sexta-feira, 12 de março de 2010

Hora das mudanças

Por Marcelo Zalivi

O empate com gosto de derrota de ontem, na verdade teve o gosto de sempre. O gosto de que muita coisa está errada e cada vez mais, se faz o menos para tentar mudar.

Calma amigos celestes, irei explicar.

1- Defesa
Um time precisa de uma boa dupla de zaga para almejar grandes feitos. Se não for possível dois bons jogadores, que pelo menos um deles seja capaz de liderar e corrigir dentro de campo a postura da defesa, para forma assim, um setor mais forte e seguro.
No Cruzeiro, há muito tempo isso não é possível. Todos os zagueiros são de medianos para ruins. Nenhum deles tem a capacidade para ser o diferencial do setor.

Isso, eu sei (e disse aqui muitas vezes), você sabe, todos nos sabemos, menos a diretoria e o técnico do time, que ao contrário de buscar reforços para o setor, preferem tentar “reabilitar” o Thiago Heleno, um cara que nunca foi nada e dificilmente será, principalmente se formos avaliar seu futebol e conduta fora de campo.

Alex Silva queria jogar aqui, Rodrigo foi oferecido, Dracena estava livre, mas a opção foi tentar encontrar nos fracos jogadores do elenco, uma dupla capaz de desafiar os grandes times da América. Ou seja, se o nosso ponto fraco no ano passado foi a defesa. Continuará sendo.

2- Meio
Para ter um time que jogue rápido e marque o adversário em seu campo, é necessário ter bons jogadores no setor de meio campo. Gilberto, Roger e Bernardo são boas opções para a armação, mas os volantes...
Se no ano passado esse foi o diferencial, este ano está sendo nossa asa negra. Paraná não é nem sobra do jogador que foi até a metade do ano passado. Está lento, desinteressado, não consegue cortar os cruzamentos laterais, erra passes e o que é pior. Um jogador de marcação que não tem pegada, que marca com o pé mole.

Outro que custou a ser aceito pela torcida foi Henrique. Depois da ótima temporada do ano passado, o jogador chegou a condição de titular com o aval de grande parte da torcida. Mas esse ano parece que o titulo de intocável subiu a cabeça do jogador. Marca com menos pegada, erra muitos passes, não arrisca mais as bombas de fora da área, e o que é pior, joga de peito empinado, como se fosse o craque da vez.

Essa dupla está precisando de um chá de banco, e o nosso time necessita cada vez mais dos seus guerreiros. Fabrício, o pulmão do time, tem que voltar. Mesmo que não esteja 100%, sua motivação, raça e vibração, empurra o time ao ataque. Fabinho, mesmo errando mil passes, tem disposição e raça. São esses tipos de guerreiros que precisamos neste momento. Não de uma panelinha que está visivelmente acomodada em suas posições.

Está na hora de abrir a concorrência interna no elenco com direitos iguais a condição de titular. Joga quem estiver melhor. Com isso, os meias e os laterais, principalmente o Diego Renan, não terão suas atuações prejudicadas, e poderão continuar evoluindo com o seu futebol.

3- Técnico
Muitas vezes o simples é tudo, e é sempre o que falta ao “estudioso do futebol”, Adilson Batista. O time está apático em campo e as substituições estão cada vez piores. Ontem foi mais uma vez a prova de que o nosso treinador ainda não aprendeu tanto quanto deveria do esporte.

Gosto muito de uma frase do nosso amigo passarinho, o Gontijo. Ele sempre dizia que cada vez mais tentam fazer do futebol uma ciência complicada, e esquecem que o esporte bretão é na verdade uma brincadeira de criança, que agora gera muito dinheiro, mas nunca deixou de ser uma brincadeira em sua essência.

Adilson, o futebol pode realmente ser uma brincadeira, mas com a quantidade de verdinhas que andam gerando, passou a ser resultados também, afinal, ninguém gosta de perder, nem em par ou impar. Então coloque na sua cabeça que nada nem ninguém, por nada neste mundo poderá lhe segurar no cargo de técnico do Cruzeiro, se os resultados não acontecerem.

Chegou a hora de abandonar velhas manias e indireitar a aba do boné, porque Muriçoca ta na área, e se bobear, a fidelidade acaba como sempre no futebol e você será o último a saber que quem está soprando o apito não é mais você. Capiche?

4- Diretoria
Tentaram vender único talento do time, o jogador que faz os adversários se preocuparem e o time crescer. Kleber é craque. Não é malabarista da bola, não joga com plasticidade. Ele é craque porque tem personalidade, tem raça, fome de vitória, faz gols, joga simples, bate rasteiro quando é a melhor opção, sofre a falta, busca o choque e a vitória, Não é atoa que seu apelido é gladiador, pois sua postura em campo justifica o apelido. Ta certo que às vezes ele apela, seu maior erro é esquentar a cabeça demais com quem deveria estar preocupado com ele. Ele faz tudo isso, mesmo depois da diretoria tentar vende-lo desesperadamente por uma mixaria.

Essa diretoria mostrou para todo mundo a vontade de vencer quando tentou vende-lo e não reforçou a defesa. Os velhos chavões de sempre, o mesmo papo dos açougueiros engravatados que esculacham o torcedor, ao invés de respeitá-los e ouvi-los.

Está na hora de ambições e não de perpetuar no poder através de um filho que treina para assumir a soberba do pai no cargo de presidente.

Está na hora de mudança. Está na hora de voltar a ser o time que atropela Deportivos, Potosís, Colo-Colos e qualquer argentino metido a besta. Chegou a hora de volat a ser La Bestia Negra da América.

Cruzeiro Sempre.

Um comentário:

Lucas Miranda disse...

Cruzeiro não jogou muito bem esse jogo, parece que estava com sono

www.cruzeiroinfor.com
entrem, comentem e divulguem