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No Cruzeiro, a hierarquia é zero. Treinador fala o que quer, presidente também e, agora, jogador. Wellington Paulista, em entrevista às mídias, ontem, afirmou que "está triste com a reserva". O que dizer? "Que dó, que dó!". Acho que é a única expressão que vem à mente. Mas o que mais faz a gente pensar é que o Cruzeiro é um time que ninguém manda. Parece um Facebook, na realidade. Toda hora tem alguém dando uma cutucada em alguém. Já foi presidente cutucando treinador, treinador cutucando jogador e, agora, jogador cutucando treinador. Uma anarquia só!
Há três anos na Toca, WP nunca empolgou o torcedor. Teve lapsos de artilheiro, como esse ano, no Campeonato Mineiro. Mas, assim como outros que já passaram pela Toca, se sair, não vai deixar saudade. Mas mesmo assim o atacante rechaçou qualquer saída em 2013, seja para o exterior ou para um clube do Brasil. Para ele, a preocupação não está no futuro, mas no presente. "Atacante vive de gols, eu estava fazendo gols e fui para o banco", afirmou, fazendo alusão à escolha de Celso Roth por Anselmo Ramon.
Ou seja, no Cruzeiro todos têm liberdade de abrir a boca e falar aquilo que vem na cabeça, o que nem sempre é algo produtivo. Acredito que jogador ganha a posição em campo. Alguns, contudo, hoje, no Cruzeiro, ganham por ser amigos do técnico, como Sandro Silva, por exemplo. Mas WP não tem muito do que reclamar. Caiu de produção como boa parte do time e, na minha opinião, foi sacado devidamente. O problema é que o substituto não melhorou em grande coisa o ataque, que deveria ser formado por Élber e Martinuccio. O Cruzeiro tem que parar com essa ideia de ter um centroavante. WP nem é desses. No Botafogo, em 2008, jogava pelos lados do campo, sendo André Lima o camisa 9. Acredito que um ataque rápido é mais oportuno atualmente, deixa o time menos previsível.
Mas enfim, a língua, pelo jeito, continua solta na Toca. Vamos ver até quando isso vai ocorrer. O presidente já mostrou que não tem muito pulso, aceitando provocação de técnico. O técnico, o que mais tem pulso, daqui a pouco não está mais aí. E agora jogador vem cobrar titularidade. Na época Perrella, o Cruzeiro não era essa bagunça que se tornou na "Era Gilvan". E nem tinha esse elenco limitado e nem treinador perdedor (na maioria das vezes).
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