POR: RAPOSO SENSATO
Entrevistas antes dos jogos tem se tornado uma constante quando a pergunta diz respeito ao respeito.
As mesmas perguntas, dos mesmos repórteres e as mesmas respostas.
Algum repórter acredita, no fundo, que nos vestiários, o treinador fala aos jogadores para respeitarem o adversário?
Quando eu jogava bola, o treinador que pedia isso a nós, era contrariado.
Adversário deve ser respeitado somente diante das câmeras.
Afinal, caso contrário, aquilo pode virar um material de motivação.
E a motivação ao Cruzeiro é justamente não respeitar seus adversários.
Seja América, o rival, o Flamengo, o São Paulo, o Internacional, o Grêmio...
Cruzeiro que é Cruzeiro entra em campo e tem que ser um rolo compressor.
No vestiário o lema tem que ser "vencer a qualquer custo"
O lema tem que ser "garra acima de tudo e de todos"
O lema tem que ser "vamos juntos com o torcedor golear esse time"
O lema não pode ser "respeito"
Respeito, como disse, só para as câmeras.
Li o volante Nilton dizendo que o Cruzeiro não pode sequer espirrar, fazendo analogia a perder o foco da marcação.
O América que não pode piscar.
O Cruzeiro terá cerca de 30 mil torcedores empurrando o time no domingo.
Cruzeiro não pode deixar América, time que perdeu para o nosso rival por goleada, sequer nos assustar.
E o Cruzeiro tem que se impor, como fez pouco esse ano.
Cruzeiro tem que mostrar garra, vontade, técnica, leveza, agilidade, objetividade e gols, muitos gols.
O respeito vai ficar na imprensa.
Dentro de campo é desrespeito puro.
Ou então, a vitória será mais do que suada, se é que virá.
Desrespeito total em campo, Raposa!
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