POR: RAPOSO SENSATO
O Cruzeiro passou de um time ridículo do ano passado para um possível pleiteador ao G-4 esse ano. Grande melhoria se olharmos por esse lado. Mas diante desse cenário está uma pressão muito grande. Além da mudança de treinador tardia da diretoria, jogadores foram contratados aos montes, quase por atacado, e muitos com idade bem avançada. As lesões vieram e as indagações vieram juntas. A pergunta é: até onde o Cruzeiro pode chegar?
Diz o técnico Celso Roth que ele e a diretoria sabem das limitações do time. Contudo, o discurso entre eles é completamente inverso. Enquanto um cobra reforços (Roth), outro (Gilvan) diz que a posição ao qual Roth se refere está bem servida. Será que eles realmente sabem onde o Cruzeiro pode chegar? Talvez não. Aliás, com certeza não.
Eu digo onde o Cruzeiro vai chegar: ao lugar onde a torcida já esperava. Parte da torcida se iludiu um pouco nas primeiras seis rodadas, quando o time fez 14 pontos e alcançou a liderança. Mas em campeonato longo, um time deve ter reposições. Com um time de idade avançada, as reposições foram para o departamento médico junto com os titulares. E, na cabeça de Roth, os titulares viraram reservas, o zagueiro virou lateral, o volante virou o outro lateral. Faltou só o goleiro virar atacante.
É por isso que falo que o treinador não sabe onde o time vai terminar. Ele já não sabe com quem contar, nem onde contar. O torcedor sabe que o futebol não é tão complicado quanto vários técnicos deixam ficar. Mas como complicam as coisas, o rumo do time se torna outro. O Cruzeiro n]já não ganha há quatro jogos e os questionamentos só aumentam. Vão do goleiro até a diretoria. Eu, inclusive, questiono alguns jogadores. E questiono ainda contratos longos com jogadores velhos, como Tinga. Como fazer um contrato de três anos com um jogador de 34 anos? No mínimo, uma loucura. Questiono, assim, também a diretoria, que fez de 2012 um laboratório para si e deixou a torcida sem ter o que comemorar.
CONTUSÕES
Cruzeiro é dependente de Ceará, Borges e Montillo. Sem eles o time fica manco, torto e muito fraco. Contra o São Paulo, os três são dúvidas. Sem eles será difícil quebrar o tabu de 9 anos que temos contra o time de Ney Franco.
FÁBIO, O POLÊMICO
Fábio ficou muito nervoso quando foi questionado. Mas uma coisa é certa: falhou no gol contra o Vasco. Por que não assumir um erro? Cabeça quente? Não pode. Quem é capitão deve ser exemplo de tranquilidade para poder tranquilizar o time num todo. Blindá-lo, como fez a assessoria do Cruzeiro, não ajudará em nada. A não ser que ele tenha sido orientado a parar de bater de frente com a imprensa mineira.
MARTINUCCIO
Não creio que Martinuccio seja uma solução para o Cruzeiro. É a última aposta de Gilvan, que fez muito pouco esse ano para alguém que prometia a reviravolta do Cruzeiro. Errou muito e confiou muito nos técnicos que contratou. Foi lento e omisso. Retrato do trabalho da diretoria é o time atual, que é fraco e não almeja quase nada mais no Brasileiro. Melhor que o ano passado está, mas isso não é vantagem nenhuma.
Um comentário:
Andei pensando, realmente o cruzeiro que estamos acostumados a ver nos campos, fazer gols lindos,fábio defender de forma linda...Sabem, o que eu acho de verdade. O time para mim parece desunido, achando-se o TAL. Vamos aprender a ser humildes, por que é na humildade que conquistamos a nossa realidade....Ver nosso Clube de coração ganhar com raça...Isto eu não vejo por enquantoo.
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