ESTRATÉGIA NA "PENEIRA"

O sonho de muitos boleiros adolescentes ficou mais perto de ser realizado nesse fim de semana em Teresina. Isso porque o Cruzeiro enviou ao Piauí um observador da sua comissão técnica para uma peneira em busca de novos talentos. Ao todo, a seletiva reuniu mais de 200 garotos na sede de um clube na Zona Leste da capital. Sob os olhares dos pais, dezenas de jogadores mirins tentaram colocar em pouco tempo toda a vontade e o talento para um dia poder conquistar o posto de atleta profissional de um grande clube do país.

Funcionário do Cruzeiro, o observador técnico Amarildo Borges, também conhecido como o famoso “olheiro” ou caça-talentos, destacou o forte potencial em praças com menor expressividade no futebol, caso do Piauí. A peneira, segundo ele, muitas vezes pode deixar algumas joias de fora, mas é a única maneira viável de selecionar milhares garotos por todo o país.

- O Cruzeiro tem oito observadores que fazem esse trabalho durante todo ano no Brasil. Para se ter noção, ao todo visualizamos cerca de 18 mil jovens por ano e selecionamos apenas 65 a 70 para fazer parte das categorias de base do clube. Temos que ter muita atenção e, infelizmente, deixamos bons garotos pelo caminho, mas o mundo do futebol é assim mesmo - explica Amarildo. 

Sob a coordenação do piauiense Marcelo Amorim, professor de futsal e campo, a garotada foi dividida em sete categorias de idade entre 11 e 17 anos. Cada teste tinha a duração média de 20 minutos. Nesse pouco tempo, era visível certo nervosismo em querer demostrar algo a mais que chamasse a atenção.

- É um momento diferente para todos esses meninos. Eles sonham um dia serem profissionais e garantir sucesso na carreira profissional, mas infelizmente nem todos seguem esse rumo. Passar é algo para poucos, mas o nível está muito e espero que o observador possa levar mais gente do que no ano passado – disse Marcelo Amorim.

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