quarta-feira, 8 de junho de 2011

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ANIVERSÁRIO COM UMA LUA DE MEL DUVIDOSA

Nesta terça-feira, Cuca celebra 48 anos de vida. O aniversário é comemorado na véspera do dia em que ele completa um ano no comando do Cruzeiro. No segundo trabalho mais longo de sua carreira, o treinador já não vive a mesma “lua-de-mel” desfrutada até poucos meses atrás.

Sem vencer nas três rodadas inicias do Campeonato Brasileiro, Cuca já igualou sua maior sequência sem triunfos no Cruzeiro. Apenas entre a 13ª e a 15ª rodadas do Brasileirão de 2010, quando empatou com Grêmio Prudente e São Paulo e perdeu para o Vitória, o treinador passou o mesmo tempo sem ver a equipe somar três pontos.

Desta vez, as derrotas para Figueirense e Fluminense, além do empate com o Palmeiras, voltam a impor sobre o treinador a pressão vivida pela eliminação na Copa Libertadores. Nos últimos seis jogos, o time celeste venceu apenas aquele que decretou o título estadual, diante do arquirrival Atlético-MG, por 2 a 0.

A conquista do Campeonato Mineiro serviu para amenizar a eliminação nas oitavas de final da Copa Libertadores, contra o Once Caldas. O revés por 2 a 0 na Arena do Jacaré foi o único da equipe comandada por Cuca na competição internacional, mas suficiente para decretar a queda precoce no torneio.

Até a eliminação diante do time colombiano, o Cruzeiro ostentava a melhor campanha da Copa Libertadores. Com direito a goleadas sobre todos os adversários que até então enfrentara na Arena do Jacaré, a boa fase era destacada ainda pela lembrança de que a equipe havia sido vice-campeã brasileira. Em 31 rodadas do último Brasileirão, Cuca tirou o time celeste da zona intermediária para brigar pelo título.

É justamente pela campanha no Campeonato Brasileiro de 2010, além do título estadual, o segundo da carreira (havia sido campeão do Estadual do Rio, pelo Flamengo, em 2009), que Cuca demonstra satisfação com o que alcançou no primeiro ano no Cruzeiro.

“Acho que há um balanço positivo, porque disputamos três campeonatos. Em um, fomos vice-campeões brasileiros, o que não é fácil, é digno de comemoração. No segundo, campeão mineiro, que também é digno de comemoração”, disse o treinador, sem esconder a insatisfação pela queda na Libertadores.

“O que dói é a gente ver um jogo da Libertadores e saber que ainda poderia estar lá por tudo que a gente fez. E não estamos, porque um dia deixamos de fazer”, acrescentou Cuca.

Longevidade

Ainda sem vencer no Campeonato Brasileiro, e com um ponto somado em três rodadas, Cuca, curiosamente, tem pela frente o Santos, o último adversário de seu antecessor, Adilson Batista. Depois de empatar sem gols com a equipe paulista, no Mineirão, pela sexta rodada do Brasileirão de 2010, Adilson anunciou a demissão depois de dois anos e meio no comando do time celeste. O treinador que chegou ao clube no princípio de 2008 é o quarto técnico com maior longevidade no time celeste.

Já Cuca chega, no clube mineiro, ao seu segundo trabalho mais longo da carreira como treinador. Em um ano de trabalho, ele ostenta aproveitamento de 68,96% (37 vitórias, 9 empates e 12 derrotas) dos pontos em disputa no Cruzeiro. Anteriormente, apenas no Botafogo ele havia trabalhado por uma temporada inteira.

No clube carioca, ele permaneceu por um ano e quatro meses, entre 2006 e 2007, mas voltou logo em seguida. Duas semanas após pedir demissão, Cuca retornou ao time alvinegro, assim que Mário Sérgio deixou o cargo depois de três derrotas. Na segunda passagem, o agora treinador ficou na equipe botafoguense entre outubro de 2007 e o fim de maio de 2008, totalizando mais de dois anos no comando do time de General Severiano.

No Cruzeiro, Cuca foi a sexta opção para substituir Adilson Batista. Anteriormente à definição do novo contratado, a diretoria cruzeirense iniciou negociações com os técnicos Luiz Felipe Scolari, Abel Braga e Carlos Alberto Parreira, porém todos tinham compromissos fora do Brasil e não puderam acertar a vinda para Belo Horizonte.

Logo após a saída de Adilson, a diretoria cruzeirense, mesmo não confirmando oficialmente, tentou a contratação de Joel Santana e Ney Franco, que recusaram o convite alegando a preferência em dar continuidade aos trabalhos à época já iniciados em Botafogo e Coritiba, respectivamente.

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