Saudades do meu Cruzeiro
Ontem, voltava para casa, depois de um dia cheio no trabalho. Sintonizei na rádio Itatiaia, como de costume, e o repórter do Seu nome e Seu bairro, Thiago Reis, entrevistava alguns cruzeirenses durante um protesto, no Barro Preto, contra a diretoria. As sábias palavras de um torcedor invadiram a minha mente e, ainda, hoje continuo indagando sobre a atual situação do time. Ele falava com saudade de um bom futebol apresentado, de como o Cruzeiro se transformou em empresa e, ainda, me lembrou que há oito anos não ganhamos nada. Compartilho desse mesmo sentimento. Sinto falta de um primeiro semestre em que o meu time era considerado o Barcelona das Américas. Tenho saudades de sentar em meu sofá e saber que, mesmo sem vitória, veria em campo jogadas inteligentes, um jogo rápido e muito toque de bola. Sou uma fanática e apaixonada pelo meu Cruzeiro, mas, também, uma admiradora do bom futebol. Sim. Aquele que encanta os olhos dos espectadores e que faz de nós, brasileiros, os verdadeiros donos da bola.
Particularmente não gosto de jogo truncado e, definitivamente, não me renderei a esse novo modelo que é definido nos contra-ataques. Na semana passada, escrevi neste espaço sobre essa tendência que tem gerado frutos e campeões, como Muricy Ramalho. No entanto, não precisei ir ao teatro para contemplar um espetáculo. O time comandado pelo próprio Muricy me fez lembrar o porque somos os reis do futebol. Santos e Flamengo fizeram um jogo digno dos clássicos europeus. Impossível não desejar o “monstro” do Neymar com uma certa camisa azul estrelada. Mas voltemos à realidade.
Continuo com a mesma opinião. O problema do Cruzeiro não era o Cuca. Temos falhas claras nas laterais e necessitamos de um “homem gol”. Aquele que colocará as maravilhosas bolas lançadas pelo nosso Montillo para dentro das redes. Posso me enganar, mas ainda tenho dúvidas em relação ao comando de Joel. Sinceramente, espero está errada. Tenho que admitir algo doloroso, esse Cruzeiro não enche os meus olhos e não me impressiona na forma como joga. Como disse, quero e preciso “pagar língua”, e desejo que Papai Joel entre na galeria dos Grandes Celestes. Oremos para que logo mais Ronaldinho Gaúcho seja anulado, Luxemburgo volte aos tempos de Atlético e que a estrela a brilhar seja a do argentino Montillo
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