domingo, 19 de junho de 2011

Pós-jogo: Superesportes

Um clássico muito disputado, com diversas chances para ambos os lados e o Cruzeiro ligeiramente melhor em alguns momentos do duelo. Assim pode ser resumido o embate entre Raposa e Coelho, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro, na noite deste sábado, na Arena do Jacaré.

Após um primeiro tempo mais tímido, o América conseguiu equilibrar as ações na etapa complementar e quem ganhou foi o pequeno público presente em Sete Lagoas, que viu um encontro franco e emocionante. O saldo é que não foi positivo para nenhum dos lados do confronto, já que as duas equipes caíram uma posição na tabela do Nacional.

O jogo

O duelo na Arena do Jacaré reuniu duas equipes em busca de reabilitação no Campeonato Brasileiro. Cruzeiro e América entraram em campo precisando dar satisfações aos seus torcedores. Com a vitória do Bahia sobre o Fluminense, por 1 a 0, na abertura da quinta rodada, o Coelho pisou o gramado de Sete Lagoas como o 15º colocado e a Raposa ocupava a 18ª colocação.

Em pior situação no Nacional, o Cruzeiro logo tomou a iniciativa. Aos dois minutos, Montillo tentou um cruzamento dentro da área, depois de ser acionado por Anselmo Ramon, mas não foi eficiente. O América respondeu com mais perigo, aos 8, quando Fábio Júnior chegou com a bola dominada de frente para a meta de Fábio.

O jogo era muito disputado, com ambos os lados em busca dos três pontos. Aos 15 minutos, os celestes foram premiados pela insistência e pela posse de bola ligeiramente maior. Montillo cobrou uma falta e encontrou Fabrício totalmente livre na segunda trave. O volante não perdoou o erro da defesa e fez a bola morrer nas redes de Flávio: 1 a 0.

Logo depois de inaugurar o marcador, o Cruzeiro quis mais. Aos 17, Montillo roubou uma bola com raça pela direita e o lance culminou com a conclusão ineficiente de Wallyson.

A vantagem azul baqueou os alviverdes, que passaram a atacar menos, com muitas dificuldades de criação no meio campo. Fábio Júnior e Alessandro estavam isolados na frente e quase não incomodavam o camisa 1 da Toca da Raposa. Os estrelados aproveitavam a timidez dos 11 de Mauro Fernandes para agredir mais e tentar ampliar a vantagem.

Aos 34 minutos, o Coelho voltou a rondar a área cruzeirense. Após uma boa trama pela direita, a bola sobrou para Leandro Ferreira, que arriscou de fora da área, mas a bola passou à esquerda de Fábio. Cinco minutos depois, nova chance: após a cobrança de uma falta, Fábio Júnior desviou de cabeça, mas o árbitro Paulo César de Oliveira já marcava um impedimento.

A última oportunidade efetiva da primeira etapa foi celeste. Já nos acréscimos, Gilberto cobrou uma falta de longe, com muito perigo, mas Flávio desviou e a bola passou rente ao travessão.

Mais equilíbrio

Jorge Gontijo/EM/D.A Press
Segundo tempo foi mais equilibrado
As duas equipes voltaram para a etapa complementar com as mesmas formações do primeiro tempo. Atrás no placar, o América arriscou primeiro. Logo na primeira volta do relógio, Amaral recebeu de Alessandro e bateu forte, cruzado, de fora da área, mas Fábio estava bem colocado e defendeu com facilidade.

O Cruzeiro também voltou disposto a mexer no marcador. Aos seis minutos, Montillo recebeu, invadiu a área e tentou cruzar para Wallyson, mas a bola morreu nas mãos de Flávio.

O jogo era mais técnico no segundo tempo e também mais equilibrado. Aos oito minutos, Amaral ficou com uma bola pela direita e bateu para a área. Fábio Júnior estava bem colocado, foi ágil para desviar de cabeça e deixar tudo igual na Arena do Jacaré: 1 a 1.

O time de Mauro Fernandes era bem mais agressivo no segundo tempo, com uma postura que tornou o clássico mais franco e emocionante. O empate alviverde fez Cuca mexer no time. Ao mesmo tempo, ele sacou Anselmo Ramon e Henrique para as entradas de Brandão e Dudu, aos 15 minutos. No América, Sheslon entrou no lugar de Otávio.

Em busca de sua primeira vitória no torneio, a Raposa quase desempatou o duelo aos 18 minutos. Depois de um cruzamento certeiro de Fabrício, Brandão quase marcou um golaço, ao emendar com uma ‘bicicleta’ dentro da área.

As alterações promovidas por Cuca deram mais velocidade ao jogo celeste e os contragolpes estrelados ficaram bem mais perigosos. Aos 23, depois de uma cobrança de escanteio pela esquerda, Leo cabeceou debaixo das traves, mas Flávio estava bem colocado e segurou firme. Após um início mais equilibrado, o Cruzeiro começou a ser mais efetivo e pressionava muito o América.

Aos 25, o treinador americano mexeu pela segunda vez no Coelho. Sacou Rodriguinho para a entrada de Fabrício. No Cruzeiro, Cuca tirou Pablo e colocou Everton no gramado, cinco minutos depois.

O América voltou a arriscar aos 35 minutos. Numa cobrança de falta pela direita, Fabrício bateu direto para o gol, mas Fábio defendeu com segurança. Logo após o lance, Mauro Fernandes fez sua última alteração na equipe, ao tirar Alessandro do campo para a entrada de Kempes.

Os celestes tentavam o gol de todas as maneiras e Montillo era destaque pelos dois lados do gramado. Aos 37, o camisa 10 argentino chegou bem pela direita e cruzou na medida para Wallyson, que emendou de primeira, com perigo para Flávio. Com mais volume de jogo e chances mais claras, os azuis não conseguiam ser eficientes nas conclusões. Apesar disso, a última grande chance da partida foi americana. Aos 47, Leandro Ferreira recebeu perto da área e bateu forte, carimbando a trave esquerda de Fábio.

AMÉRICA 1 X 1 CRUZEIRO

América
Flávio; Otávio (Sheslon), Anderson, Gabriel Santos e Gilson; Dudu, Amaral, Leandro Ferreira e Rodriguinho (Fabrício); Fábio Júnior e Alessandro (Kempes).
Técnico: Mauro Fernandes

Cruzeiro
Fábio; Pablo (Everton), Gil, Leo e Gilberto; Fabrício, Henrique (Dudu), Marquinhos Paraná e Montillo; Wallyson e Anselmo Ramon (Brandão).
Técnico: Cuca

Motivo: quinta rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Arena do Jacaré, em Sete Lagoas
Data: 18 de junho

Gols: Fabrício, aos 15 minutos do 1º tempo; Fábio Júnior, aos 8 minutos do 2º tempo

Árbitro: Paulo César de Oliveira (SP)
Auxiliares: Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) e Fábio Pereira (TO)

Cartões amarelos: Gabriel Santos, Dudu, Leandro Ferreira (América); Gil, Gilberto (Cruzeiro)

Público pagante: 5.027
Renda: R$ 87.145,00

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