O primeiro clássico do ano entre Cruzeiro e Atlético será marcado, inicialmente, pelas improvisações nas laterais direitas. No lado azul, Cuca deve improvisar Pablo como camisa 2; já do lado alvinegro, o meia Jackson deve atuar na posição. Em ambas as equipes, essa modificação se destaca como um ponto fraco a ser explorado pelos adversários.
Se mantiver a postura de ataque pelos lados do campo utilizada nos primeiros jogos, o Cruzeiro leva vantagem, já que, taticamente, o ataque celeste avança com regularidade com Diego Renan, projetando-se em diagonal, enquanto Gilberto abre pela lateral do campo, auxiliando Renan a fazer as jogadas de linha de fundo. O setor conta ainda com o apoio de Montillo, que se movimenta por todo o campo, além dos volantes que chegam com facilidade. Pelo lado direito, as triangulações entre Thiago Ribeiro, Montillo e o lateral, hoje, Pablo, são um dos pontos fortes do time.
Do lado atleticano, a movimentação de Magno Alves pelo flanco esquerdo é uma jogada perigosa, mas que não surte tanto efeito pela postura defensiva adotada regularmente pelo lateral Leandro e por Ricardinho jogar de forma cadenciada, mais como terceiro volante do que como meia. Pelo lado direito, as tabelas entre Diego Tardelli, Renan Oliveira e Serginho chegando ao fundo são a principal arma ofensiva do time de Dorival Júnior.
O Cruzeiro depende muito da inspiração de Walter Montillo, que será marcado individualmente por Zé Luís, tanto na criação de jogadas ofensivas quanto nas bolas paradas, além da capacidade finalizadora de Wellington Paulista. O Atlético precisa que Renan Oliveira esteja “acordado” e conta com a boa fase de Magno Alves.
Teórica e taticamente, por ser uma equipe mais qualificada, vide o banco de reservas com jogadores em ótima fase, como Wallyson; pelos desfalques atleticanos, como o zagueiro Réver, e pelo entrosamento adquirido nas últimas temporadas, o Cruzeiro desponta como favorito.
Entretanto, apontar que o clássico será decidido apenas pelo aproveitamento dos pontos fracos ou desfalques do adversário é simplista. Em 2011, o maior jogo de Minas Gerais completa 90 anos de história e, certamente, seu resultado depende muito da capacidade de suportar a pressão emocional, da potência técnica e do poder de concentração de cada um dos jogadores.
Enfim, será UM GRANDE JOGO.
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