A chegada foi em clima de festa. A apresentação, cheia de esperanças.
Assim que o zagueiro desembarcou em Belo Horizonte, a torcida
cruzeirense lotou o saguão do aeroporto de Confins para receber Alex Silva.
Inevitável a lembrança do irmão do jogador, Luisão, que, na passagem
pelo clube, participou da campanha que ficou conhecida como “Tríplice
Coroa”, em 2003, com a conquista do Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e
Campeonato Brasileiro. A expectativa era alta. Mas a frustração foi
inversamente proporcional.
Contratado como um dos principais reforços para a temporada, Alex não
sabe dizer como é sair de campo com uma vitória celeste. Na estreia,
pela Copa do Brasil, derrota para o Atlético-PR, por 1 a 0. No jogo da
volta, 2 a 1, com a consequente eliminação do time, ainda nas oitavas.
No Brasileirão, apenas uma partida. E foi naquele 2 de maio que os
problemas começaram.
Contra o Atlético-GO, na estreia do Cruzeiro na competição, Alex Silva,
logo no começo da partida, torceu o joelho esquerdo em um lance sem
bola. Os exames confirmaram o pior. Ligamentos rompidos. Mais uma
intervenção no joelho, a terceira. Batalha essa que, por pouco, não fez o
zagueiro abandonar o futebol.
- Fui para a minha cidade, não queria mais voltar, pensei em parar de jogar futebol. Foi através da fé que eu consegui dar a volta por cima. Foi através da fé e meu filho. Vejo ele como um espelho, só quer bola para todo lado.
A fé, de fato, é parte integrante da vida do jogador. E Alex Silva mostra isso. Durante a entrevista, usava um crucifixo pesado, em ouro, que chama a atenção. Mas, mesmo assim, o processo não foi fácil. Tanto é que, nesse período que foi para a cidade natal, ele abandonou os trabalhos na Toca da Raposa II, mas a diretoria contornou a situação.
- Se não fosse a fé seria difícil. Minha esposa é evangélica. Acho que foi isso que fez eu dar a volta por cima nesta terceira (cirurgia). Estava até comentando, fiquei dez dias, ninguém ficou sabendo, a diretoria segurou, fiquei dez dias sem comparecer.
- Fui para a minha cidade, não queria mais voltar, pensei em parar de jogar futebol. Foi através da fé que eu consegui dar a volta por cima. Foi através da fé e meu filho. Vejo ele como um espelho, só quer bola para todo lado.
A fé, de fato, é parte integrante da vida do jogador. E Alex Silva mostra isso. Durante a entrevista, usava um crucifixo pesado, em ouro, que chama a atenção. Mas, mesmo assim, o processo não foi fácil. Tanto é que, nesse período que foi para a cidade natal, ele abandonou os trabalhos na Toca da Raposa II, mas a diretoria contornou a situação.
- Se não fosse a fé seria difícil. Minha esposa é evangélica. Acho que foi isso que fez eu dar a volta por cima nesta terceira (cirurgia). Estava até comentando, fiquei dez dias, ninguém ficou sabendo, a diretoria segurou, fiquei dez dias sem comparecer.
Alex Silva sabia de cadeira os problemas que teria. Afinal, em 2007,
quando estava no São Paulo, rompeu os ligamentos cruzado anterior e
colateral medial do joelho direito. Ficou mais de seis meses fora. No
Flamengo, em 2011, estiramento no ligamento do joelho esquerdo, o mesmo
que deu problemas agora. Essas experiências, garante, serviram bastante
para ele entender como se dão as relações no mundo do futebol. Mundo
esse que ele afirma ser traiçoeiro.
- Tive várias experiências. Essa foi uma fatalidade. Mas nas outras que
tive, principalmente na primeira, não fiquei bravo com Deus. Acho que
Deus puxou o tapete na hora certa. Estava indo para a Seleção com 21
anos de idade, no auge da minha carreira no São Paulo, nas graças da
torcida. E eu meio que sai do chão. Não desprezando as pessoas, mas
achando que o mundo acabava em um dia só. Tinha um monte de amigos,
aqueles que você vai em uma balada, paga para todo mundo, perde uma
noite de sono, as marias chuteiras, vivia a casa cheia. Aí encarei por
esse lado. Falei que se Deus deu essa cirurgia, alguma coisa ele queria
mostrar. E ele mostrou que os amigos eram naquela hora.
Na Toca ou na Gávea?
Ainda em recuperação da cirurgia no joelho, Alex Silva aos, poucos, retoma a rotina. Os trabalhos não são mais restritos apenas às salas de fisioterapia da Toca da Raposa II, e já é possível vê-lo realizando atividades físicas no gramado. Se o pensamento do jogador, no momento, é em dar mais uma volta por cima, de preferência no Cruzeiro, nem sempre foi assim.
- Se você me perguntasse há quatro meses que posição o Cruzeiro estava eu não sabia. Quem o Cruzeiro ia enfrentar, não sabia. Eu não assistia, acompanhava, porque me fazia sofrer bastante ficar vendo jogos na televisão. Através da fé, junto com minha esposa, com os cultos na casa do Fábio, fui antes da minha cirurgia, fui abençoado bastante.
Ainda em recuperação da cirurgia no joelho, Alex Silva aos, poucos, retoma a rotina. Os trabalhos não são mais restritos apenas às salas de fisioterapia da Toca da Raposa II, e já é possível vê-lo realizando atividades físicas no gramado. Se o pensamento do jogador, no momento, é em dar mais uma volta por cima, de preferência no Cruzeiro, nem sempre foi assim.
- Se você me perguntasse há quatro meses que posição o Cruzeiro estava eu não sabia. Quem o Cruzeiro ia enfrentar, não sabia. Eu não assistia, acompanhava, porque me fazia sofrer bastante ficar vendo jogos na televisão. Através da fé, junto com minha esposa, com os cultos na casa do Fábio, fui antes da minha cirurgia, fui abençoado bastante.
Alex tem contrato por empréstimo com o Cruzeiro até o fim da temporada.
Já o vínculo com o Flamengo é até 2014. Embora não saiba o destino para
2013, ele garante que quer continuar em Belo Horizonte.
- É meu desejo permanecer no Cruzeiro. Sinto que tenho muita coisa a
dar de alegria ao torcedor, pelo jeito que me receberam, pelo respeito. E
pela história que eu vivi desde criança na época do meu irmão. Então,
sinto que tenho alegria a dar aos cruzeirenses.
Enquanto não define a vida, Alex segue a rotina com sessões de fisioterapias, algumas atividades físicas e, em casa, acompanha o crescimento do pequeno Miguel que, nesta segunda-feira, completa três anos. E o pequeno parece seguir os passos do pai e do tio famoso. Sempre de uniforme de algum time e bola nos pés, é a alegria da casa.
Enquanto não define a vida, Alex segue a rotina com sessões de fisioterapias, algumas atividades físicas e, em casa, acompanha o crescimento do pequeno Miguel que, nesta segunda-feira, completa três anos. E o pequeno parece seguir os passos do pai e do tio famoso. Sempre de uniforme de algum time e bola nos pés, é a alegria da casa.
FONTE: GLOBOESPORTE
COMENTÁRIO DA NOTÍCIA
Alex Silva é um jogador de currículo e sabemos do seu potencial. O problema, agora, é saber se vale a pena investir em um jogador que pensou em abandonar a carreira. Será que vale a investida de comprá-lo? Talvez seja arriscado. Ainda mais depois de três cirurgias. Mas quem sabe um reempréstimo? Talvez depois de um ano sem lesões, a diretoria do Cruzeiro possa pensar em tê-lo em definitivo. Eu, pessoalmente, confio nele, acredito no seu futebol. Temos que ver se ele mesmo acredita em seu futuro...
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