quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

GERAL: COLUNA DO FLÁVIO ANSELMO

VELHA RIVALIDADE PRESENTE NO EMPATE NA ARENA





Flávio Anselmo – 27/1/11

Aquele ranço entre brasileiros e uruguaios não deixou de existir no amistoso em que Galo e River Plate empataram (1 a 1) na Arena do Jacaré. Os visitantes tomaram um gol de Ricardinho logo aos 2m e acenderam o estopim. Aprontaram uma correria, com divididas duras, devolvidas pelos atleticanos e o confronto esquentou. Após o empate do River, com o brasileiro Jander, a caldeira teve mais lenha pra queimar.

Como teste, Dorival Júnior tem material à vontade pra examinar antes da estréia, domingo, contra o Funorte, em Montes Claros, pelo Campeonato Mineiro.

Primeiro tempo Galo l x River Plate do Uruguai l , O time que Dorival escalou logo de início não será nunca o titular. Tirando os erros normais de começo de temporada, principalmente quanto ao conjunto e o acerto dos passes, o Galo mostrou falhas que só serão corrigidas com mudanças.

Por exemplo: as duas laterais, com Leandro e Rafael Cruz não estão à altura. O meio-campo com dois canhotos, Ricardinho e Richarlyson, puxou as jogadas só pelo lado esquerdo, onde Tardelli e Jóbson se revezavam; melhor aproveitamento do ex-botafoguense.

Serginho ficou tonto e foi jogar daquele lado também. O trio atacava mais e não contava com Renan Oliveira pra nada. Resultado: a defesa de Réver e Werley ficou vulnerável.

Se o placar chega ao empate de 5 a 5, também, seria natural. O goleiro visitante Hernandes pegou até pensamento. Renan Ribeiro e Geovani, este no segundo tempo, tiveram poucos, mas importantes defesas na partida.

A constante troca de lado de Jóbson, vezes, confunde Tardelli mas a dupla, no aspecto individual, destacou-se bem. O time ensaiou maior velocidade na saída de bola e fez isso em alguns lances.

Dorival fez interessantes mudanças de estudos na fase final, com risco, inclusive de perder o amistoso. O River Plate criou mais oportunidades e manteve a disposição física, com muita luta.

No intervalo, o técnico sentiu as deficiências citadas acima. Colocou Zé Luiz de volante e tirou Leandro. Empurrou Richarlyson pra lateral-esquerda. Bob Farias entende que é desperdício um jogador tão talentoso preso na lateral. Penso que o bom menino da Rede Globo equivoca-se, com o devido respeito: Richarlyson empresta seu talento ao setor e abre espaço a novos talentos no meio.Creio que Dorival começa a definir o futuro time após tais mexidas.

Na lateral direita, Patric entrou no lugar de Rafael e nada acrescentou. Volto à minha antiga tese: três zagueiros – Réver, Léo Silva e Werley, este pela direita – e Zé Luis na frente. Evidentemente que Richarlyson estará na lateral-esquerda, bem mais fixo.

Renan Oliveira não me agradou. Ele nem atacou nem ajudou na marcação. Totalmente insosso, ainda de férias, como nos tempos passados. A futura composição ganhou mais corpo quando Diogo Souza substituiu Ricardinho e Mancini entrou no lugar de Renan Oliveira. Em jogadas individuais, fizeram a torcida vibrar. São titulares.

Nas demais alterações, o destaque fica pra Magno Alves que criou duas excelentes chances neutralizadas pelo excelente goleiro Hernandes. Não implicam em nenhum complicador nos estudos de Dorival Júnior. Não será agora, mas o técnico acabará por chegar ao time escalado pela Trincheira.

IMPRESSA PERRELISTA EM AÇÃO

Tão logo Roger com justiça reclamou das declarações intempestivas e fora de hora de Cuca privilegiando certos atletas com cadeiras cativas no time titular do Cruzeiro– coisa que só Pelé e Garrincha tinham direito – a impressa perrelista entrou em campo pra desacreditar o craque, blindar o treinador e combater o outro lado que só espera fumaça pra colocar lenha na fogueira do quintal vizinho.

Quem começou tudo foi Cuca que agora se pousa de vítima e de comandante ultrajado, com um discurso nazifascista que impede o subordinado seu ter opinião própria.
Roger fez o que qualquer atleta de personalidade faria: exigiu respeito do treinador.

Dentre os absurdos de Cuca foi afirmar que Gilberto tecnicamente e fisicamente é melhor que Roger. Até quem não vive o dia-a-dia do Cruzeiro sabe que isso passa apenas na cabeça do treinador, talvez tomado de alguma birra com Roger.

Com certeza, nesta briga do mar (Cuca) com o rochedo (Roger) quem levará a pior será o marisco (Cruzeiro). Não entendo por que a tão presente diretoria do Cruzeiro não bota um fim neste assunto, sem prejuízo do clube e sem rancor do treinador.

O cego não vê ou faz que não enxerga o crescimento do time com a presença de Roger. A maior bobagem são os números citados por Cuca e aproveitados pelos amigos de Perrela. Dentre os 35 atletas, Roger foi o quarto que mais atuou. Em 27 jogos , ou seja fez 25 jogos com Cuca. Mas era assim: jogava bem, quando entrava de cara, e saía antes do fim.

No jogo seguinte, Gilberto estava vivo e Roger voltava ao banco. O meia reclama exatamente esse tratamento diferenciado que Cuca dá a Gilberto. A justificativa de que ele é de Seleção e disputou a última Copa do Mundo só piora as razões do técnico.

MOEDA DE TROCA

Aliás, caros Valdir Barbosa e Dimas Fonseca: que história é essa que meu pardal espião na Toca da Raposa II me passou sobre a troca entre Loco Abreu, indisposto com Pai Joel, e Roger que Cuca num furor scolariano teria exigido: ou ele ou eu?

Flávio Anselmo

Um comentário:

Fábio disse...

Flavio,

Também acho o Gilberto muito mais jogador que o Roger!!!!!!!!!