terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

TERÇA-FEIRA É DIA! COLUNA DO ANDRÉ!

Por: André Luis Mapa

Agora é Libertadores!

Após a ressaca pela perda do clássico, o Cruzeiro estréia amanhã na Copa Libertadores, contra seu algoz na final de 2009, o Estudiantes. Na partida de amanhã, a torcida celeste começará a ter uma idéia se o Cruzeiro voltou a ser aquele time pragmático, que cresce nas decisões, capaz de levantar quase 20 troféus na década de 1990.

Desde 2003, o Cruzeiro tem perdido títulos importantes por detalhes. Nos últimos dois anos, perdeu a Copa Libertadores para o Estudiantes devido à fragilidade técnica de alguns jogadores, à falta de concentração e à lentidão do técnico; no ano passado, perdeu o título do Brasileirão, embora haja outras razões e outros jogos, na derrota no clássico contra o rival Atlético, que vivia uma grave crise e estava à beira do rebaixamento.

Se o povo mineiro já é desconfiado por natureza, a torcida cruzeirense, agora, só comemora realmente quando o juiz apita. Alguns supersticiosos falam que é falta de sorte. Na opinião deste colunista, é incompetência. A equipe celeste já perdeu títulos por falta de qualidade técnica, por excesso de nervosismo, por causa da diretoria que vendeu jogadores em momentos inadequados (vide Ramires na semifinal da Libertadores 2009 e Fred, quando o Cruzeiro era um dos candidatos ao título do Brasileirão 2005) e até por prejuízos relacionados à arbitragem.

Ah... a arbitragem... A cada derrota, o Cruzeiro leva um dvd à organizadora do campeonato e a diretoria reclama, chora e muda o foco do noticiário. No futebol, o que vale é o que acontece dentro das quatro linhas durante os 90 minutos de jogo. Se o juiz não deu pênalti ou marcou algum equivocadamente, paciência. Ele não vai voltar atrás e a partida não acontecerá novamente.

Em alguns momentos, os profissionais do futebol dizem coisas inacreditáveis. Na coletiva após o clássico, o técnico Cuca, que toda semana erra a escalação ou as substituições ou as duas juntas, reclamou muito da arbitragem (só faltou dar aquele “soquinho” maroto na mesa), protestou até contra o fato do árbitro ter expulsado o Diego Tardelli e não ter dado mais 1 minuto de acréscimo. Será que o Cuca acredita mesmo que o resultado iria mudar nesse tempo?

Ninguém agüenta mais essa história de que faltou sorte e que o juiz atrapalhou. O que tem faltado é personalidade. Nos grandes jogos, o Cruzeiro parece perdido, os jogadores nervosos, a organização some, a equipe leva gols infantis e não tem frieza para definir os títulos. A torcida espera ansiosamente que a volta do verdadeiro espírito guerreiro cruzeirense aconteça neste ano, mais precisamente, nesta Libertadores.

Um comentário:

Alyson Soares disse...

Não adianta ficar só reclamando da arbitragem.
Tem jogador do Cruzeiro que não aguenta a pressão de jogos decisivos. Está na hora da comissão técnica se atentar para a preparação psicológica de alguns jogadores que, até são bons, mas quando se veem em momentos de decisão, ficam escondidos.