Por: João Vitor Viana
A ordem no Brasil, nos últimos anos, tem sido em torno do planejamento. O discurso dos treinadores tem sido o mesmo, assim como o dos dirigentes, que vêem no planejamento, o sucesso de seus times. E assim vem sendo desde 2003, desde que começou o Campeonato Brasileiro por pontos corridos. Esse ano, em sua sétima edição, os clubes desde o início já mostram que tudo está sendo pensado. A maioria dos times vem mantendo a base. Poucas mudanças e poucas contratações. Um ou outro time disvirtuou e contratou. Mas nada de exageros. O São Paulo e o Corinthians foram os que mais contrataram. O restante priorizou a base montada no ano passado, crendo que poucos ajustes devem ser feitos para alcançarem o sucesso.
Devido ao pouco investimento do exterior nessa janela de janeiro (o maior assédio é entre julho e agosto, quando os clubes podem contratar mais jogadores para se reforçarem), poucas mudanças ocorreram nos elencos principais dos maiores clubes brasileiros. O Cruzeiro contratou somente dois atletas, dispensou quatro e reintegrou dois que estavam emprestados. O Atlético contratou pouco, dispensou outros. O América também não mudou muito. Os torcedores de Minas Gerais, assim, verão quase os mesmos atletas que disputaram o Brasileirão do ano passado.
Em São Paulo, o Palmeiras foi o que menos contratou.O Santos vê em Giovanni, seu ídolo dos anos 90, a chave do sucesso. Já São Paulo e Corinthians crêem em suas maiores estrelas: Rogério Ceni e Ronaldo. Porém, ambos investiram mais, trazendo mais atletas, por acharem que não tinham um elenco a altura de disputarem duas competições simultâneas.
No Rio, o Flamengo contratou muito pouco. Campeão, investiu suas fichas em Vágner Love e manteve o Imperador Adriano. O Fluminense manteve Fred e grande parte do elenco que acabou transformando-se em "time guerreiro", por evitar o rebaixamento à Série B no ano passado. Vasco e Botafogo agiram também. Mas nada de contratações em dezenas. No Sul, nada de mudanças também. Inter e Grêmio contrataram pouco. Nada acima de cinco jogadores.
Dessa maneira, o planejamento começa forte no Brasil inteiro. Acredita-se, portanto, que a manutenção da base e também do técnico, é a saída para o sucesso. Se isso vai dar certo, não é sabido. Porém, que o pensamento está sendo feito há um tempo, isso não há dúvidas. No final do ano, aí sim, terá-se-á uma idéia do planejamento de cada um. O que cada time fez de certo ou errado. Mas, de concreto mesmo, é que parece que todos estão alerta. Ninguém está dando brecha para o azar. Os campeonatos, esse ano, parecem prometer mais que em 2009.
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