Depois de quase ser rebaixado em 2011, o Cruzeiro viveu um período
de reformulação na administração de Gilvan de Pinho Tavares, em 2012, e
conquistou o título brasileiro de 2013 e briga pelo bi neste ano. Um dos
segredos para o sucesso da equipe é o forte investimento no futebol,
que aumentou em quase R$ 70 milhões durante a gestão do mandatário.
Desde que assumiu o clube no início de 2012, Gilvan adotou uma postura
de forte investimento no futebol. De 2011, no ano do quase rebaixamento,
para 2013, com a conquista do título brasileiro, houve um acréscimo de
R$ 68,6 milhões com gastos no departamento – pulou de R$ 88,8 milhões
para R$ 157,4 milhões.
Até mesmo em 2012, quando teve receitas
inferiores a 2011 (R$ 120,3 milhões contra R$ 128,6 milhões do ano
anterior), o presidente cruzeirense aumentou os gastos com o futebol em
R$ 10,4 milhões. Outro indício claro dessa política de priorizar o
futebol é que a despesa com o futebol representou 75% dos gastos totais
ou 84% da receita total em 2013.
Essa política de investimento
pesado no futebol iniciou principalmente com a contratação do diretor de
futebol, Alexandre Mattos, que chegou ao clube no meio de 2012, quando
começaram as contratações para a formação do elenco. Com 'carta branca',
o braço direito do mandatário celeste foi ao mercado e trouxe vários
jogadores em 2013, na formação do elenco campeão brasileiro.
O
gerente de futebol, Valdir Barbosa, disse recentemente que essa medida
foi adotada em virtude do mau momento que vivia a equipe na posse de
Gilvan, que conviveu com salários atrasados no início do mandato. "Foi
uma política (de contratações) bem agressiva porque nós saímos de um período quase que de segunda divisão, escapamos por pouco", afirmou.
O lado positivo é que o investimento surtiu efeito dentro de campo, com
a conquista do título brasileiro do ano passado e consequentemente com o
aumento substancial das receitas, que saltaram de R$ 120,3 milhões em
2012 para R$ 187,8 milhões em 2013. O faturamento alto com o torcedor
foi primordial para alavancar os números.
Por outro lado, o
clube apresentou um déficit operacional de R$ 22,8 milhões na última
temporada. E também já havia apresentado um déficit de R$ 30,9 milhões
em 2012.
No entanto, a diretoria segue tranquila, garante que os
pagamentos – salários e contratações – estão em dia e projeta um
crescimento ainda maior das receitas em 2014. Da mesma forma, as
despesas com futebol também deverão sofrer um acréscimo, principalmente
pelas aquisições de Willian e Manoel, que juntos custaram cerca de R$ 18
milhões aos cofres celestes.
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