quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

NO TELÊ SANTANA, PREMIAÇÃO. NO CRUZEIRO, ESCURIDÃO


Élber recebe medalha de revelação em 2011, assim como China, do América. Bernard, do rival, recebeu o troféu. Contudo, mesmo premiado, chance com Mancini até agora não existiu

POR: JOÃO VITOR VIANA

Élber é um talento. Menino bom de bola, rápido, que qualquer treinador gostaria de ter no time. Certo? Errado. Não é assim que Vágner Mancini o vê. Em 2011, sem ter o menor critério, afastou o jogador. Disse que ele precisava de uma lição. Não disse o porquê. Não justificou. Apenas fez. O que deu a entender é que ele tomou birra da revelação celeste, que nem pôde mostrar futebol durante o Brasileiro.

Élber é um jovem que precisa ser trabalhado e de oportunidades. É veloz, tem técnica, pode ser muito útil em um esquema com velocistas. Para o segundo tempo então, é uma "válvula de escape". Assim como ele tem muitas virtudes, outros jogadores jovens também têm. Precisam de chance. Precisam de apoio da comissão técnica.

O Santos de 2002 era um time falido. Não tinha onde investir e devia Deus e o mundo. O técnico da época, Leão, foi obrigado a recorrer à divisão de base. Lá estavam abandonados Robinho, que era reserva, e Diego. Olha só o que o Santos poderia ter perdido se Leão não os tivesse buscado? No Cruzeiro vários jogadores de pontecial já deram adeus. Foram brilhar em outros campos ou simplesmente deram adeus também ao futebol. O esporte é cruel e muito se deve a quem tem um olho bom. Quem enxerga pode mudar o futuro de um clube, como Leão o fez. Dois anos depois Luxemburgo, ainda com uma base de 2002 e com alguns ajustes também foi campeão brasileiro. Tudo começou antes e na base.

Por que em 2012 ninguém da base recente subiu? Onde estava a comissão técnica no Campeonato Brasileiro sub-20 em dezembro e na Copa São Paulo desse ano? Onde está o olho clínico do treinador e de sua comissão? Deveria estar na base. Segunda-feira um da nossa base, aquele mesmo que Mancini teve uma birrinha, foi premiado. Ganhou uma medalha como Revelação do ano do futebol mineiro, mesmo sem ter tantas oportunidades. Não levou o troféu, mas estava ali, entre os indicados. Para quem poucas chances teve, a medalha serviu de consolol Quem sabe volta no ano que vem recebendo uma premiação ainda maior? Mas precisa se incentivo. Aquele que Mancini não deu e nem mostra que vai dar.

Mas o prêmio maior para esses garotos é atuar no time principal. E têm talento para isso. Precisam de espaço e incentivo. Espero ver em breve nesse time Gabriel, Lucas, Marquinhos, Maik, Leo, Pedro Paulo e outros também talentosos. O Cruzeiro é e sempre foi uma fábrica de craques. Uma pena é que às vezes quem comanda o futebol não tem nenhum talento de observar algo que está bem debaixo de seu nariz, bem à frente de seus olhos. E no futebol, quem não tem olho, não chega a lugar nenhum.

Um comentário:

Carlos disse...

Mancini tem de vazar logo. Só gosta dos protegidos dele. Não quer dar chance para a base, nem para quem não foi indicado por ele.