CRUZEIRO X IMPRENSA: DAGOL SE NEGA A FALAR COM OS "CORDEIRINHOS"

POR: MARCÃO ANTI-GALO

Não é de hoje que venho batendo na tecla que a imprensa mineira é feita de lobos em pele de cordeiros. Quem é do meio sabe que mais de 90% que está na imprensa esportiva torce, até de maneira vergonhosa, contra o Cruzeiro.

Mas ser atleticano não é problema. O problema é que a torcida é tamanha que o profissionalismo fica em segundo plano. E são repórteres que trabalham em jornais, rádios e sites respeitados e conhecidos. Na matéria que eles fazem não estão as perguntas tendenciosas e até maldosas que são feitas.

Quando cobramos aqui, no Blog, uma postura diferente, querendo o melhor para o time, é tarefa de torcedor, mesmo sendo jornalista escrevendo. O Blog tem essa linguagem mais pessoal, mais próxima, escrito em primeira pessoas muitas vezes. O jornal, a revista, o rádio e o site não. São meios meramente informativos, com uma ou outra parte opinativa.

E essa posição até provocativa da imprensa chegou ao limite do Cruzeiro. O que falamos aqui há anos, foi muito bem entendido por lá. Tanto que Dagoberto, via diretor de comunicação, Guilherme Mendes, avisou que não falaria com a imprensa. Guilherme Mendes, justificou que, de forma geral, há uma insatisfação do grupo com o tom das perguntas feitas nas entrevistas. A escolha do volante Leandro Guerreiro para entrevista coletiva na última segunda-feira foi utilizada como exemplo pelo dirigente. O camisa 55 havia errado passe que gerou o primeiro gol do Botafogo na derrota do Cruzeiro por 2 a 1, no sábado passado.

Leandro Guerreiro concedeu entrevista coletiva e destacou que não se “esconderia” da falha cometida. A imprensa tentou desestabilizá-lo. Deixa que a gente cobra aqui. Não precisa de a imprensa fazer papel de blogueiro! O Cruzeiro já cogita a possibilidade de que os jornalistas não tenham mais o direito de escolher atletas para conceder entrevistas coletivas na Toca da Raposa II. A indicação do entrevistado seria feita pelo clube.

Não sei se seria a melhor opção, essa de o clube escolher. Antigamente não tinha disso. Imprensa entrava até no vestiário, escolhia com quem falava e com quantos falava. Hoje está muito burocrática essa parte da entrevista.

Mas voltando ao assunto, o Cruzeiro faz bem em dar suporte aos jogadores. É até bom não falar para não dar munição para a imprensa metralhar ainda mais. O time dela, que não ganhou ainda no Brasileiro, e se Deus quiser, vai tomar ferrada do Grêmio, está em baixa. O que ela faz então? Provoca o Cruzeiro. Sempre foi assim.

Imprensa, de profissional você tem pouco! Tem muito jornalista formado, bom, esperando uma chance. E você fica aí, com esses protegidinhos alvinegros, jornalistinhas torcedores que de nada sabem de futebol e que fazem de sua profissão uma extensão do seu amor pelo clube que há 42 anos não ganha nada de importante.