SEXTA-FEIRA É DIA! COLUNA DO ANDRÉ!

Situação do Cruzeiro é delicada, mas a tabela ajuda

Por: André Luis Mapa

O Cruzeiro apenas empatou com o São Paulo na última quarta-feira, resultado que pode aproximar ainda mais o clube da temida zona de rebaixamento. Entretanto, o clima de otimismo e a confiança parecem ter voltado à Toca da Raposa, já que a equipe apresentou bom futebol e, principalmente, deu demonstrações de raça durante a partida.

Ainda assim, a situação é perigosa, pois o setor defensivo cruzeirense, incluindo os volantes e laterais, repetiu os erros que levaram o Cruzeiro à posição de lanterna do segundo turno: a marcação distante, dando espaço excessivo aos adversários e as falhas de posicionamento. Entre outros fatores, os erros da defesa celeste parecem ser causados pela ingenuidade e pela falta de confiança e de agilidade dos defensores.

O ataque também segue problemático. Anselmo Ramon fez o 2º gol mais fácil da vida dele, já que o 1º ele perdeu contra o Palmeiras, no primeiro turno do Brasileirão. Farias briga na frente, mas é muito limitado tecnicamente. A exceção é Keirrison que, finalmente, desencantou e pode ser decisivo na reta final do campeonato, se mostrar o futebol que o levou ao Barcelona.

Além de ter conseguido renovar a confiança dos jogadores e da torcida, o Cruzeiro tem outro trunfo no Brasileirão: enfrenta seus dois principais concorrentes à permanência na série A, os Atléticos Mineiro e Paranaense, em casa.

Curiosamente, os três últimos confrontos do Cruzeiro no campeonato são diante de concorrentes diretos: Atlético-PR, em casa, Ceará, fora, e o clássico contra o Atlético-MG, em Sete Lagoas, apenas com torcedores cruzeirenses. O fato de existirem confrontos diretos pode ser um facilitador, pois vencendo, automaticamente, o Cruzeiro elimina as chances do seu oponente pontuar na rodada.

Contudo, a tabela ajuda, mas a manutenção do Cruzeiro na primeira divisão depende essencialmente da capacidade de concentração, da confiança e, sobretudo, da competência dos jogadores celestes. Neste fim de ano, o torcedor celeste tem apenas uma certeza: vai sofrer até o fim.