O primeiro tempo da derrota do Cruzeiro para a Ponte Preta, 2 a 1,
neste domingo, foi marcado pelo destempero do volante Charles, que se
irritou com as vaias da torcida e chegou a dizer ao técnico Celso Roth
que, se quisesse, poderia substituí-lo. Com os apoio dos companheiros,
ele voltou para segunda etapa e se manteve em campo até o final da
partida.
Logo depois do gol de Borges, aos 47min, que empatou a partida naquele
momento, Charles foi abraçado pelos companheiros, que pediram mais
paciência ao torcedor. O volante deixou o campo, tanto no intervalo
quanto ao encerramento do jogo, sem conceder entrevistas.
Celso Roth disse que não houve atrito com o volante "O Charles não me
retrucou, até porque eu não falei para o Charles. O que aconteceu foi
que a torcida vaiou o Charles, uma ou duas vezes, e ele veio perto de
mim e disse 'se o senhor quiser me tirar, pode me tirar'", explicou o
treinador, que manteve o jogador em campo.
Na volta para o segundo tempo, Charles teve seu nome gritado pela
torcida. “Ele é um jogador que sente muito as vaias, muito ligado ao
Cruzeiro. Ele achou que a torcida pegou muito no pé dele, mas o Roth
teve conversa com ele, o grupo todo teve conversa com o Charles e ele
entendeu a posição. Ele realmente se abalou com os gritos da torcida”,
disse o gerente de futebol do Cruzeiro, Benecy Queiroz, em entrevista à Rádio Itatiaia.
No intervalo da partida, jogadores do Cruzeiro destacaram a importância
do volante. “Nós trabalhamos com ele, conhecemos ele, mas a torcida não
compreende às vezes os erros. Mas ele tem todo nosso apoio”, afirmou o
argentino Montillo.
O atacante Borges afirma que a torcida precisa ter mais calma com os
jogadores, durante os jogos. “Não acho que deva ser dessa forma. O jogo é
90 minutos, a torcida não pode pegar no pé no primeiro tempo. Tem que
deixar acabar o jogo, temos que receber incentivo ao invés de críticas”,
ressaltou.
FONTE: UOL
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