Cinco jogos disputados em 2012 e oito gols marcados. Os números animam
ainda mais o atacante Wellington Paulista neste início de temporada. Com
quatro gols marcados no Campeonato Mineiro, o jogador é o artilheiro
isolado do Estadual. Na partida da última quinta-feira, na vitória de 4 a
2 sobre o Nacional, de Nova Serrana, no estádio Waldemar Teixeira de
Faria, o Farião, em Divinópolis,
Paulista marcou três gols, e fez o ‘hat-trick’ (saiba mais no fim do
texto), expressão muito usada na Europa e nos Estados Unidos quando um
atleta consegue algum feito (como marcar três gols numa mesma partida de
futebol ou hóquei no gelo; ou, no automobilismo, quando um piloto faz a
pole position, vence a prova e faz a volta mais rápida, por exemplo).
Questionado pelo Site Oficial do Cruzeiro sobre o ‘hat-trick’, o atacante se mostrou bastante inteirado.
“Já conhecia (a expressão ‘hat-trick’). Quando eu estava na Espanha
(defendeu o Alavés, entre 2006 e 2007) a imprensa também comentava sobre
isso quando alguém fazia três gols”, disse Wellington. Confira como foi
o bate-papo do Site Oficial do Cruzeiro com o artilheiro, na tarde desta sexta-feira, na Toca da Raposa II.
A expressão ‘hat-trick’, ou truque do chapéu (ou da cartola),
você já conhecia. E dentro dessa cartola do Wellington Paulista, tem
muito mais gols para sair?
Tem, Graças a Deus! Eu já tinha em mente começar bem o ano, queria
começar fazendo muitos gols. Logo nos primeiros dois jogos eu já fiz
dois gols em cada jogo, e na sequência continuei fazendo gols. É o que
eu quero, foi o que eu coloquei em mente no começo do ano. Acabei o ano
passado muito confiante, e decidi que ia fazer de tudo para iniciar este
ano mais confiante ainda, para voltar bem. Estou tendo uma boa
sequência de jogos, aproveitando as oportunidades e, sempre que a bola
pintar na área, quero estar lá para fazer os gols
O Vágner Mancini disse que confiava na dupla que terminou o ano
passado como titular, com você e o Anselmo Ramon. E vocês têm mostrado
que ele estava certo em confiar, já que os gols estão saindo, não é?
Isso é verdade. Estou atuando um pouquinho fora da minha função,
jogando mais aberto, mas ele sempre me cobra bastante para que eu entre
na área para fazer os gols. E é o que está acontecendo. Sempre que a
bola está do lado contrário, eu vou para a área para fazer o gols, e tem
dado certo. É saber o que tem que fazer, ajudar a equipe, marcar bem,
ajudar na parte defensiva e, quando a gente tiver a bola, não só fazer
os gols como também ajudar os companheiros, co0mo o Anselmo, a marcar os
gols dele também
Todos os 11 gols que o Cruzeiro marcou nesta temporada (em dois
amistosos e três partidas pelo Campeonato Mineiro) foram de atacantes.
Até o jogo contra o Nacional, apenas você e o Anselmo Ramon haviam
marcado. Contra o Nacional, mais um atacante balançou a rede, Wallyson,
graças a você, que deixou ele bater o pênalti...
Ele estava precisando. Pelo grau da lesão que ele teve no ano passado,
que foi muito grave, e a gente sabia que ele estava chateado pelo tempo
que ele ficou parado, já que vinha muito bem no Campeonato Brasileiro.
Ele está retornando aos poucos, está pegando confiança com o decorrer
dos treinamentos, e, com os jogos, está aprimorando a parte física. Acho
que esse gol vai ser muito importante para ele também
Você tem alguma meta individual, pensa em ser artilheiro do
Campeonato Mineiro, ou não pensa assim e deixa que a artilharia seja
consequência das boas atuações e, claro, dos gols?
Na realidade eu sempre entro nos campeonatos para ser artilheiro. No
ano passado eu estipulei uma meta e caí do cavalo. E eu nunca havia
estipulado meta em toda a minha carreira, os gols sempre foram saindo
naturalmente, com os jogos. No ano passado eu fui estipular meta e caí
do cavalo. Neste ano eu não estipulei meta, vou tentando fazer os gols
quando as chances forem pintando
O Montillo comentou nesta semana que está com saudade de marcar
um gol, como ele disse, saudade do ‘cavalinho’ (tradicional comemoração
do meia argentino). Você pensa em ajudá-lo a marcar esse gol ou vai
concentrar tudo entre os atacantes mesmo?
Quem sabe em um jogo que eu tiver feito outros três gols, se pintar um
penaltizinho, eu não deixo ele bater? (risos). Mas ele tem qualidade,
bate muito bem na bola. Não só ele, como o Anselmo Ramon também. E eu,
que bato pênalti. Então, se eu fizer mais três gols e surgir um pênalti,
posso deixar ele (Montillo) bater (risos).
Para finalizar, a Torcida do Cruzeiro confia muito nos seus
gols. Você já fez gols em jogos importantes de Copa Libertadores, já
apareceu bem em clássicos contra o Atlético-MG e em jogos diante do
América-MG. Como é a sua relação com a China Azul?
A relação é muito boa. Pelos anos que tive aqui, em 2009 e 2010, e que
foram muito bons. Só no ano passado que eu não fui tão bem, mas foi a
equipe toda. Tenho todo o apoio da Torcida do Cruzeiro, da Máfia Azul,
que tem um carinho grande por mim. Assim que acabou o Campeonato
Brasileiro do ano passado, as pessoas me encontravam nas ruas e me
pediam para continuar no Cruzeiro, porque viram minha evolução no fim do
ano e sabiam que neste ano eu iria bem. Então, tendo a confiança do
Torcedor, tenho certeza que este ano vai ser muito bom para mim. Não só
para mim, mas como para o Cruzeiro também.
Saiba mais sobre o 'hat-trick'
(Truque do chapéu ou truque da cartola, algo como jogada ou feito de tirar o chapéu)
O termo ‘hat-trick’ referia-se a um comum truque de magia, no qual o
mágico aparecia envergando uma cartola. O truque consistia em colocar a
cartola, com a abertura virada para cima, sobre uma mesa próxima.
Depois, o mágico retiraria três coelhos, um depois do outro, de dentro
da cartola. Nos tempos modernos, esta expressão é muito utilizada como
referência à marcação de três pontos num só encontro, tanto em futebol
como em outras modalidades. A expressão 'hat-trick' foi utilizada pela
primeira vez num jogo de cricket, para descrever a atuação de H. H.
Stephenson, em 1858. O termo foi usado num artigo de jornal pela
primeira vez em 1878.
Atualmente, na Europa e nos Estados Unidos, o termo 'hat-trick’ é
aplicada em vários esportes. No futebol e no hóquei no gelo, quando um
jogador marca três gols em uma mesma partida. No automobilismo, quando
um piloto faz a pole position, vence a prova e faz a volta mais rápida. A
expressão também se aplica ao beisebol e ao cricket.
FONTE: SITE OFICIAL DO CRUZEIRO
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