sábado, 12 de junho de 2010

Enquetes & História

O blog Cruzeiro Online continua sua série de enquetes para escolher os melhores da história do clube e saber um pouco mais dos guerreiros que ajudaram a escrever nossas páginas heróicas e imortais.

Já foram feitas as enquetes dos goleiros (Aqui), e laterais direitos (Aqui). Esta semana é a vez dos laterais esquerdos.

Novamente uma briga de Titãs. Escolha qual o melhor lateral esquerdo da história do Cruzeiro, levando em cosideração a técnica, importância historica, títulos, etc.

Na lista estão os eternos Nininho, Vanderlei, Nonato e o argentino Juan Pablo Sorín.

Nomes que não entraram na votação (menção honrosa):Neco (1966 - 1967), Serginho (1995 - 1996), Elivélton (1997), Gilberto (1998 - 2009/atualmente no clube) e Egídio (2013 - 2014)

Saudações Celestes!!!
NININHO (1922 - 1931)

Primeiro jogador do Cruzeiro campeão mundial.

Otávio Fantoni nasceu em Belo Horizonte, no dia 04/04/1907 e chegou aos juvenis do Palestra Itália em 1922, jogando pela meia-esquerda, mas se firmou atuando na ala esquerda. Caracterizava-se pela raça dentro de campo, não admitindo perder nem em treinos. Nininho e seu primo Ninão foram os primeiros jogadores brasileiros contratados para jogar na Itália, onde defenderam a Lazio. Era ídolo na Itália e considerado o maior jogador do mundo na sua posição. Conhecido como Nininho no Brasil e Fantoni II na Itália.

Nasceu em uma família de futebolistas cruzeirenses: era primo dos irmãos João Fantoni (Ninão ou Fantoni I), Leonízio Fantoni (Niginho ou Fantoni III) e Orlando Fantoni (Fantoni IV).
Os quatro começaram a carreira na então Palestra Itália mineiro e jogariam todos na Lazio-Itália, onde ficaram conhecidos como dinastia I, II, III e IV.

Destes, só não jogou ao lado de Orlando, que só iniciou a carreira já após a morte de Nininho. Ele foi para o clube italiano em 1930, juntamente com Ninão, e no ano seguinte ambos receberiam a companhia de Niginho. Deles, apenas Nininho jogou pela Seleção Italiana, jogando a Copa de 1934, alcançando a glória com título da competição.

Menos de um ano depois da Copa, morreria precocemente: em jogo contra o Torino, feriu o nariz. O machucado, aparentemente sem gravidade, não sofreu cuidados e evoluiu para uma infecção, que por sua vez gerou uma septicemia que o mataria em fevereiro de 1935. No mesmo ano, os primos Ninão e Niginho deixariam a Lazio, para não serem convocados pelo exército italiano para lutarem na invasão à Abissínia.

Títulos pelo Cruzeiro

Campeão Mineiro: 1926/28/29/30
campeão do Torneio Início: 1926/27/29)
Artilheiro: Campeonato Mineiro de 28 (43 gols); 29 (33 gols); 1930 (21 gols)
Seleção de BH: 19227/29/31
Seleção Mineira: 1927 a 1930
Seleção Italiana: 1931 a 34
Campeão Mundial: 1934


VANDERLEI (1961 - 1978)

Eficiência e títulos.

Vanderlei Lázaro foi o sexto jogador com o maior número de partidas pela time azul, ele atuou entre os de 1969 a 1978, em 526 partidas, marcando 7 gols.
O lateral esquerdo marcou época no clube e é lembrado pela eficiência em que defendia e apoiava o ataque, sendo considerado até hoje um dos laterais mais modernos que já atuaram nos campos nacionais.

Sua passagem pela raposa foi muito vitoriosa e recheadas de conquistas, sem sombra de dúvidas uma referência na posição.

Títulos pelo Cruzeiro

Copa Libertadores da América: 1976
Campeão Mineiro: 1969, 1972, 1973, 1974, 1975, 1977,
Taça Minas Gerais: 1973, 1982, 1983, 1984, 1985


NONATO (1990 - 1997)

O lateral 5 estrelas

O lateral esquerdo Nonato faz parte da história do Cruzeiro. Titular do time por 7 anos, este potiguar de Mossoró tem em seu currículo nada menos que 13 títulos com a camisa do Cruzeiro, entre conquistas regionais, nacionais e internacionais. Em todas as finais, a honra de levantar a taça é dele, capitão do time.

Dono de uma personalidade forte, Nonato garante que o segredo do seu sucesso na Toca da Raposa foi a superação de problemas nos momentos em que o time mais precisava dele.

Começou como amador, no Baraúnas, de Mossoró. Ficou lá até 88, quando foi emprestado ao ABC, de Natal. Em fevereiro de89, o ABC comprou o seu passe. Em 90, foi emprestado ao Pouso Alegre e disputou o Campeonato Mineiro dedaquele ano. No segundo semestre, o Pouso Alegre comprou o seu passe e emprestou ao Cruzeiro para a disputa do Campeonato Brasileiro. No dia 10 de Janeiro de 91, o Cruzeiro comprou o seu passe ao Pouso Alegre.

Quando chegou o time já tinha dois laterais, o Eduardo, ex-Fluminense, e o Paulo César, ex-Grêmio. Mas conseguiu mostrar um bom futebol e logo conquistou a condição de titular. Para Nonato o mais importante nesta sua longa permanência no Cruzeiro foi a sua regularidade nas partidas. Nunca foi um jogador que vai a mil e depois cai para cem. Na hora das decisões, nunca se acovardou. Muito pelo contrário, se superou e lutou o tempo todo.

Sua regularidade o levou a ser convocado para a seleção Brasileira em algumas oportunidades.

Títulos pelo Cruzeiro

Supercopa: 1991/92
Copa do Brasil: 1993/96
Campeonato Mineiro: 1992/94/96/97
Copa Ouro: 1995
Copa Master: 1995
Copa do Imperador: 1996
Torneio dos Campeões Mineiros: 199
Torneio Governador Eduardo Azeredo: 1995


SORÍN (2000 - 2002/ 2004/ 2008 - 2009)

"Juampí" o Pássaro Azul.

O argentino Juan Pablo Sorín nasceu no dia 05/05/1976, em Buenos Aires.

Atuou em 2000-2002 (111 jogos, 17 gols); 2004 (9 jogos, 1 gol) e de 2008-2009 (7 jogos).

Encerrou a carreira no Cruzeiro, em 2009.

Um craque de bola, de uma raça imbatível; simplesmente o maior ídolo do time na época. Jogador rápido, voluntarioso, brigador, raçudo.

No final de 1999 foi anunciada a contratação de um nome na Toca: Juan Pablo Sorín. Pouca gente conhecia o futebol desse argentino. Muita gente chiou, reclamou, falou besteira. Mas foi, talvez, uma das maiores contratações da história do Cruzeiro.

A passagem de Sorín pela Toca começou sem demonstrar o tanto que ele era craque, mas foi o suficiente para ganharmos a Copa do Brasil mais uma vez. No segundo semestre ele foi o gigante. Sem dúvida a maior estrela da campanha da Copa João Havelange. Sorín foi aclamado o melhor jogador do Cruzeiro em 2000.

Sempre deu gosto em ver o pequeno Juampi em campo. Fez a torcida acreditar mais. Lateral com liberdade para jogar em quase todo o campo. Contratado por US$ 5 milhões – o mais investimento da história do Cruzeiro até então.

Começou sua carreira no Argentino Juniors, em 1994. No segundo semestre de 1995 foi comprado pela Juventus da Itália, mas ele não se enquadrava na equipe tão logo retornou à Argentina. No segundo semestre de 1996, jogou pelo River Plate, onde viveu um dos melhores momentos de sua carreira.

Chegando ao Cruzeiro em 2000, foi vendido por US$ 9,5 milhões em maio de 2002, ao Lazio, da Itália, mas foi devolvido, por questões financeiras, em janeiro de 2003, e tão logo o Cruzeiro o emprestou ao Barcelona até 31 de dezembro de 2003, estreando em 9 de fevereiro de 2003. Depois de uma temporada bem sucedida , deixou o Camp Nou, no Verão de 2003 e mudou-se para França, emprestado ao Paris Saint-Germain.

No fim ainda de 2003, ele retornou ao Cruzeiro, por empréstimo e posteriormente transferiu-se para o Villarreal da Espanha. Sorín foi uma das importantes peças do Villarreal. Após a Copa do Mundo da Alemanha, em 2006, acabou assinando com o Hamburgo. Após dois anos com o clube alemão e apenas 24 aparições por causa de lesões, quando o seu contrato expirou em 15 de julho de 2008, retornou ao Cruzeiro em 29 de agosto de 2008, na sua terceira passagem pelo clube mineiro. Onde ele fez sua recuperação e voltou a jogar.

Em 28 de julho de 2009, aos 33 anos, anunciou o fim de sua carreira profissional. Admitindo não conseguir mais se recuperar de uma lesão que vem se arrastando há anos, despediu-se do futebol no time que, em suas próprias palavras, é o seu time do coração: o Cruzeiro Esporte Clube.

No dia 4 de novembro de 2009, num dia de muita festa, Sorín fez o seu último jogo encerrando sua carreira como jogador de futebol no Cruzeiro. Jogou a primeira etapa do amistoso pelo Cruzeiro, seu último clube, e parte do segundo tempo pelo Argentino Juniors, que foi seu primeiro clube profissional. Ainda na segunda etapa, voltou a vestir a camisa do Cruzeiro que ganhou por 2 a 1.

Eleito por duas vezes o melhor lateral esquerdo da América (uma vez em 2000), disputou as Copas de 1998/ 2002 e 2006. Titular em todas e capitão da seleção Argentina de 2006.

Titulos pelo Cruzeiro

Campeão da Copa do Brasil: 2000
Copa Sul-Minas: 2001 e 2002
Supercampeonato Mineiro: 2002
Campeonato Mineiro: 2009
Melhor lateral esquerdo da América: 2000

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