Briga prá lá, briga prá cá. Que fique dentro do campo
Por: Alyson Soares
É, tinha que ser na última. E ainda: ser contra o Atlético (Galo só para os ítimos). E esse é o momento no que os “velhinhos” da CBF devem estar se gabando por terem a brilhante idéia de rechear a última rodada do Brasileirão com clássicos estaduais e/ou regionais. Realmente será algo emocionante, resta-nos saber se os estádios brasileiros têm estrutura suficiente, principalmente no aspecto de segurança, para agüentar tamanha pressão.
Falando da última rodada, na luta pelo título, temos o Corinthians, com 70 pontos, jogando por um empate com o inconstante Palmeiras, que já não tem mais o que fazer além de poder atrapalhar o maior rival. O outro postulante ao título é o Vasco, que, além de ter a indigesta tarefa de vencer o Flamengo, que precisa de um empate para garantir sua vaga na Libertadores 2012. Para o Vasco agora, só um milagre! Mas milagres às vezes acontecem, só saberemos no domingo.
Por falar em Libertadores, existem duas vagas em jogo ainda, que hoje são ocupadas por Flamengo e Coritiba. Mas Inter, Figueirense, São Paulo e Botafogo ainda têm chances matemáticas de ‘roubar’ uma delas no final. O rubro-negro carioca pega o Vasco, que joga todas suas fichas em uma vitória nesse jogo para buscar o título. O Coxa pega o Atlético-PR, na Arena da Baixada, em um jogo que pode ajudar muito o Cruzeiro. Dos quatro restantes, temos Gre-Nal, São Paulo e Santos, Botafogo e Fluminense. Jogos complicados de grande interesse também.
Na luta por vaga na Copa Sul-Americana, temos apenas o Bahia, que enfrenta o Ceará em casa, resultado que interessa diretamente o Cruzeiro. Se vencerem, os baianos ainda tem que torcer para que, ou o Atlético-GO não vença o América-MG em casa, ou o Cruzeiro vença o Atlético-MG. Que coisa, não?
Agora chegamos ao que nos interessa. E é com tristeza que digo que a luta contra o rebaixamento é a nossa atual preocupação. Aliás, já há alguns jogos. O Cruzeiro tem a vantagem de depender apenas do seu resultado (isso pode ser bom ou ruim, depende do time) contra o Atlético-MG. Caso vença, acabou o campeonato e o time se mantém na elite. Aí poderíamos pensar no ano que vem e tirar de 2011 lições para que não se repita tão cedo. Caso empate, aí já torceremos por um resultado: uma não vitória do Furacão diante do Coxa, e um tropeço também do Ceará. E, por fim, o que não desejamos de jeito nenhum, em caso de derrota, temos que “secar” o Ceará contra o Bahia e o Atlético-PR contra o Coritiba. Ambos só poderiam empatar.
Para piorar, teremos as ausências de Fábio e Montillo, os dois pilares dessa equipe (que não é das melhores, diga-se de passagem). Quanto à meta, devemos dar nosso voto de confiança ao Rafael, que não tem a técnica nem a experiência do capitão, mas pode segurar a bronca (que é bem grande, pensando em Naldo e Léo à frente).
Já o caso de Montillo deve ser pensado com mais cautela. Será que vamos ter que assistir a mais uma exibição ridícula de Everton? Espero que não. Será que o Roger vai animar a jogar dessa vez? Espero que sim. Se não, teremos que arriscar a hipótese de três atacantes, com a entrada de Ortigoza (sim, eu também o acho ruim, mas...), considerando que WP e Anselmo Ramon devam ser titulares.
Todas essas perguntas serão respondidas no domingo, às 17h. Mas, na verdade, nada isso importa muito para o Cruzeiro. O que a torcida tem que fazer, como o próprio nome já diz, é torcer. Torcer para que o time faça a sua parte e, caso não aconteça, torcer para que os outros resultados nos ajudem. Afinal, “secar” os adversários é uma prática tão antiga quanto o futebol. E, em se tratando da nossa situação, vamos nessa também. Eu acredito!