quarta-feira, 18 de setembro de 2013

COMPETÊNCIA + SORTE = LIDERANÇA ISOLADA + OLÉ

POR: JOÃO VITOR VIANA

Pode o treinador do Botafogo, Oswaldo de Oliveira, vir às câmeras e choramingar o que for. Diante do Cruzeiro, o Botafogo foi quase inexpressivo, foi envolvido e mereceu ser derrotado. O Cruzeiro foi nitidamente melhor em campo na maior parte do jogo, dominou as ações do primeiro tempo e, principalmente, da metade até o final do segundo. Foi um jogo em que o Cruzeiro teve sorte combinada a uma competência ímpar. Distanciamos sete pontos, somos líderes isolados e demos olé.

Nervoso no início da partida, o que perdurou até o final da primeira etapa, o Cruzeiro dominou o jogo mas pouco chegou ao gol de Jefferson. Duas ou três finalizações, e todas de pouca ou nenhuma exigência de grande defesa. Isso porque o time dominava mas não marcava. E a cada bola que o time não concluia com êxito, mais parecia que o próprio atleta se pressionava. O alívio, no entanto, se deu ao final do primeiro tempo, no último lance da etapa inicial, quando Nilton, em cobrança de escanteio de Willian, marcou um dos mais bonitos gols do Campeonato Brasileiro, chutando com categoria, sem defesa para Jefferson. Um balde de água fria no time do Botafogo que, talvez, não esperasse uma postura tão ofensiva do Cruzeiro logo de início.

Na volta para o segundo tempo, o Botafogo passou a ganhar mais as bolas no meio-campo, envolvendo, em vários momentos, o time do Cruzeiro, que começou a se perder. Até os 15 minutos da segunda etapa, a bola pouco ficou nos pés dos jogadores do Cruzeiro. De fora, era visível que o treinador Marcelo Oliveira deveria alterar o time. Nilton, um dos melhores em campo, acabou sentindo e foi substituído por Henrique. E em lance de ataque do Botafogo, Bruno Rodrigo, bem até o momento, cometeu um pênalti infantil, até de certa forma, grosseiro. Bola nos pés do melhor jogador do time adversário. E... para fora. Foi como um gol para o torcedor do Cruzeiro. O lance desestabilizou um pouco o time carioca e fez o Cruzeiro crescer. Contudo, a Raposa retomou as rédeas da partida quando Julio Baptista entrou em lugar de Borges, completamente apagado. Julio não só fez o time voltar a crescer, como acabou sendo o nome da partida, com dois belos gols.

Em boa jogada de Everton Ribeiro, Bolivar acabou cometendo pênalti. Julio, experiente, cobrou forte, no canto esquerdo do goleiro do Botafogo, que quase defendeu. O jogador ganhou mais confiança, jogou com personalidade e, minutos depois, após passe de Dagoberto, finalizou com força, de perna esquerda, ampliando o marcador em favor do time mineiro.

O jogo teve a presença de uma torcida inflamada, empolgante, um time vibrante em campo na maior parte do jogo, um treinador que modificou bem o time e o tradicional "olé". Fomos mais time, mais fortes e merecedores da vitória. Doa a quem doer, chore quem quiser chorar. Se o chororô carioca começou, que perdure até a nossa consagração.

Um comentário:

RUTILHO disse...

Uma hora da madruga, estou de alma lavada. Ouvi os gols pela 98 narrados pelo Alberto Rodrigues, vi os gols na internet, comentaristas elogiando o Lucas Silva que anulou nada mais nada menos que o Seedorf, somamos 49 pontos e vem mais em cima do acabado curintia. E tem mais, se tem vingador aqui em Minas, esse é o Cruzeiro.
O Brasil se veste de azul e branco, 8 vitórias seguidas, que campanha. Que DEUS nos abençoe.