Num jogo
emocionante contra o Sesi de São Paulo, decidido no tie-break, o
Cruzeiro conquistou neste sábado, em Maringá, no Paraná, o título
inédito da Copa Brasil de Vôlei. A vitória mineira teve parciais de
21/17, 15/21, 16/21, 21/15 e 23/21.
Esse foi o décimo título
do Cruzeiro em 13 finais consecutivas em quatro anos. A sequência de
decisões começou 2010, quando a equipe venceu o Torneio Internacional de
Voleibol Irvine, nos Estados Unidos.
Desde então, a
equipe foi novamente campeã do Torneio Internacional Irvine, tetracampeã
mineira (2010, 2011, 2012 e 2013), vice-campeã da Superliga (2010/11 e
2012/13), e campeã em 2011/12, vice-campeã do Mundial de Clubes, em
2012, e campeã no ano passado, além de ter conquistado o Sul-Americano
de Clubes.
Esta ainda é a segunda vez que o Cruzeiro
conquista, numa só temporada, três títulos relevantes. Em 2011/12, a
equipe foi campeão do Sul-Americano, do Mineiro e da Superliga. Agora,
em 2013/14, já coleciona um Mundial, o tetra do Mineiro e a inédita Copa Brasil.
Quatro mil pessoas assistiram no ginásio Chico Neto, em Maringá, a um
verdadeiro espetáculo. Com o título, o Cruzeiro assegurou vaga no
Sul-Americano de Clubes.
Para chegar ao título inédito, o
Cruzeiro venceu o São Bernardo Vôlei (SP) na primeira rodada e o
Campinas (SP) na fase semifinal. Após a grande decisão, o venezuelano
Luis Diaz, destacou a qualidade do vôlei brasileiro.
“Estou muito
contente. Tinha certeza que esse seria um grande jogo. As duas equipes
têm elencos muito fortes. Fico ainda mais feliz de ter vindo do banco e
ter ajudado o time. Sentimos um pouco o saque deles até o quarto set. No
entanto, hoje provamos que podemos jogar contra qualquer equipe. Essa
partida foi a demonstração do grande voleibol que é jogado dentro do
Brasil. Espero que possamos manter esse nível nas próximas competições”,
destacou Diaz.
O levantador e capitão do Cruzeiro, William, foi mais um a ressaltar o
alto nível da final da Copa Brasil. "Essa partida reuniu as duas
melhores equipes do Brasil. Foi uma partida digna de uma final. A
energia do ginásio e entre os times foi maravilhosa. Hoje provamos que
somos um grupo forte. Foi a vitória de uma equipe. O nosso grupo fez a
diferença. Foi muito bom ter participado dessa competição. A final foi
disputada em altíssimo nível”, disse William.
O oposto Wallace,
sempre um dos destaque do Cruzeiro, falou sobre a emoção que sentiu
durante toda a partida. "Foi um grande jogo. A emoção é enorme. As duas
equipes apresentaram um grande voleibol. Tenho que parabenizar minha
equipe que é um grupo. Agora, já temos que pensar nas próxima
competição", analisou Wallace.
O técnico do Sesi-SP, Marcos
Pacheco, mesmo após o resultado negativo, fez questão de elogiar a
grande partida realizada pelas duas equipes. “Foi um jogo espetacular,
como todos esperavam dessa final. Primeiro e segundo sets foram
alternados. No terceiro, tivemos sequencias muito fortes de saques e
isso colocou o Cruzeiro em dificuldades. No quarto, eles sacaram muito
bem e isso determinou uma vantagem confortável para eles. E o quinto se
foi realmente espetacular. O nosso esporte vive de oportunidades.
Lutamos para ter uma bola e nós, infelizmente, não colocamos no chão
quando foi preciso. Mas acho que toda a expectativa que foi colocada
nessa final foi correspondida. Não conseguimos matar o jogo, mas outras
competições virão e vamos treinar mais para ter sucesso nas próximas”,
disse Pacheco.
O jogoMurilo começou o
jogo no saque e, no erro de ataque do Cruzeiro, o Sesi-SP abriu o placar
da grande decisão. O time de São Paulo começou melhor (5/3), mas no
ataque do central Éder, a equipe mineira passou a frente: 6/5. A parcial
seguiu equilibrada e, com Evandro, o Sesi fez 10/9. O Cruzeiro seguiu
no comando do marcador (17/15). Contando com erros do adversário, o time
de Minas Gerais fechou em 21/17.
O segundo set começou
equilibrado. Quando o Cruzeiro fez 5/3, o treinador Marcos Pacheco
trocou os opostos da equipe paulista. Entrou Renan e saiu Evandro. O
jogo seguiu equilibrado. O central Lucão conseguiu um ace e o Sesi virou
o marcador (7/6). Com uma boa sequência de saques do oposto Renan, os
paulistas abriram dois (12/10). Os mineiros cometiam muitos erros e os
paulistas fizeram 17/13. O Sesi seguiu melhor e venceu a primeira
parcial por 21 /15.
O terceiro set começou disputado: 3/3. Com
Lucão bem no saque, com três boas ações consecutivas, o Sesi assumiu o
comando do placar e fez 7/4. Aconteceu o tempo técnico e, na volta, o
central do Sesi-SP conseguiu mais um ace e mais um bom saque, que
resultou em ponto para o time paulistano: 9/4. O técnico do Cruzeiro,
Marcelo Mendez, pediu tempo e, na volta, Lucão fez mais um ponto de
saque. O time de São Paulo seguiu bem e, no bloqueio de Sidão, fez 14/6.
O Cruzeiro reagiu, fez 16/10, e o Sesi-SP parou o jogo. O time mineiro
aproximou ainda mais (18/15), mas depois de abrir grande vantagem, o set
ficou mesmoc om o Sesi: 21/16.
O Sesi seguiu melhor no início do
quarto set e fez 3/0. Com um ace do ponteiro Luiz Diaz, o Cruzeiro
empatou (5/5). No primeiro tempo técnico, a equipe paulista tinha um de
vantagem (7/6). O saque da equipe mineira passou a funcionar e o time
celeste abriu quatro (14/10). Neste momento, o técnico Marcos Pacheco
inverteu o cinco e um. Entraram Evandro e Thiaguinho e saíram Sandro e
Renan. Mesmo com as substituições, o time cruzeirense seguiu melhor e
fechou o quarto set por 21/15.
O time de São Paulo saiu na frente
no set decisivo. O Sesi esteve a frente em 5/3, mas, no ace de Eder, o
Cruzeiro empatou (5/5). A parcial seguiu equilibrada, com as equipes
sempre juntas no placar: 7/7. No erro do adversário, o time paulistano
abriu dois de vantagem (9/7) e, com o oposto Wallace, o Cruzeiro empatou
novamente (9/9). Com dois pontos consecutivos de bloqueio, o Sesi fez
12/9 e o time mineiro pediu tempo. O Cruzeiro reagiu, encostou em 12/11
e, no bloqueio de Eder, deixou tudo igual: 13/13. No ponto direto de
saque de Eder, vantagem para o Cruzeiro: 15/14. O final do set foi
extremamente disputado (16/16), (18/18), (20/20). No final, vitória por
23/21.