Afastado da presidência da Federação Mineira de Futebol (FMF), Paulo
Schettino convocou a imprensa para fazer um pronunciamento sobre a
decisão judicial do último dia 9 de maio. Ele não respondeu perguntas
dos jornalistas. Essa é a primeira vez que Schettino fala sobre o caso.
Na sede da entidade, ele disse que respeita a decisão da justiça, porém,
avisa que a FMF vai recorrer da decisão do Tribunal de Justiça de Minas
Gerais.
Enquanto estiver afastado das funções de presidente, a FMF ficará sob o comando de dois interventores indicados
pelo juiz da 6ª vara cível do Fórum Lafayette, Antônio Leite de Pádua.
Foram nomeados o economista Fernando Aurélio Machado Costa e a contadora
Sarah Viviane dos Santos Barbosa. Schettino mostrou contrariedade com
essa decisão, que, segundo ele, fere o estatuto da entidade.
- Mesmo com o processo do fórum suspenso, porque o assunto ainda não
foi resolvido no tribunal, há uma decisão que nomeia interventores para
administrarem a FMF, em desacordo com o estatuto que prevê quem exercerá
o cargo de comando da FMF.
Paulo Schettino criticou a escolha de Fernando Machado, que é irmão do
desembargador Eduardo Machado, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
De acordo com o presidente da FMF, Fernando tem a intenção de participar
de uma nova eleição para assumir o comando da Federação.
- Informo que tomei conhecimento que o interventor possui parentesco, é
irmão do ex-auditor do TJD que me puniu no passado, e é declarado
candidato à presidência da FMF.
Caso complicado
Paulo Schettino está afastado porque seu mandato foi considerado
irregular pela justiça. Em 2011, uma Assembleia Geral Extraordinária
alterou o estatuto da Federação e prolongou o mandato de Schettino até
dezembro de 2014. Segundo o ex-presidente,
Paulo Schettino assumiu a presidência da Federação em 2004, após a
saída conturbada com denúncias de corrupção do então dirigente Elmer
Guilherme. Na época Schettino assumiu o cargo porque era o vice de
Elmer. E conseguiu se reeleger.
Os argumentos da FMF e de Paulo Schettino para manter as alterações
promulgadas na Assembleia Geral de 2011 foram que, com a anulação das
mesmas pelo Ministério Público, a entidade sofreria prejuízos para
eleger um novo dirigente, devidos a burocracia e ao pouco tempo para
realização dos processos. Eles defendem ainda que os atos da Assembleia
Geral de 2011 são todos legais, não contrariando uma legislação
especifica. E que a cassação da liminar feria os efeitos da autonomia
administrativa.
FONTE: GLOBOESPORTE
COMENTÁRIO DA NOTÍCIA
É uma politicagem muito grande que acontece na FMF. É um jogo de poder, uma vontade de "imperar", que chega ao absurdo. Se ninguém quer o cara na presidência, porque ele quer continuar? É muito dinheiro que rola por lá, né? Elmer Guilherme sabia bem disso e por lá mamou um bom tempo. E Schettino era o vice dele. Mamava também? Talvez. Mas o certo é que quem deve, não teme. No lugar dele, se me questionassem, largava a Federação e mandava os que querem o poder para engolir o cargo. Quem preside a FMF tem que ser alguém idôneo, que brigue pelo interesse de todos os clubes do Estado e que faça um Campeonato Mineiro atrativo. Ultimamente o que vemos é os pequenos se apequenando cada vez mais e os grandes se distanciando monetariamente deles. Assim a competição ficará cada vez mais desigual e o campeonato cada vez mais ridículo. Ridículo como é sua direção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário