quinta-feira, 25 de março de 2010

Três Pontos. Mas...


Por: Lédio Carmona
Sportv

Foi bom porque ganhou. Foi ruim pelo que jogou. O Cruzeiro mais uma vez se atrapalhou com o Deportivo Itália, um dos times mais chatos do planeta. É experiente, sabe irritar o adversário, segura o jogo, faz falta demais, enfim, quebra a bola, como gostam de dizer alguns professores. Em Caracas, a Raposa só empatou por 2 a 2. Hoje, no Mineirão, com um público bem abaixo do que a importância da partida (e a convocação de Adílson Batista) pedia (17.237 torcedores), o Cruzeiro venceu por 2 a 0 (gols de Fabinho e Pedro Ken), deu um conforto à massa azul com o resultado, mas ficou a preocupação por mais uma atuação pálida, previsível e sem consistência. Quarta-feira que vem, também em Belo Horizonte, o time não terá direito de jogar mal mais uma vez. Será a decisão do grupo. Se vencer, o primeiro lugar estará encaminhado. Se tropeçar, terá que achar um resultado contra o Colo-Colo, em Santiago. Só depende dos brasileiros. Mas para isso será preciso jogar o futebol que a equipe já cansou de exibir por aqui.

Sem Kleber e Roger, o Cruzeiro ficou previsível. Mesmo sem estar bem fisicamente, Roger dava mais volume de jogo ao meio de campo. Gilberto voltou ao time hoje, mas não jogou bem. Insistiu em bolas esticadas, atravessadas e passes longos que, na maioria das vezes, acabavam com os venezuelanos. Wellington Paulista não estava bem. Thiago Ribeiro corria demais, mas não tinha um resultado prático. Diego Renan tinha a preocupação de não dar os mesmos espaços para Richard Blanco pelo lado esquerdo. E a noite de Jonathan pela direita também não era muito inspirada.

Tudo meio arrastado. A sorte foi que o Cruzeiro fez o primeiro logo no início, com Fabinho, e, quando começava a se enervar no segundo tempo, chegou ao segundo gol, com Pedro Ken. Não foi lúdico, nem convincente, nem emocionante. Mas, desta vez, foi prático. O Cruzeiro ganhou. Provisoriamente é líder. E amanhã seca Velez Sarsfield e Colo-Colo, que se matarão em Buenos Aires. O empate será lindo. Mas, sem querer ser chato, mas já sendo, reafirmo: quarta-feira, na decisão contra os argentinos, a Raposa terá que ser muito mais predadora do que nos dois últimos jogos contra o Deportivo Itália. É hora do bote final.

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