sábado, 28 de maio de 2011

RECORDAR É VIVER


O dia que o Cruzeiro calou o Palestra

Por: Professor Celestino

Bom sábado internautas! Mais um dia de sol e espero que esse seja um fim de semana de felicidade para a Nação Azul! Um jogo difícil amanhã, em Sete Lagoas. Mas vamos lá! Eu estarei lá e espero que outros 18 mil cruzeirenses também estejam. Dentre 8 milhões, não é pedir demais que apenas essa parte esteja presente. Até porque não é possível mais que isso lá.

Mas hoje venho contar uma história não tão distante. E tem a ver com a partida de amanhã. Há 15 anos aconteceu um dos maiores jogos do Cruzeiro em sua história, contra o Palmeiras, no Parque Antárctica. Muitos de vocês talvez nem nascido eram, mas eu, nos meus cinquenta e cinco anos, presenciei uam atuação fantástica de Dida e um jogaço de Marcelo Ramos e Roberto Gaúcho. Na final da Copa do Brasil, batemos um time que tinha Velloso, Júnior, Djalminha, Luizão, Rivaldo. O Palmeiras, na época, era a base da Seleção Brasileira. Um verdadeiro esquadrão!

Saímos atrás, levamos um gol de Luizão e ouvimos a seguinte declaração: a Paulista já está fechada! Ficamos com muita raiva! O jogo mal havia começado e jornalistas, dentro do campo, já tinham como certa a vitória do Palmeiras. O Cruzeiro, para eles, era um time qualquer. Um time que vencera a Copa do Brasil em 1993 apenas por causa de uma falha de Eduardo Heuser. O Palmeiras jamais perderia aquele jogo. Era um time que marcou 102 no Campeonato Paulista, comandado por Vanderlei Luxemburgo. Perder? Jamais!

Mas aí vieram falhas. E até mesmo um Air France pode cair. Falhas na turbina de um monstro como era o Palmeiras acabaram sendo primordiais para a virada celeste. Primeiro, Amaral, o volante dos belos olhos caídos (risos) deu uma bela furada, que foi aproveitada por Roberto Gaúcho. 1 a 1. Resultado esse que levaria aos pênaltis. O primeiro jogo, no Mineirão, acabou empatado por esse placar. Cláudio, de falta, abriu o placar para o Porco. Marcelo Ramos deixou tudo igual.

Mas voltando à partida, o Cruzeiro, depois de empatar, sofreu um verdadeiro bombardeio. Dida salvou pelo menos 7 gols claros do Palmeiras. Foi um show. A melhor partida de um goleiro na história que eu vi. Pela televisão, fiquei aflito. Dida, Fabinho e companhia tiravam bola com os pés, em cima da linha, com a ponta dos dedos, do jeito que dava. E da metade do segundo tempo para frente, veio a luz de Levir Culpi. Em uma bela escapada pela esquerda, Roberto Gaúcho mandou um cruzamento meio despretencioso para a área, o goleiro Velloso defendeu parcialmente mas a bola escapou. E caiu nos pés do Flecha, nos pés de Marcelo Ramos. Ele, meio que de carinho, meio sem jeito, chutou e estufou a rede do franco favorito.

Os repórteres devem ter ficado boquiabertos. A festa na paulista estava começando a melar. E ao apito final do árbitro, acabou cancelada. A festa mudou de endereço. Foi para a Savassi, numa alegria incontida. Bons tempos, boas recordações e grande vitória.

Que uma vitória na raça, na gana e na técnica venha amanhã. O time de 1996 era bem inferior ao nosso atual e foi competente de fazer esse resultado histórico. Temos tudo para sair vencedores amanhã. E estarei lá, para, se Deus quiser, vibrar com a vitória azul. Ate semana que vem, amigos!

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