diversas vezes;

3) O Banco BMG e o Sr. Ricardo Guimarães fazem no nosso clube e em outras dezenas de agremiações o que entendem ser importante para sua empresa. Durante anos, outros parceiros se afastaram do Atlético por motivos que não vêm ao caso;

4) Para os que acham que vivemos de dinheiro emprestado de banco, devo agradecer a TV Globo, Topper (Grupo Camargo Correia, maior grupo privado do Brasil), AMBEV, Santa Casa Saúde, Belo Dente, COPASA, Ricardo Eletro, entre tantos. A Placar poderia escutar dezenas, centenas de pessoas que sabem o que vem acontecendo no Clube, mas, lamentavelmente preferiu ouvir alguns que não têm a mínima condição de falar sobre essa administração.

Excluo dessas pessoas o ex-presidente do Conselho Deliberativo, Dr. João Batista Ardizoni, meu adversário político em diversas ocasiões, porém homem sério. Excluo também o Dr. Alberto Lima Vieira, desafeto político declarado do ex presidente do clube, Ricardo Guimarães, que talvez por um lapso de memória ou por omissão da reportagem, não tenha citado que teve acesso a todos os contratos envolvendo o Atlético e Ricardo Guimarães. Dr. Alberto disse a mim, pessoalmente, que se dava por satisfeito com o que tinha visto;

5) A respeito da multa do técnico Vanderlei Luxemburgo, que considerava ser um assunto interno, me obrigo, para que vejam o tamanho da irresponsabilidade da matéria, a esclarecer que essa não chega a 10% do valor divulgado;

6) De fato, não é fácil acreditar no que estamos fazendo, entendo. Salários em dia (pagos ontem), melhor CT do Brasil, nomes de peso no futebol, quadro administrativo enxuto, divida trabalhista próxima de acabar, pagamento de mais de 37 milhões de dividas passadas (contraídas entre 1994 e 2008 – publicado em balanço), só para citar algumas de nossas ações.

Isso tudo traz respeitabilidade. Fui eleito pelos conselheiros, mas administro para uma massa humana que vem respaldando o trabalho. E isso, para mim, é suficiente! Aos responsáveis, ou irresponsáveis, informo que erraram de clube, pois, no Atlético, o trabalho é muito sério;

7) Nenhuma pessoa física ou instituição, jamais colocou um centavo, a título de empréstimo, dentro da administração atual, que é feita com recursos próprios.

Alexandre Kalil – Presidente”

A reportagem, que não li repito, só estaria completa se todas as partes envolvidas fossem ouvidas. Pelo que me informaram Ricardo Guimarães não foi. No entanto, este é o ponto menos preocupante na história, que revive instantes amargos da vida brasileira em que as pessoas são acusadas ou citadas sem provas.

O que não é ilegal ou imoral tornam-se, na visão ética da chamada imprensa investigativa, que não investiga nada. Apenas acusa, com base na fofoca.

Digamos que por questões de fórum íntimo, calcado na excelente administração que o pai Elias fez no Atlético, o empresário Alexandre Kalil – são meras suposições, gente! – com dinheiro sobrando no seu caixa particular, devidamente controlado pela Receita Federal, resolvesse botar tudo no clube. O Urso Bravo pirou, diriam!

E daí, pirou com dinheiro dele! Estaria contabilizado, ainda na base da suposição. Ou tem alguém fomentando crise atrás de tudo isso, ou foi, realmente, falta de assunto que motivou a reportagem.

Coisas boas, espaços para os grandes do Eixo. Coisas ruins, joguem a merda no ventilador para os lados das Geraes e do Rio Grande. Assim sempre será.

Outra coisa importante: por questões pessoais não defendo como instituição o BMG e nem como banqueiro o sr. Ricardo Guimarães.



Flávio Anselmo

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