terça-feira, 16 de outubro de 2012

COMO DÓI UM "NÃO"... MAS VALE A REFLEXÃO

POR: RAPOSO SENSATO

Como dói um "não" de um ídolo. Independentemente se por força de família ou outro motivo, o que uma torcida que idolatra um craque mais quer é tê-lo de volta. Dói na alma receber um "não". E pensar que nos próximos dois anos veremos Alex poucas vezes ao vivo também é um motivo ruim.

Queríamos ver o Talento Azul de volta a BH, vestindo a camisa que o consagrou em 2003. Nem que fosse por uma temporada somente. Ter o gosto de ir ao campo e ver um jogador talentoso vestir o manto azul e honrá-lo é algo que raramente temos presenciado.

Nos últimos 10 anos, sem dúvida, Alex foi o maior dos ídolos. Foi o maestro de 2003, bem diferente do conturbado Alex de 2000, quando veio com Rincón e Edmundo. Aquele, envolvido com justiça, com briga com o Parma, aquele não nos faz falta. O craque de 2003 deixou saudade...

Sonhávamos vê-lo ao lado de Montillo. Quem sabe, afinando os passes, somando as técnicas, compartilhando o talento. Os adversários iriam tremer. 

Mas Alex não vem. Sofrido perdê-lo. Mas a família é a razão do jogador. É o motivo do craque. Uma pena. Dói. Dói muito saber que ele vai jogar ainda mais dois anos. E nenhum dia a mais no Cruzeiro, o time que lhe deu oportunidade de se reerguer.

Não foi à Copa do Mundo de 2002 por motivos que somente Felipão sabe. Não foi em 2006 porque Parreira era adepto do futebol chinfrim. Não queria talento. Jogar na Turquia não era prerequisito para a Seleção. Hoje, não importa onde, o que importa é ser amigo do técnico. E Alex sempre foi mais profissional que amigo. Talvez aí a pouca oportunidade de mostrar na Seleção o quão raro é o seu talento para o futebol.

Alex, na sua história, começou no Coritiba, onde irá também terminar. O Coritiba, desde o início, deixou claro que não iria entrar em leilão. Não tem "bala na agulha" para competir com os grandes. Mas no futebol, onde o dinheiro sempre fala mais alto, o profissionalismo também tem sua vez, a vontade e o agradecimento à história também tem o seu lugar. Alex não fez como Ronaldo, que não encerrou carreira nem no Flamengo nem no Cruzeiro; não fez como tantos outros que preferiram a cor do dinheiro às raízes. 
E por mais que Alex tenha fincado raízes aqui e, no fundo, quisesse agradecer de alguma forma que não fosse com as palavras, o coração e a família foram determinantes para tirar qualquer dúvida que talvez pairasse no ar. Entre o coração e a emoção, falou a razão. E com ela foi-se Alex, para a raíz da família, para o aconchego do lar. Dói pensar assim. Dói pensar no "não". Mas fala também a alegria de saber que um ídolo nosso não optou por outro por outra razão que não fosse a razão e a coerência. Sempre achando, porém, que seria coerente também, passar uns tempos em BH...

3 comentários:

Antonio disse...

35 anos ... melhor ficar só como ídolo da torcida!
Que seja feliz no grande time que é o Coritiba ...

Unknown disse...

Concordo com isso Antonio!Muito bom.

RUTILHO disse...

Voltando - Temos que entender: são 2 anos em BH + 9 anos no exterior,é muito tempo longe da família. Isso conta muito.
Grande Alex, seja feliz em sua terra.
Vamos aproveitar a deixa e investir forte em pelo menos 3 grandes nomes para disputar a SULAMERICANA/2013.