terça-feira, 23 de outubro de 2012

PRESIDENTE E TÉCNICO VÊEM FUTEBOL DE MANEIRA OPOSTA. E AMBOS VÊEM ERRADO

POR: RAPOSO SENSATO

Definitivamente, presidente e treinador não falam a mesma língua. Quando pegam o microfone, têm discursos opostos e ambos, na minha visão, equivocados. Enquanto Roth diz que o time "pagou por atos no início do ano", uma crítica ferrenha às investidas de Vagner Mancini, Dimas Fonseca e o próprio presidente Gilvan, o mandatário celeste disse que o treinador custou a acertar a escalação do time, fazendo um mea culpa.

Roth não está, de todo, errado. Realmente ele herdou uma barca furada deixada pelos antigos responsáveis, que investiram em jogador contratado por DVD e em amigos do ex-treinador, como o caso de Rudnei, que não disse ao que veio e deve estar dando dor de cabeça aos russos da segunda divisão. Trouxeram Amaral, Gilson, Árias (este com status de estrela internacional). Erraram muito mesmo. Mas Roth, ao meu ver, depois de arrumar a bagunça de Mancini, começou a fazer as suas. Com suas preferências, a maioria delas, equivocadas, fez do Cruzeiro um time de amizades. Ao que parece, posso estar errado, joga quem é mais próximo do técnico. Não consigo entender porque o treinador deixa fora do time, por exemplo, Victorino, ou Borges, ou Elber. Não acredito que sejam piores dos que têm entrado, em especial, Mateus, Anselmo Ramon e Souza. 

Gilvan disse ainda que o Cruzeiro tem, hoje, uma equipe para enfrentar qualquer time do Brasil. Sim, tem. Mas só enfrentar. Porque vai perder. O elenco do Cruzeiro é limitado, carente na maioria de suas posições, com excesso de jogadores "bonzinhos" e falta de jogador técnico, vencedor.

Enquanto o presidente achar que o Cruzeiro é forte hoje e o técnico insistir com suas teorias que não dão certo, o Cruzeiro continuará sendo essa miscelânia que vemos. Um time sem padrão, que corre errado, que não tem conjunto, jogadas ensaiadas e que depende da sorte para vencer. Ainda bem que não estamos na parte de baixo da tabela. Ia ser difícil sair de lá.

Que tenhamos um 2013 mais coerente, com análises mais corretas e menos erros, principalmente no início do ano, quando o planejamento é feito.

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